Biografia do Escritor Raimundo Zito Batista – Patrono da cadeira 14 da Academia de Letras do Médio Parnaíba, da qual é ocupante o Escritor, jornalista e poeta Dr. Camilo Martins Neto, Ph.I

Raimundo Zito Batista (1887 – 1926) Nasceu na localidade Natal, hoje Município de Monsenhor Gil, Região do Médio Parnaíba Piauiense, no dia 16 de Setembro de 1887. Não freqüentou escola, tornando-se auto didata. Fundou e dirigiu a revista Cidade Verde (1912) e a Revista Alvorada. Foi redator do Jornal Carioca “O Jornal”. Foi funcionário do Ministério da Agricultura e telegrafista no Ministério da Viação e Obras Públicas. Morreu em 20 de Outubro de 1926 no Rio de Janeiro. Zito Batista era neto de David Moreira Caldas, o “profeta da República”. Deixou a esposa e um filho menor. Pertenceu a APL, cadeira 16.

Em Visão Histórica da Literatura Piauiense, o Escritor, acadêmico, poeta, jornalista, analista literário, romancista e historiógrafo Herculano Moraes da Silva Filho, um dos pioneiros no processo de interiorização e democratização da cultura literária, relata que Zito Batista foi um dos poetas mais festejados de sua época. Jornalista e crítico de grande visão, ele foi, “antes de tudo, um poeta romântico. Não no sentido pejorativo de escrever versos confeitados de Pieguices, borbulhantes de lágrimas histéricas, mas no sentido de ser poeta que transmite às suas produções um calor suave, de sentimento e uma sinceridade de emoção menos comuns na maioria dos nossos versejadores.” Diz Raul Machado.

Para Adelmar Rocha, Zito Batista “de pequena estatura, figura pouco fotogênica, de revelar a hiperastia do tímido e do introspectivo, de olhar fulgídio na moldura de umas órbitas profundas, sem poder disfarçar o que viria a ser no final melancólico de sua existência, nem por isso deixou, ou por isto mesmo veio a ser um dos mais brilhantes cultores das musas em nossa terra.”

Para J. Miguel de Matos, da Academia Piauiense de Letras e membro do Instituto Histórico e Geográfico Piauiense, em sua Antologia Poética Piauiense, Raimundo Zito Batista “foi o poeta, cujo coração era um cristal moldado no barro translúcido da sensibilidade que não podia calar a sua dor , esconder o seu sofrimento, a sua tristeza, a sua amargura e a sua tremenda desdita, quando a saudade, “asa de dor do pensamento”, vem em manto diáfano, sorrateira ou intempestivamente, roçagar em sua fronte frisada pela desventura e sublimada pelo verso que é a sua fala comum, deixando-o, sem nenhuma dose de comiseração, em inquietude e desalento de devota ofendida”.

Unir emocionalmente o filho à terra que lhe serviu de berço é o argumento, quando temos no pensamento e no coração um vate que nasceu nos grotões do Piauí: Raimundo Zito Batista.

Seu primeiro livro tem o nome expressivo de “almas irmãs”, em colaboração com Celso Pinheiro e Antonio Chaves. Publicou depois, já residindo no Rio de Janeiro, seu último livro de versos “Harmonia Dolorosa”, contendo uma segunda parte “Chama Extinta”, talvez para se referir às cinzas da fogueira que ele fora, acesa pela chama do gênio.

Exortação é um soneto que abre a floresta de versos, fluindo em cada jato da inspiração, uma filosofia Socrática:

“Aos homens todos, o teu sofrimento,

Cuja origem, decerto, não conheces,

Malgrado as tuas fervorosas preces,

Inspira apenas aborrecimento...

Sufoca o teu soluço, o teu lamento!

- Vê bem que há muitos séculos padeces,

E ninguém, sem mesquinhos interesses,

Quedou a olhar-te o vulto macilento.

Sofre calado todas as torturas!

Sofre sozinho, que entre os homens todos

Não acharás o amparo que procuras...

Das tuas próprias forças te socorre,

Do contrário ouvirás, por entre ápodos,

Outro conselho mais terrível: Morre!”

