MONÓLOGO EM MIM

Não exibo como um troféu o que me foi doado por Deus. Nunca esmaguei o inimigo pois ele enreda-se em sua própria teia. Não tenho tempo de sentir medo dos mortos porque preciso precaver-me dos vivos. Os cruéis. Os dissimulados. Os covardes. Os sem alma que falsificam sorrisos de bondade e beija a tua face e depois escarra.

Não me vendo. Não tenho preço. De acordo com a genética de Deus sou um ser único portanto, nunca faria um clone de mim. Sou jóia rara em estado bruto, lapidando-me com as cabeçadas e desenganos que apresentam-se na caminhada. Ganhando e perdendo. Errando e acertando...

Ando atenta pelas esquinas da vida: Orai e vigiai...Credes? Sigo com uma ônix preta no dedo e um Credo no corpo. Uma estrela de Davi tatuada em minhas costas que reinará em meu corpo até que a terra o cubra de minhocas...

Protejo-me das energias negativas apesar dela estar sempre rondando-me, tentando falsear-me, procurando esmagar-me, teimando em perturbar.

Sou fé. Sou do Supremo (não do Tribunal dos homens e sim, de Deus. Apesar dos imperfeitos, minha balança anda com o saldo positivo, portanto, sou pólo positivo.

Continuo minha jornada, até quando não sei. Pra onde eu irei? Também não sei. Só uma certeza: vou seguindo nas paralelas da vida procurando tornar-me sempre uma pessoa melhor. Já que perfeição não existe, contento-me em adquirir um pouco de sabedoria e sorver a essência do conhecimento ideal.

No mais...caminho para o aperfeiçoamento...

Um monólogo de mim pra mim. Minha terapia sem fim onde repasso à tela dos homens procurando solidificar-me; meu Palácio onde abrigo centenas de sentimentos. E fim.

Minha biografia em RX poético.

Rose de Castro

A ‘POETA’

Rose de Castro
Enviado por Rose de Castro em 28/10/2006
Reeditado em 29/10/2006
Código do texto: T275555