Antonio Carlos Viana

(*Aracaju –1944) Formou-se na faculdade de Filosofia na sua cidade natal. Transferiu-se para o Rio de Janeiro para tentar a carreira diplomática, sem sucesso. Passou pela Psicologia e acabou ensinando Português, Literatura e Redação. Foi depois para Teresópolis. Lá, para complementar o necessário à sobrevivência, vendia cachorro-quente na porta do INPS. Seus escritos, quase sempre contos, nunca eram editados. Chegou a sobreviver fazendo traduções. Sempre estudando, fez mestrado em Teoria Literária, na PUC-RS e doutoramento em Literatura Comparada pela Universidade de Nice, na França. Foi professor da UFS - Universidade Federal de Sergipe. Lá coordenou a Oficina de Redação do Departamento de Letras. Desse último trabalho nasce o livro Roteiro de Redação: Lendo e argumentando, da Scipione (participam ainda as professoras Ana Maria Macedo Valença, Denise Porto Cardoso e Sônia Maria Machado). Coleciona ainda dois importantes títulos: vencedor do Prêmio Esso de Literatura – 1971 e do II Concurso Nacional de Literatura – 1992, promovido pela Prefeitura Municipal de Garibaldi – RS. Ao todo, Antonio Carlos Viana já publicou 6 coletâneas de contos. Brincar de manja (Cátedra – 1974), Em pleno castigo (Hucitec - 1981), O meio do mundo (Libra & Libra – 1993) e O meio do mundo e outros contos (Companhia Das Letras – 1999). Viana também participou de uma antologia de Os melhores contos brasileiros de 1974, em 1975, e da coletânea Os cem melhores contos brasileiros do século (Objetiva – 2000), seleção de Ítalo Moriconi. Segundo Paulo Henriques Brito, no prefácio de O meio do mundo e outros contos, os livros de Viana são magros mas substanciais para revelá-lo como um mestre do conto moderno. Sua ficção criou um mundo desconcertante e inconfundível. Os últimos dois títulos publicados por Viana da Cia das Letras: Aberto está o inferno (2004) e Cine Prive (2009), ambos livros de contos.