Pastorear ovelhas foi a primeira atividade de Freinet, ainda na sua infância, mas sua primeira opção profissional, na juventude, foi pelo magistério. Autodidata, era um humanista por formação e um militante do cooperativismo.

Embora pacifista, envolveu-se diretamente nas duas Grandes Guerras mundiais.

Pedagogo a partir de sua própria prática viajou muito para conhecer outras experiências pedagógicas, criticando-as e absorvendo delas o que achava positivo.

Elogiado por Jean Piaget (1896-1980), Freinet dispensava teorias psicológicas complexas, mas comungava com esse psicólogo suíço a idéia de que a criança aprende a partir do teste de suas próprias hipóteses.

Conheça, a seguir, alguns dos marcos de sua trajetória.

1896 - Célestin Freinet nasceu na aldeia francesa de Gars, nos Alpes Marítimos, em 15 de outubro. Somente na adolescência transferiu-se para a cidade de Nice, onde iniciou o curso de Magistério na Escola Normal.

1914- 1918 - A Primeira Guerra Mundial, na qual Freinet se alistou, não só afetou seus pulmões, pelo efeito de gases tóxicos, como impediu que concluísse o curso Normal. Por isso começou a lecionar na aldeia de Bar-sur-Loup, em 1920, sem diploma.

1927- Enquanto estudava para obter o diploma, Freinet iniciou suas experiências didáticas, como a Aula-passeio, a Imprensa Escolar e o Livro da Vida. Em 1927, já casado com a artista plástica Elise, com quem trabalhava, editou o livro A Imprensa na Escola, criou a revista La Gerbe (O Ramalhete), com poemas infantis, e fundou a Cooperativa de Ensino Leigo (CEL)

1928 - Freinet e Elise mudaram-se para a vila de Saint-Paul de Vence. Ali criaram técnicas como a Auto-avaliação e o Plano de Trabalho. Crítico das cartilhas, Freinet propôs os Fichários de Consulta e os de Auto-correção.

1929 - As realizações da escola e da cooperativa provocavam reações em Saint-Paul. O intenso movimento postal gerava suspeitas e a hostilidade agravou-se até que, ao fim de cinco anos, Freinet foi exonerado do cargo de professor.