Ninguém toca na minha floresta.
Ninguém toca na minha florestaAndando na floresta por uma trilha, Ah que gostoso!
O cheiro do mato, aquele ar fresquinho, assombra das arvores;
Os pássaros conversando, entre eles despreocupados.
Ah, parecia que a minha cabeça estava tão leve;
Em harmonia com a minha alma, andei um tempo;
Então me sentei e fiquei apoiada em um pé de ipê,
Que estava coberto de flores braças, fechei os olhos;
Fiquei ali escutando a mata,
Elas têm os seus próprios palavreados.
Conversa entre elas, então acho que adormeci!Devia ser sonho;
Por que num estante me senti parte desta floresta.
Era como se eu fosse uma arvore daquelas em sinfonia com todo tipo de vida.
Passei a rir e conversa com as arvores, então falei:
_Tenho que ir para casa! Já é tarde, pode ser perigoso!
Se eu anoitecer aqui posso me perder!
Elas me responderam:_ Então ainda não sabe?
Nós protegemos aqueles que nos respeitam!
Quem respeita a floresta pode andar no meio dela, despreocupados!
E nada acontece, mas aqueles que não gostam e não respeitam;
Devem ficar longe, porque a floresta se encarrega deles também.
Estes sim, se perdem mesmo!
Então abri os olhos e vi que estava coberta com as flores daquele ipê;
Então olhei para cima e agradeci o presente, se pudesse ficaria ali por mais tempo.
Colhi um tanto das flores e nem sei como, mas num estante já estava fora da floresta! Comprei aquele pedacinho de chão e ninguém taca nele!
E nem mesmo em uma formiginha! Ali então, quando o meu patrão do céu vir me buscar; só peso que eu esteja na minha floresta,
Para que a minha alma permaneça ali.