Das mãos zelosas de Dona Dedita Batista de Oliveira, irmã de Zito Batista, recolhi, com cuidado de quem pega num objeto de cristal, quebradiço ao mais ósculo do vento, um soneto inédito do poeta, “Saudade”, cinzelado das tintas e do coração desalentado à esposa morta. Dona Olga Batista, outra irmã do vate de Natal, numa voz de sabiá, leu para este autor todos os versos do soneto que tinha nas mãos agitadas, a voz estrangulada pela emoção que fluía, intempestiva, em cada verso recitado. “Saudade” repousa num papel encardido pelo tempo, que, impiedoso, já o rasgou em várias partes, como se fosse pouco o crime de te-lo desfigurado.

Eis as estrofes de “Saudade”, desfiadas da alma dolorida de Zito Batista, diante da figura inanimada que descansava desta longa vida:

“Evoco o áureo perfil dessa doce criatura

Que, de longe, onde está, soberba, resplandece,

Como benção de luz, dentro da eterna prece

Que o meu lábio por ela a toda hora murmura.

Traço, a um jeito de artista, a impecável e pura

Linha fidalga e heril do seu vulto... Anoitece,

O céu é calmo e azul, e em tudo me parece

A imagem da saudade, o bem que me tortura...

É que a saudade é ela. É o seu gesto. É a divina

Rara expressão ideal do seu olhar nervoso,

Cuja luz todo inteiro o meu ser ilumina.

Só a lembrança dela o coração me invade:

Ando a vê-la, talvez por um perpétuo gozo,

“Dentro da intensa dor desta enorme saudade...”

Celso Pinheiro, alma irmã de Zito Batista, chocado com a morte prematura do poeta de “Chama Extinta”, chora inconsoladamente:

“De fato, com o desaparecimento de Zito Batista, ruíram na minha alma castelos que havíamos criado por noites magas de estio, erguendo andaimes de quimeras nas barracas luminosa das estrelas. Zito Batista não era somente o amigo, o irmão afetivo e despretensioso que não afrouxa nunca o cíngulo da cordialidade fraterna, mas o animador confiante que levanta o animo do camarada, indicando-lhe as torres altas da Canaã”.

“Zito Batista foi um desbravador incansável da misteriosa alma humana, que não é grande mérito por ser labor de poeta!

Penetrando profundamente no poço enigmático da alma, em cujos divertículos há um segredo a ser revelado, o poeta imortal de “Harmonia Dolorosa” mereceu a áurea da glória literária que lhe cinge a cabeça de iluminado, honrado com a inteligência, em cada jato de inspiração e em cada faina da pena, o nome do Estado do Piauí, sua terra berço, que anda muito afastado da lembrança dos homens”.

Ah! Que destino o meu! Que desgraça a sorte

Me traçou, pela terra, a mão de um Deus Brutal!

Na vida, em vez da vida, anda comigo a morte,

A escuridão sem fim...

Tenho a envolver-me o corpo a asa torpe do mal.

(...)

Assim, com uma estrofe do “Monólogo de um cego”, O Jornalista, Escritor, membro da Academia Piauiense de Letras e Editor Chefe do Jornal Diário do Povo, em Teresina, Piauí, Zózimo Tavares, inicia, no seu bem elaborado livro “Sociedade dos Poetas Trágicos” – Vida e Obra de Dez Poetas Piauienses que Morreram Jovens, a parte que cabe ao vate Piauiense Raimundo Zito Batista.

Zito Batista foi ao Rio de Janeiro em busca de fama e encontrou a tuberculose que o abateu na mocidade. No Rio de Janeiro sua obra mereceu elogio da crítica, inclusive do poeta Olavo Bilac.

Mudou-se de Natal, hoje o Município de Monsenhor Gil, ainda adolescente, para Teresina com seu irmão, Jonatas Batista (1885 – 1935), que depois se revelaria teatrólogo.

Com os amigos poetas Antonio Chaves e Celso Pinheiro, em 1909, lançou a coletânea “Almas Gêmeas”, cabendo-lhe a parte com o título “Pedaços do Coração”.

Andrade Muricy viu nos três poetas estreantes um certo “cunho decandentista”, referindo-se ao parnasianismo e não ao simbolismo que àquela época, ainda estava no auge.

