Identidade

Eu ando por ai, sem rumo , cheio de metas no bolso da calça, esperança vibrante nos olhos. Quem me vê acha pura rebeldia, mas não, é o meu jeito de buscar a felicidade, eu não ligo para os boatos, para o que os outros falam das minhas manias, dos meus gestos obscenos , das minhas palavras de baixo calão . Nem compartilham das minhas idéias, meus problemas , minhas inseguranças, e já me julgam com uma opinião formada sobre um simples ato meu, ai de quem teme como minha identidade será formada, os alicerces que estão plantados na minha mente não estão contando com o bem estar dos outros mas sim com meu juízo, o que os outros acham errado, pra mim pode ser a coisa mais natural , e eu vou abraçar essa causa e se precisar está montada a revolução. Se o meu andar é diferente, se meu olhar é mais penetrante e eu não consigo disfarçar minha sinceridade, desculpa, é que no decorrer do tempo as lágrimas derramadas pelos atos alheios secaram no meu corpo, agora não passam de cicatrizes. Meu coração no decorrer do tempo, se tornou uma saltitante contradição, aguenta as mais duras porradas, mas derreti com uma cena de amor. Hoje olhei no espelho, notei que minhas asas crescem a cada dia, e as pessoas cismam em me engaiolar, eu debocho, dou risadas, as vezes gargalhadas, ai deles quando eu poder voar...

Allan Chagas
Enviado por Allan Chagas em 21/01/2010
Reeditado em 21/01/2010
Código do texto: T2042146
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