Walter Faria – O Vicentino e Guarda-Livros Jandaiense

Walter Faria – O Vicentino e Guarda-Livros Jandaiense

Estou começando a digitar esta singela homenagem a um dos homens mais honestos e corretos de nossa Cidade Simpatia, Jandaia do Sul - Pr, exatamente às 05:13 horas, de um domingo, 17/12/2006, último dia dos festejos na Praça do Café, do aniversário desta linda cidade norte paranaense com 20.641 habitantes e 191 km2 (7.892 alq. paul. ou 19.100 ha), daí a sua densidade demográfica ser 108 hab/km2. É sabido que o Walter nasceu no município de Pouso Alegre-MG, no dia 23/05/1922, filho de Benedito Faria e Júlia Pagalharine Faria. Para uma melhor localização aproximada, Pouso Alegre fica ao sul de Minas, a mais ou menos 320 km de Belo Horizonte, 80 km da divisa com o Estado de São Paulo e uns 60 com o do Rio de Janeiro. Possui 125.209 hab.e uma grande área territorial, ou seja, o triplo de Jandaia e semelhante à de Apucarana, 544 km2 (11.240 alq. min. ou 22.480 alq. paul.ou 54.400 ha ), e densidade demográfica 230 hab/km2. O Walter é pouso-alegrense. Dito isto, sabe-se também que veio moço para Santos-SP e trabalhou de enfermeiro prático num hospital. Já tinha o dom de cuidar de doentes e necessitados, por conseguinte. Na época da 2ª Grande Guerra namorava e só não foi para a Itália, porque se casou com Tereza do Carmo Moraes em 19/12/1944, mas logo, um mês depois, acabou a guerra. Mas, mesmo assim, ressente-se até hoje de não ter ido ajudar a FEB. Estaria hoje vivo, estaria morto? Mas com toda a certeza, seria o mesmo herói.

Melhor para Jandaia, que ganhou um filho adotivo e dos mais ilustres! Nesse ínterim, o sogro do Walter, sr. Domiciano Alves de Moraes, comprou umas terras na região de Jussiara, distrito judiciário de Kaloré - PR, a uma distância de 50 km da propriedade até Jandaia, na década de 40/50, e chamou intimando o genro para vir para o Paraná. Segundo o próprio depoimento do homenageado, ele, o Walter, não veio de Santos para as terras do sogro e, sim, para a cidade de Jandaia, em 1949. Morou na antiga Rua Guarujá, atual Sen.Souza Naves, 630-Fundos e na casada frente, o sogro; depois à Rua Sarcedas, atual Dr. Clementino S. Puppi, 605, depois à Rua dos Patriotas, 340; depois à Rua Plácido Caldas, 588 e atualmente, à Rua dos Patriotas, 985. Aqui trabalhou e montou o Escritório Jandaiense, de contabilidade, e naquele tempo esse pessoal era denominado Guarda-Livro.

O 1º escritório foi à Rua Sen.Souza Naves, 495, defronte ao Cine Guarujá; o 2º, á Rua dos Patriotas, 399, hoje é o confrade Toninho Sapateiro; o 3º, de volta Rua Sen. Souza Naves,614, atual Esc. Rabassi - Processamento de Dados. Foi neste último que em, 1981, vendeu o “Esc.Jandaiense” para o sr. Domingos da Silveira, que trocou o nome para DALSIL. Parece-me que o confrade Áureo Segantini e o seu sobrinho Claudemir trabalharam para o Walter e sei da história (e não estória) de um Relógio de Paredes com Corda: o Walter dava cordas, todas às 2ª Feiras, às 10:00 horas em ponto; se não fosse assim o relógio pararia e ficaria sem dar as horas até a outra semana. Uma manhã o Walter foi ao Banco ou a Receita Estadual, sei lá, passou das 10:00 horas e o Áureo mexeu no Relógio e quando nosso amigo chegou foi um fuzuê danado. Mas...

Já na época do primeiro presidente do Asilo, o saudoso confrade Dante Ferronato em 1961/62, o Walter Faria ingressou à Família Vicentina e de 1963 a 1964 foi presidente, assim como em 1989 a 2000, portanto 14 anos só na presidência e 44 ou 45 de vicentino. È um exemplo vivo, de dedicação e amor aos necessitados, graças a Deus.