Assis Brasil, romancista e crítico, pondera que “naquela fase de transição de três escolas literárias, com seus epígonos e rescaldos estéticos, dificilmente os escritores podiam deixar de impregnar suas produções com as “pieguices” do romantismo, com a pompa beletrista do parnasianismo e com a subjetividade por vezes delirante do simbolismo.”

No Rio de Janeiro os livros que assinou sozinho (Chama Extinta em 1918 e Harmonia Dolorosa em 1924), foram bem recebidos, em destaque os elogios de Olavo Bilac e Afonso Celso. Para o crítico Agripino Grieco, por exemplo, “ao que se verifica, há no poeta de “Harmonia Dolorosa” um artista modesto e sóbrio, de uma fina sensibilidade, compreendendo-se que Olavo Bilac o haja lido com o mais vivo encanto; Que o senhor João Ribeiro, em crítica pública, o proclamasse autor de várias páginas de deliciosa inspiração e que o senhor Oswaldo Orico, falando em nome da geração moderna, visse nele uma das abelhas mais sonoras e de mais puro mel dentre as que vieram ultimamente da colméia intelectual do Piauí.”

Trabalhando na redação de “O Jornal”, “o grande diário carioca, desde sua fundação, trabalhando até altas horas da noite, sob a excitação do cigarro e do café, desconfortado, a mover-se como um espectro no vácuo desolador da própria fraqueza”, como destacou Celso Pinheiro, em conferência pronunciada na primeira sessão comemorativa dos vinte e cinco anos de fundação da Academia Piauiense de Letras, em 9 de Dezembro de 1942.

Conforme o conferencista, Zito Batista escrevia com freqüência para sua família no Piauí, reclamando que o jornal o estava matando. “E o matou, realmente, que tanto pode aquela máquina da civilização com o seu fascínio infernal”, protestou.

O escritor Bugyja Brito destaca que a poesia de Zito Batista tem ritmos agradáveis, sonoridades musicais e simplicidade invejável. Os seus versos primam pelo parnasianismo e, daí, serem polidos, esmoldados e desasrestados.

O Carnaval

Põe a máscara e vai para a folia,

Na afetação de uns gestos singulares,

Esquecido dos íntimos pesares

Que te atormentam todo santo dia...

Homem doente, perdido nesses mares

Tenebrosos da dúvida sombria,

Vê que há lá fora um frêmito de orgia,

Mesmo através das coisas mais vulgares!

Põe-te a cantar, desabaladamente!

Vai para a rua aos trambolhões, às tontas,

Como se enlouquecesse de repente...

Agarra-te à alegria passageira:

Olha que o que te espera, ao fim de contas,

É o triste Carnaval da vida inteira...

Quando da fundação da Academia de Letras do Médio Parnaíba, eu, Camilo Martins Neto, recém estreante também nas letras, pois em 1986 havia publicado o meu primeiro livro e iniciando a minha carreira acadêmica, com convite do meu amigo Escritor Herculano Moraes, tendo como patrono Raimundo Zito Batista, fui fazer pesquisas sobre o vulto e destacado escritor.

Numa visita ao Imortal e dos maiores nomes da literatura do Piauí e presidente da Academia Piauiense de Letras, Professor Arimatéa Tito Filho em sua sala de mesa enorme, recebi de suas mãos um pequeno livreto, que guardo até hoje com muito cuidado, pois é jóia preciosa, sobre o centenário de Zito Batista.

Elaborado pela Associação dos Universitários de Monsenhor Gil, ela veio a calhar nas minhas buscas sobre o patrono da minha cadeira.

O livreto tem a coordenação de João Luis Carvalho, na administração do Município de Monsenhor Gil sob os auspícios do Médico Noronha Filho.

