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SOU.
 Amador Filho.
 
Sou luz desfeita em prata,
Nas místicas noites de luar.
Sou a espuma da cascata,
Diáfana, no espaço a bailar.
 
Sou a rubra alvorada nascente,
Que trás vida, trabalho, alegria.
Sou a triste melancolia do poente,
Anunciando a chegada da noite fria.
 
Sou imagem plasmada em mil cores,
Sou um solitário chorando suas dores,
Sou um homem carregado de incerteza.
 
Sou fantasma penitente que amedronta,
Sou espantalho balouçante que espanta,
Sou o resultado fatal da minha tristeza...
 
Santa Luz, 16. 04. 1992.
   

    Assim sou eu, um homem amadurecido pelos sofrimentos.