Empatia

Publicado por: Paulo Gil
Data: 23/06/2014
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Créditos

Voz e autoria do poema "Empatia" de Paulo Gil
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Empatia

Só Eu verdadeiramente te conheço,

Como um Anjo da Guarda te protejo,

Vou e venho com a brisa do Tejo,

Vou contigo e em Ti permaneço.

As lágrimas e os soluços sufocantes,

Decifraram o enigma da Vida,

Nas ondas do mar consolantes,

Vim com a maré e o luar convida.

Partilhaste a tua dor comigo,

Numa noite fria e soturna,

Cheguei com a luz da aurora amigo,

E iluminei-te a face taciturna.

Desfizeram-se os teus sonhos de mulher,

Simplesmente porque já cresceste,

Sorveste o último laivo à colher,

Vim com a chuva e a rua desceste.

Se a tristeza não te abandonar,

Vai de manhã logo de madrugada,

Deixar a tua alma liberta voar,

Eu logo virei com a Morte abrigada.

Se andas sozinha no Mundo,

Vem com o vento levemente,

Vem comigo lá bem ao fundo,

Onde as sombras inebriante a mente.

Fecha a porta à imaginação,

Deixa irem embora os sentimentos,

Larga os teus sentidos à extinção,

Ao vazio deixa os desalentos.

Porque a Noite é reconfortante,

Meiga e companheira fiel,

Deixa-a embalar-te bastante,

Adoçar-te a alma neste Mundo fel.

Porque ela é incolor também,

É a paz infinita com certeza,

Eterna para além de todo o bem,

O silêncio impera sem música nem tristeza.

Eu te reconfortarei à noitinha,

Porque eu não existo como tal,

Eu nada sou e não és minha,

Deixa de ser comigo e dá a vida como aval.

LX, 17-7-2001

Paulo Gil
Enviado por Paulo Gil em 24/05/2014
Código do texto: T4818511
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