No livreto, destaca o próprio A.Tito Filho que “em Zito Batista não há o sentimento de paisagem Piauiense. Amadureceu no mundo da máquina, da metralhadora, do avião e da guerra, mas esses temas não se revelam nas suas criações poéticas. Toda a temática é melancólica, angústias íntimas, vitais e universais. Verso denso, energético, grave, dolorido. Habilíssimo no dacassíbalo. Sua obra revitaliza os temas fundamentais do amor, do ódio, da mulher, do sofrimento. Puro tradicionalismo estético, de terrível sinceridade, de realidade viva e dolorosa. São raros os poetas como ele, de tanta força expressiva. Há, nas suas concepções, desolada e humana visão da vida e da intimidade do homem. Poesia psicológica, poesia essencial.

Como prosador, Zito Batista, tem estilo leve, agradável. Fez prosa de muita preocupação com o social, com os problemas políticos, com a vida. Conferencista de erudição, crítico percuciente, cronista de rara observação do encantamento das cousas do dia a dia. E mais: No conto revelou-se de extraordinário humor.

Zito Batista, finaliza nesse comentário A. Tito Filho, enriqueceu a literatura de sua terra natal. Foi das mais criteriosas figuras deste país chamado Brasil”.

Homenagem do MEC

Continua o Imortal, escritor Zózimo Tavares, comentando que “a Rádio do Ministério da Educação e Cultura, no programa Presença da Poesia, redigido por Celso Brant e Edmundo Lys, homenageou a memória de Zito Batista, no dia 25 de Maio de 1956, irradiando poemas do vate Piauiense e os seguintes comentários: “Entre os poetas que fizeram a glória da poesia Brasileira no princípio do século, Zito Batista se destaca por seu lirismo simples e comunicativo, por sua modéstia, por sua curta vida cheia de harmonia e beleza. Seu nome, tão lindamente fixados em dois pequenos grandes livros, “Harmonia Dolorosa e Chama Extinta”, anda hoje meio esquecido. Desaparecendo ao entrar na maturidade, quando seu estro se apurava de imagens, de conceitos e de formas, Zito Batista deixava a poesia Brasileira solicitada por várias tendências, vendo destruído os velhos cânones formais de que ele, entretanto, como tantos, do seu tempo, já procurava libertar-se. Zito Batista faleceu em 1926. Esse foi o ano etapa para a nova poesia no Brasil. Assim, seus livros ficaram pertencendo a um passado recente, porém repudiado pelas novas gerações de nossa lírica”.

Em recente visita que fiz ao renomado Escritor, Jornalista, ex-presidente da Academia Carioca de Letras e da Academia Brasileira de Trovas e meu confrade na Academia Nogueirense de Letras e na Academia de Letras do Brasil – Região Metropolitana de Campinas, o Imortal Tobias Pinheiro, que reside em Engenheiro Coelho, SP, cidade vizinha à minha, recebi um pequeno histórico que ele tem e que me disse, recebeu, de um livro, “Vozes Imortais” – Crestomatia a Academia Piauiense de Letras, do Escritor Edison Cunha, filho do Imortal Higino Cícero da Cunha que foi um literato com atuação no Piauí nascido em 1858 e falecido em 1943. Polêmico, nasceu em São José das Cajazeiras (atual Timon, MA). Autor de obras como "História das religiões no Piauí" (1924) e "O assassinato do juiz federal" (1927), foi político e literato, entre outras habilitações.

Nesse livro, publicado em 1945, à página 201, Edison Cunha nos diz sobre Zito Batista: “Encabulado, isolado, esquisitão, fransino, mais feio do que bonito, cofiando sempre o bigode, Zito Batista é, entretanto, um poeta fidalgo, da mais fértil imaginação, autor de versos imponentes, humanos e mágicos.

De excessivo acanhamento, perante mulheres, quem o vira e não o conhecesse, não poderia jamais compreender e pensar que dentro daquela debilidade física se abrigara uma alma sonhadora, de original e deslumbrante sensibilidade estética.

Zito Batista, Antonio Chaves e Celso Pinheiro, muito jovens, ainda, surgiram ao mesmo tempo no meio intelectual Teresinense, como irmãos espirituais afagados da arte, em “Almas Irmãs”, estréia triunfal, em colaboração. Sim, irmãos na imaginação, pela inteligencia, pelo lirismo encantador, pela formação literária, poesia criadora, expontanea, florida e radiosa.

