GaryFloyd - um quarto de existência - Parte V

" Alguém que define como inefável a sonoridade do rock progressivo"

O músico Gary Floyd identificou-se com a banda Pink Floyd , que o levou a sonhar acordado desde os 14 anos, até, finalmente, se tornar intimo, ficando totalmente abarcado pela sonoridade leve e etérea do rock progressivo.

Iniciou um período de encantamento pelas notas feéricas desse estilo, compondo sem parar, quase diariamente, aquilo que já fazia parte de uma rotina comprometedora, aprazivelmente dolorosa, com suas composições dolentes e extasiantes.

Vejam:

http://www.recantodasletras.com.br/audios/instrumentais/53004

fuga em si menor

Como pássaros ao longe em liberdade aérea, cujas asas que levam sonhos inteiros de experiências trocadas ao vento, lances invioláveis de poesia construída com sonhos, Gary Floyd flutuava nas notas de suas músicas tornado-as abarcadoras a todos, disseminando sons mágicos e inebriantes.

O que cabe no silêncio que nos envolve e acalma?

Depois de ouvi-lo, ficamos mais unos com o self e crescemos em tolerância verdadeira com o mais íntimo sentimento; assim, também, se dá uma catarse de emoções ao ouvirmos os instrumentais desse músico encantador.

A gente vai indo...indo...indo...até voltar, em círculos concêntricos e cada vez mais apertadinhos... até estrangular a garganta para que fiquemos mudos de significados coerentes, só restando coisas de sonhar e fantasiar: o mágico, o estranho sentimento que detona a vida, deixando tudo de pernas para o ar, como uma tsunami impulsiva e desmedida.

E ele chega de mansinho, enche o mundo de notinhas suaves como algodão, tirando a todos do gelo endurecido, que há muito nos deixavam estupidamente morosos para as coisas do mundo de claros movimentos encantadores.

Quando é que a gente pode se livrar das amarras dos sentimentos expressivamente assustadores?

Quando não houver mais estradas de correr cantigas?

É aquilo que fazia a todos rir e cantar todas as notinhas de fazer sussurros ao longe, a provocar um mar de agonia criadora, para desembocar num lugar de cumplicidade mútua e acolhedora.

É o sol saindo de novo , vindo nos aquecer, para que entendamos que todos precisamos da chama da vida, para nos entregarmos ao sonho, a sua de maneira a verter coisas emocionalmente aprazíveis em cachos de contentamentos mil, como numa doce prisão que faz aumentar o som de uma música que jamais seremos capaz de abandonar.

Assim, como uma fome de novas emoções em que o cérebro pede coisas que o acalentem até que a próxima necessidade, numa saciedade impossível de ser preenchida, voltando às doces notas como uma atração impossível de ocorrer, senão continuamente.

Daquelas coisas onde não se imagina que flutuam num mar de amplexos, escondidinhas numa caixinha de estranhas confissões, que chegam e mudam tudo o quanto existia, para configurar-se num quadro de surpresas, deslocando, virando novos e deliciosos minutos de aconchego.

Gary Floyd nos diz notas musicais que já sabemos, de um forma novidadeira, nos envolve num monte de lembranças, sempre tomadas pela emoção mais intrincada e confusa que guardamos em nossa rede de belos frutos: aqueles que colhemos com cuidado durante a vida; essa vida tão momentânea, tão fugaz, tão cheia de força criadora.

Expõe tudo o que podemos escancarar em gozos, dando tempo de desdizer conflitos duros que esfolam as partes mais moles de nossa cristalina história, escandalizando-nos com meras certezas frágeis, explodindo as primeiras reações efusivamente infantis e sóbrias, fazendo todos mergulhemos no grande mundo de coisas

incompreensíveis, enchendo a vida de frutos já caídos, maduros, completos em sua forma de coisas amorosas, tentando esconder as mais explícitas emoções, para escoarem em forças protegidas pelo esplêndido exercício de abrigar doçuras...

Vejam:

http://www.recantodasletras.com.br/audios/instrumentais/52732

Aqui se resume , afinal, o que é música para esse artista inconfundível:

“Música é número, a adoração do número, é álgebra ressonante. Mas a própria essência do número não conterá um elemento de mágica, um toque de feitiçaria? A música é uma teologia do número, uma arte austera e divina, mas uma arte em que todos os demônios estão interessados e que, entre todas as artes, é a mais suscetível ao demoníaco. Pois ela é ao mesmo tempo código moral e sedução, lucidez e embriaguez, um apelo ao mais intenso estado de alerta e um convite ao mais doce sonho de encantamento, razão e anti-razão — em suma, um Mistério com toda a iniciação e os ritos educativos que desde Pitágoras foram parte integrante de todos os mistérios. E os sacerdotes e mestres da música são os iniciados, os preceptores desse ser duplo, a totalidade demoníaco-divina do mundo. Vida, humanidade e cultura.”

(Thomas Mann)

Gary Floyd registrou suas composições artísticas deste período intenso, aqui:

http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=110717

230 áudios (9159 audições)

(estatísticas atualizadas diariamente - última atualização em 04/08/13 00:09)

Mestre no improviso, fez instrumentais e canções belíssimos deixando uma obra artística de verdadeiro compositor: variada, contundente, escandalosamente criativa.

Hoje vive para banda, a Joana Dark.

http://www.youtube.com/watch?v=ZiJ8oFr86Nc

Seu forma de compor mudou para o stoner, mas é uma banda que abrange diversos estilos de se apresentar.

Gary Floyd continua compondo a todo vapor muito influenciado por Alice in Chains e bandas de stoner.

http://vocaroo.com/i/s0krkX9XNeuk

Jerry Cantrell total ...

http://vocaroo.com/i/s1YGwy8f5EZx

Sucesso, Gary Floyd !

Sucesso, Joana Dark!

Autora: Afroditevil

http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=130721

Em, 04/08/2013

afroditevil
Enviado por afroditevil em 04/08/2013
Reeditado em 04/08/2013
Código do texto: T4418513
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