Rasguei os meus pulsos em um
momento de loucura, o sangue
que quente esguichava,.. tinha
uma cor escura. Exacerbada era
a pretensão de não viver mais,
sentir meu coração bater trazia
uma sensação que eu tinha de
deixar para trás.
Um fogo que numa montanha
de palha seca irradiava minha
demência, uma camisa de força
me esmagava pela pulsante
dor da tua ausência. Sinto a
fria lamina do esquecimento,
mas queria viver a realidade
desta morte, e esta escuridão
amena não poderá me trazer
a paz.
Será meu Deus que esta minha
loucura será perdoada, a arte
de viver me fascina, mas viver
sem você, isto não sou capaz,
Logo a negra dama mostrará
para mim a sua cara e o seu
riso macabro dizendo: Chegou
a tua hora meu rapaz!
Assim comecei a sentir o frio
deste imenso inverno, a loucura
suave deste suicídio moderno
quando a morte adentrou ao
meu corpo eu ouvi um estrondo
oco: Oh meu Deus que porra é
esta? Era eu caindo da cama e
acordando deste sonho louco!