Fui atrás da história e fiquei sabendo que o Walter tinha e tem muitos amigos, entre eles os saudosos Dalmon Reis, cartorário; Osni Junqueira, eletricista; Joaquim José de Almeida Filho, o quinzinho da farmácia, O Azambuja, o Tonico – Antonio do Cinema , o Guiné Garcia, professor, entre outros. E mais o Darcy Junqueira e o Moacir Junqueira, o Tigrão, aposentados; o Damásio de Souza Brito; farmacêutico aposentado; o Isauro e Orlando Azolini, todos os vicentinos e tantos mais.Sei de uma vaquinha preta que vocês iam a pé na chácara do Orlando, na Estrada Velha Para Cambira, só para tomar leite quente, retirado na hora. Sei que todos os anos, no aniversário do Darci Junqueira, cedinho o Walter vai à sua casa dar os parabéns e se o Darci não estiver, deixa com alguém a mesma lembrancinha e, por ser final de ano, a Folhinha do Sagrado Coração de Jesus.

Sei que uma vez, confrade Walter, você estacionou o seu Passat bordô, ano 1978, em um lugar não costumeiro e quando foi sair não o achou. Foi à Delegacia, deu queixa de roubo, a polícia fez ligações para as cidades vizinhas, fizeram cerco, nada.

O “tomóvel” estava quietinho, quietinho onde você o deixou.

Sei também, que você ainda faz contabilidade e imposto de renda para várias pessoas e amigos, ou pelo menos os orienta. Se falta um centavo de real, ficas sem comer, sem dormir, até descobrir onde está o erro.

Sei e todos que ainda não sabem, irão saber: O Walter Faria, apesar de seu grande amor pela Tereza, que ainda estão juntos apesar da breve separação em 08/06/1989 e a qual o espera junto de Deus, que não tiveram filhos naturais, mas criaram duas filhas adotivas.

A 1ª, a Terezinha Moraes Faria, registrada em seus nomes, casou-se e reside no Rio de Janeiro, com o marido e a neta desse confrade, a Aleciane que também já o deu um bisneto, o João Pedro, com 6 anos. A 2ª, criou por pouco tempo uma sobrinha, a Salete Faria, filha da sua falecida irmã Maria, a qual casou com Augusto Bacarin. Parabéns por mais estes dois grandes gestos de humanidade, confrade.

No I ENCICON, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia do Sul, dia 24/08/2005, o Walter Faria foi homenageado pelo Departamento de Ciências Contábeis, pela organização, pelo modelo de atuação “politicamente correto” e trabalho responsável, se destacando ao longo do tempo, não somente no desenvolvimento da Ciência Contábil, mas também para o desenvolvimento do município de Jandaia do Sul e região.

Parabéns, confrade Faria, porque você é o campeão de angariar amizades e trazer novos vicentinos para uma renovação permanente dos nossos vicentinos locais, apesar que, uma vez vicentino, sempre vicentino. Não há meio, ou quase ou ex- vicentino. Ou é ou não é, vicentino. Sei ,e tenho consciência, que não é fácil escrever mesmo sendo uma mini biografia da vida do Walter Faria, mas às 07:30 horas, deste domingo, 17, a estou terminando, com as graças de Deus e com a luz do Espírito Santo, esperando que ele tão somente me inclua nas suas orações, pois o considero meu 4º Pai, depois do Manoel, natural; Azambuja – no trabalho profissional, Ágide – no Mov.Casais e Cursilho e Walter- na família vicentina e respeito mútuo.Segue, em anexo, um disquete sobre Pouso Alegre-MG e explore-o e imprima sobre a sua história, povos, economia, costumes, folclore, inclusive as congadas, etc. Gravei, também, a População Brasileira-2006, estimada pelo IBGE e esta simples homenagem fica em disquete. Espero que goste, uai. Uai é uai, uai.

E para finalizar, ai se o Brasil tivesse pelo menos 50% de habitantes dos moldes do Walter Faria, seriamos hoje o país mais desenvolvido do mundo e olhe que estou falando do relógio demográfico POPCLOK, população esta estimada neste momento em 187.778.980, para o nosso grandioso Brasil. Segue um comprovante impresso online dessa população.

Obrigado confrade, por nos aturar, os polêmicos, mas deveras honestos.Louvado seja NSJC

Autor: Adiones Gomes da Silva, o Ponga – Rua Rotary,73 – tel/fax.: 43-3432-8613, e-mail: adionesgsilva@pop.com.br - CEP86900000 – Jandaia do Sul – Pr – SPJ/Dez/2006/DOC.027