Aquela
Aos vinte anos, ela ainda acreditava em contos de fadas e fazia pedidos as estrelas.
O que ela pedia sussurrando em direção aos céus? Ninguém sabe. Só se sabe que depois de cada pedido, ela sorria. Sorria como quem tem certeza. Ela tinha fé.
Sorria com os olhos. Olhos de um castanho rajado, quase ocre. Havia alguma coisa naqueles olhos... Eram olhos que segredam.
Ainda tinha ares de menina, resquícios de adolescência. Não sonhava com casamento, mas queria um amor pra vida toda. E parecia saber que, em algum lugar, ele esperava por ela.
Rio de Janeiro, 15 de Julho de 2008.