Assim sou eu...

Falar sobre mim...nem sei por onde começar.

Sou como uma gota no oceano, faço parte dele, me transformo em ondas, me desfaço na areia.

Sou como areia que é varrida pelo vento, mas agarro-me em montanhas, sou levada pela chuva, me perco nos rios da vida.

Sou como um rio, em épocas de cheias transbordantes, épocas de clima árido me torna seco e sem vida.

E minha vida, meus sonhos, meus amores e meus horrores?

Meu sonho é ouvir novamente palavras vindas dos lábios de um homem:_ “eu te amo minha linda”, mas que sejam em palavras e nobrezas, não mentiras e incertezas.

Quero ter alguém que eu possa contar, viver meus desejos, em seus braços me atirar e abraçar, poder em seus ombros minhas lágrimas deixar, em sua companhia sorrir e rir até doer à barriga, esse é meu sonho, sim sonho viver uma paixão regadas de luxúrias e brindada com amor verdadeiro.

Meus amores são minhas crianças, como eu as amo, seus sorrisos, a energia que carregam, as vibrações positivas que passam, como aprendem! Como crescem em conhecimentos e sabedoria, carregam no peito um coração tão puro, incapazes de planejarem vinganças, a gente briga com eles, e passando alguns minutos já estão perto exibindo o que eles têm de mais lindos, o olhar de pureza e um sorriso sincero.

Meu maior horror é a mentira, ela destrói tudo!

Não me transformei naquilo que sonhei pra mim quando criança, carrego no peito o mesmo coração, mas fui desviada de meus caminhos pelos ventos fortes da vida, metamorfoses sofri, muito aprendi e continuo aprendendo com meus erros, os erros dos outros e assim vou eu até ver da minha vida o fim...

Se eu fosse me definir como elementos da natureza seria água, gosto de calmarias, gosto de ajudar pessoas que estão afoitas em apuros, amo as ondas do mar, renasço ao contemplá-las, animal seria uma águia, vejo além, e como gostaria de voar livre pelo infinito... uma cor seria o vermelho, já admirei o amarelo, mas descobri que o vermelho anuncia presença, não que eu goste de aparecer, mas é bom ser notada...um sentimento seria a saudade, não sei porquê, talvez pelo fato da saudade fazer parte da vida de todos ou porque eu sinto tantas...da minha mãezinha que o Senhor recolheu, a saudade até arranca ainda lágrimas de meus olhos, sinto saudades da Damiana que cantava, que tinha os olhos arregalados, cabelos sempre desarrumados, uma esperança no coração, sinto saudades das noites em que eu dormia abraçada ao meu velho travesseiro de estimação que o chamo de” Amigo,” dormia sonos tranquilos... Falar sobre mim é realmente reviver emoções, termino em lágrimas, talvez eu seja uma lágrima derramada, a lágrima não é ruim, ela alivia a dor é a expressão sincera de um sentimento.

Damiana Almeida
Enviado por Damiana Almeida em 11/12/2010
Reeditado em 26/05/2015
Código do texto: T2666110
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