Meu retorno - Parte II

...(sequencia)...

dirigiu-se até os organizadores da recepção aos calouros posicionando-lhes acerca da ‘brincadeira’ sugerida pelos colegas de classe e se isso não acarretaria qualquer quebra na programação inicialmente engendrada. Com a devida permissão obtida, retornou às proximidades da sala de aula onde o aguardavam, ansiosos, os idealizadores da ‘brincadeira’. Sinalizou aos mesmos que estava tudo bem e para que também adentrassem a sala, juntando-se aos demais estudantes denotando que estava aproximando-se um mestre para, em seguida, fazer o mesmo. Ato contínuo, consumou o intento e sob um silêncio total dos alunos postou-se em pé em frente ao quadro-negro e iniciou sua preleção!

Com sua experiência adquirida por haver atuado por algum tempo como docente à época de graduando como licenciado em Matemática e em vários cursos técnicos no currículo nos quais atuou como instrutor, não teve qualquer dificuldade em engendrar/esboçar uma estratégia de uma pseuda aula para os, agora, atentos jovens.

Iniciou fazendo um breve apanhado sobre a expectativa que todos poderiam/deveriam ter sobre a carreira e posteriormente solicitou que se apresentassem, declinando seus nomes, formação e o que já conheciam acerca da carreira que pretendiam abraçar.

Os autores da ‘brincadeira’, sentados na primeira fila de cadeiras, a muito custo conseguiam conter o riso, no que foram repreendidos pelo ‘mestre’ que, inclusive, convidou-os a saírem da sala no caso de não estarem interessados em sua explanação.

Após todos os presentes atenderem ao quesito, apresentando-se e declinando suas intenções acerca do que pretendiam obter ao final de sua graduação, o ‘mestre’ fez uma ligeira explanação de sua própria carreira e solicitou que todos trouxessem para a próxima aula, por escrito, o que já conheciam acerca do sistema de leis vigente no país.

Neste exato instante, um dos jovens responsáveis pela ‘brincadeira’ resolveu dar fim a mesma, levantou-se e informou ao restante da classe que tudo não passava de uma brincadeira e que o ‘pseudo’ mestre era na realidade, assim como eles, um aluno da classe.

Contando agora com uma maior descontração entre seus novos companheiros de estudos, agradeceu e desculpou-se com todos pela brincadeira, augurando-lhes muita sorte no decurso de suas vidas acadêmicas e recebendo elogios de alguns que afiançaram que se o nível das aulas e o carisma dos mestres apresentassem o mesmo quilate de sua apresentação sentir-se-iam altamente recompensados!

Com o inicio efetivo das aulas na semana seguinte, conscientizou-se que teria de dedicar-se com afianço para conseguir acompanhar todas as elucubrações decorrentes desta nova área na qual estava se aventurando. Foram diversas leis, diversos códigos, diversas leituras recomendadas, explanações, dogmas, pensamentos e citações, expressões latinas, conclusões, comparações, pesquisas, palestras, mostras, avisos, chamadas de atenção, avaliações, mini-cursos, etc.

Durante toda a sua existência sempre foi mediano! Nunca foi o melhor em nada... Nos esportes não era atleta ‘de ponta’, mas também não era dos piores; Na família, não era o melhor filho, mas também não era o pior; Nas paqueras da adolescência ...segue...

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HICS
Enviado por HICS em 23/09/2010
Reeditado em 24/09/2010
Código do texto: T2516182
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