Zito Batista partiu, um dia, rumo ao Rio de Janeiro e ali já se impunha vitoriosamente, na imprensa, quando sucumbiu, prematuramente, arrastado à grande viagem aos país das sombras.

Disse lindas conferencias, do mais fino lavor literário”.

Ocupou a cadeira 26, da Academia Piauiense de Letras que tem como patrono Taumaturgo Vaz e foi sucedido por José Pires Rebelo.

Eis, para nosso deleite literário, a fina flor dos versos de Zito Batista:

Monólogo de um Cego

Falaram-me do sol! Maravilhoso sol

Refulgindo na altura ...

Ah! se eu pudesse ver, assim como um farol

Imenso e inacessível

Em vertigens de luz sobre as nossas cabeças!. ..

E — eterna desventura —

Eu fiquei a pensar: por que o sol invencível

Não rasga o negro véu de minha noite espessa

Quando brilha na altura?

Falaram-me das florestas e das aves!

Das aves, cujo canto

Põe na minha alma em febre uns arrepios suaves

De vaga nostalgia ...

Ah! se eu pudesse ver as aves e as florestas!

Soberbo o meu encanto!

Se eu pudesse aclarar ã minha noite sombria,

Quando ouvisse enlevado em delírios e festas

Num soberbo canto

Todo poema de amor das aves nas florestas!

E o mar? Onde o mais belo símbolo da vida?

O mar é um rebelado!

Que vive noite e dia "em soluços gemendo

De cólera incontida,

A investir contra o céu como um tigre esfaimado!

É lindo o mar no seu desespero tremendo!

Eu não o vejo não! Mas chega aos meus ouvidos

E escuto alucinado

A música fatal dos seus grandes gemidos!

Há toda uma história enorme a interpretar

Nesse choro convulsivo e incessante do mar ...

Ah! que destino o meu! que desgraçada sorte

Me traçou, pela terra, a mão de um Deus Brutal!

Na vida, em vez da vida, anda comigo a morte,

A escuridão sem fim ...

Tenho a envolver-me o corpo a asa torpe do mal.

E falam-me do céu, das aves e das flores;

E dizem que o mundo é um paraíso, assim,

Todo cheio de luz, de aroma, de esplendores!

E eu creio! Eu creio em tudo ...

Os homens têm razão! eu creio e desejara

Vendo sumir-se ao longe a minha noite amara

Ver o mar, ver o sol no firmamento mudo

A brilhar!... a brilhar ...

Mas o meu grande sonho, o meu sonho infinito

É outro, um outro ainda: o que me faz chorar

E há de, em fúria, arrancar-me o derradeiro grito

Quando eu daqui me for, aos trambolhões, a esmo,

É a ânsia indefinida, o desejo profundo

De conhecer o que há de mais original no mundo,

De conhecer a mim mesmo!

Porque a julgar, talvez, pelo mal que me oprime

Eu devo ser, por força, um monstro desconforme.

Na eterna expiação do mais nefando crime

Atado ao poste real de minha dor enorme!...

(Harmonia Dolorosa, 1924)

B i b l i o g r a f i a

FILHO, Herculano Moraes da Silva. Visão Histórica da Literatura Piauiense. 2 Edição. Teresina, Piauí. Editado com apoio da Academia Piauiense de Letras. 1982.

196 p.

MATOS, J. Miguel de. Antologia Poética Piauiense. 1 Edição. Rio de Janeiro, RJ. Editora Artenova. 1974.

272 p.

TAVARES, Zózimo. Sociedade dos Poetas Trágicos. Vida e obra de 10 poetas piauienses que morreram jovens. 2 ed. Teresina, Piauí: Gráfica do Povo, 2004.

122 p.

CUNHA, Edison. Vozes Imortais. Crestomatia a Academia Piauiense de Letras. 1 Edição. Tipografia Minerva. Fortaleza, Ceará. 1945.

218 p.

AUNGIL, Associação Universitária de Monsenhor Gil. Centenário Zito Batista. Coordenação de João Luis Carvalho. Prefeitura Municipal de Monsenhor Gil, Piauí. 1987.

24 p.

Camilo Martins
Enviado por Camilo Martins em 20/03/2011
Reeditado em 20/03/2011
Código do texto: T2859488
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