A ORIGEM DO PATRIMÔNIO

Francisco de Paula Melo Aguiar*

Em 05 de janeiro de 1964, eu resolvi iniciar minhas atividades como professor primário, na época ainda ia estudar a segunda série do curso ginasial, não tinha formação didática, pedagógica e técnica administrativa de qualquer espécie, era um menino de doze anos de idade incompletos e que tive apenas a ajuda material e financeira de meus pais no sentido de ajudar a financiar as minhas intenções de querer ser professor, foi assim que o começo do meu sonho que já se arrasta por meio século (2014) de insistência e de recomeçar todos os dias o mesmo dilema: educar e instruir a crianças, jovens e adultos. O Instituto Getúlio Vargas, nome primitivo do COFRAG – COLÉGIO FRANCISCO AGUIAR, como já foi dito em outro artigo, a escola do menino professor, sem estudo e sem diploma, zombado por certos e não todos “professores” e “educadores” da Santa Rita de 1964 e anos seguintes e que ainda hoje não se conformam pelo estágio por onde anda a ideia do meu sonho em pleno século XXI. Aqui a coisa é séria, tem gente que gosta de contar a história da vida alheia quando o projeto alheio dá com os burros nágua, quando o sonho alheio é vitorioso, a turminha do quanto pior melhor, inicia outra maneira de diminuir e tentar prejudicar de qualquer maneira quem é criativo, vitorioso, honesto e mão limpa como afirma a classe política dominante e de passagem pelo poder federal, estadual e municipal. Mas, isso é outra conversa que será tratada em outro artigo que fará parte igualmente da historiografia de Santa Rita e do COFRAG. Comecei ensinando a meia dúzia de alunos em duas pequenas salas anexas a casa de meus pais: Sebastião José de Aguiar e Maria do Carmo Melo Aguiar, era o inicio do ano de 1964, conforme já certificado por documentos oficiais fornecidos por autoridades federais, estaduais e municipais, dentre as quais pela historiadora Marta Falcão de Morais Santana e pelo escritor João Ribeiro Filho em sua obra: “Santa Rita (re)contada em fatos e fotos: do engenho à emancipação”, às páginas 73 a 75 (publicado pela Editora Sal da Terra, João Pessoa:PB, 2011, 158p.), onde o mesmo afirma que “[...] o mérito do Gestor Doutor Francisco de Paula Aguiar está na vontade do mesmo possuir um propósito nobre e coloca-lo em prática mesmo partindo quase do nada [...]”. Assim sendo, tive a compreensão de meus, que em 1969, cinco depois de iniciadas as minhas atividades do magistério, resolveram comprar com seus próprios recursos no dia 17 de outubro de 1969, por CR$ 300,00 (trezentos cruzeiros novos) a casa s/n, da Rua Maria Santiago, no Bairro Popular (na época a localidade era chamada de Bairro da Santa Cruz), em Santa Rita/Paraíba, imóvel tendo como outorgante vendedora a senhora Josefa Francisca de Oliveira (mãe da esposa do antigo comerciante de Santa Rita, Duca Cunha, filho de José e de Felícia Cunha de Vasconcelos, de saudosa memória), “e como outorgada compradora dona Maria do Carmo Melo Aguiar, brasileira, casada, alfabetizada, residente e domiciliada nesta cidade”, onde afirma “ [...]conforme registro sob o nº 6.976 em 03 de abril de 1968 [...]”, e tendo a seguinte descrição o imóvel que meus pais compraram para mim prosseguir com minha brincadeira de menino professor: “uma casa construída de taipa e coberta de telhas, com uma porta e uma janela de frente, uma janela do lado direito, duas salas, um quarto, cozinha e aparelho, situada à rua Maria Santiago, s/n, no bairro de Santa Cruz, nesta cidade de Santa Rita-PB, em terreno foreiro à propriedade Tibiri, medindo 5m de frente por 22m de fundos, a qual foi adquirida pela vendedora por compra feita a João Manoel da Silva e sua esposa dona Filonila da Silva, conforme escritura pública de compra e venda lavrada em notas do cartório de Bayeux, no livro 11 as fls., 147, em data de 30 de dezembro de 1961, registrada no cartório do registro geral de imóveis desta comarca sob o nº de ordem e data acima citados”, conforme Escritura Pública de Compra e Venda assinada pelas partes e pelo tabeleão público Antonio Velloso Freire Dourado de Azevedo. É esta a verdadeira origem do patrimônio inicial das instalações físicas do atual COFRAG-Colégio Francisco Aguiar, graças a compreensão e ação de meus pais Sebastião José de Aguiar e Maria do Carmo Melo Aguiar e o resto chama-se confiança, honestidade e trabalho, onde a prosa e a poesia tenha um único significado através da homenagem especial as crianças de Santa Rita: “Criança santarritense! Eu te comparo a uma flor; flor que adorna os lares; flor que ornamenta as escolas; flor que matiza os caminhos; tens cor,perfume e espinhos; o teu colorido variado; embeleza os cenários santarritenses; teu perfume enche os ares; e teus espinhos?; ferem os que te amam; cultivam-te!; teus pais,; teus mestres; tua comunidade; arrancando-te os espinhos; orientando-te para um caráter reto; para ser meiga; para ser sensível; aos sofrimentos do teu próximo; para amar aos que te ama”. (Francisco Aguiar/1985). Fotografia do Arquivo Francisco Aguiar.

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In.: SANTA RITA, SUA HISTÓRIA, SUA GENTE (FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR).

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 16/12/2012
Reeditado em 05/01/2014
Código do texto: T4038673
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