Paradoxo, eu - Escritor de Garagem.

Aquela história sem pontos.

- Aos tantos amores que por minha vida passaram a minha palavra gratidão, a ênfase entre o paradoxo dessa minha infeliz triagem a palavra desilusão, a ascensão desse meu destino partilhado à palavra dor, que por um triz não me fez nada ou me destruiu por completo.

Era um dia de domingo, e como tantos outros eu sentado à beira de meus pensamentos me deslumbrando com o nada que tanto assolava minha vida, me lembro que desde ontem vinha revirando minha cabeça em plano de futuro, pensando em tudo e como era de ser, eu não sabia nada e tudo me era errado, garoto estranho eu era querido por todos e abominado por mim mesmo, era belo e feio aos meus olhos, então começa minha história, que por cá já lhe digo não é de muito se compreender, já que sou único, e sabes o mal de ser único? – É que aos poucos se morre e aos poucos se perde o próprio ser em palavras fluidas que se vão com os ventos e se finda no horizonte onde tudo consome onde tudo nasce.

Pelo que me lembro, tinha 14, transição essa que me fez crítico e pensante, porém como sempre incompreendido ninguém nunca me conheceu por inteiro e às vezes me ponho a se perguntar por quê? Será, pois que tudo fostes de minha culpa? Por ser tão assim? Mas de um tempo pra cá venho imaginando que não e me colocando tão normal quanto qualquer um ou talvez seja mesmo que já me aceitei como diferente e me sinta bem assim, a verdade é por montes e montanhas, cumes e estradas, conto lhes minha história, desde onde tudo começou...

Na verdade nunca tive a intenção de escrever sobre mim mesmo, mas hoje em especial algo me pegou de borre e me fez sentar a frente do computador e me alto descrever, nunca havia de escrever assim, falando comigo mesmo, é estranho, sempre escrevi sobre o amor e relacionamentos vividos, histórias e memórias e por modesto ser escrevia bem, mas falar de mim, era novo e por dizer, não sabia nem começar...

Sempre me senti incompleto, vagando por uma estrada sem nomes ou precedentes, sem um lugar pra ir ou um ponto pra chegar e às vezes mesmo me sentia como uma pedra que rolava desenfreada de um penhasco onde tudo a sua frente arrasava, essa é minha história de amor usada e escrita às páginas de um livro de terror Norte-Americano. Mas nada é triste para sempre e até eu tinha uma provável solução, e tudo isso se deu quando eu comecei a correr abaixo dos meus sonhos e nesse desenrolar encontrei uma garota crucialmente diferente de mim, a história poderia acabar assim, eu ficaria apaixonado por ela e seriamos felizes, mas essa é minha história e não, não acaba assim, alias estou abaixo dos meus sonhos, eles estão no alto e eu ainda não posso alcançar.

Cara estranho e aquela formosa garota à sua frente, eu não sábia como me portar era minha primeira namorada, era um mundo novo pra mim, mas por dentro eu sábia, ali ascendeu algo que me fez acreditar tão fielmente no amor, sem razões. Fora de contexto, eu era um tolo e ela me moldou, pode ser até estranho, mas foi assim. Nada de um dia- novo- nasce- no- horizonte, o desenrolar foi outro, a distância era nata e eu um babaca, acabamos por largar, eu fiz isso!

Um homem sofre depois de um mês e isso se estende por um longo tempo, eu tinha uma vazio que me engolia e me empurrava para o abismo era como cair eternamente e não tinha um fim, aos poucos eu me perdia e já havia perdido você. O bom se pode dizer que teve um, é que eu comecei a existir ali, naquela história, o homem só se conhece realmente quando entra em confronto consigo colapso ou quando se choca, é dai que sai o seu verdadeiro eu e o meu fora me apresentado ali, com ela, agora eu posso dizer que começa minha história...

Don Juan, um Bon Vivant eu não era tudo isso, mas às vezes até me sentia, era um perdido sonhador e um afiado observador, passava horas e horas calado apenas olhando enquanto minha mente, incansavelmente trabalhava e processava e criticava e envia relatórios conclusivos aos meus métodos sensórios, nada passava ao censo comum dos meus olhos tudo era detalhadamente fundamento e dali saia os porquês e perguntas rotineiras sobre tudo, como um todo. Eles me achavam estranho, insocial alias era de ser mesmo, isso me perturbava, mas vivia mesmo assim.

Engraçado... Por mais estranho que fui tinha um lado que nem mesmo eu compreendia como eu sendo o que sou do jeito que sou, conseguia atrair tantas garotas? Quantas foram? Eu não sei só sei que se tiver uma ou duas que fiquei era muito, Ladies and Gentlemen as cortinas do palco se abriram e os refletores se puseram a mim, uma parte de mim está para ser descrita algo que guardo a sete chaves, pode me chamar do que for, mas havia algo em mim era como um estranho sentimento de posse, eu gostava de acumular e talvez esse tenha sido meu mal, alias como pode ser? Eu que sempre fui tão romântico havia de ter um lado cafajeste e insensato?

Eu gostava de conquistar as garotas, envolver e as apaixonar e depois deixá-las, era uma parte de mim, já cheguei a ter duas, ou três garotas engatilhadas e depois as deixei, já cheguei declarar amores eternos a uma pela manhã e ao passar da tarde repetir as mesmas palavras com o mesmo toque de paixão que havia declarado a anterior, ruim é quando elas descobriam isso, quantas já não perdi assim e perdi até mesmo a amizade, mas nunca me dei por falta é uma coisa minha, nunca se arrepender do que fiz, por isso sou bem minucioso quanto as minhas escolhas alias eu nunca voltarei atrás. Garotas e mais garotas me sentia um boêmio que para se prender a uma precisava estar estupidamente apaixonado, coisa difícil eu sempre reclamava que não tinha ninguém para amar para os meus amigos, quando mesmo tinha uma ou duas atrás de mim, mas o problema não era elas, era eu e minha exigência, não queria uma garota perfeita, apenas queria uma que atendesse o meu modo, bem do meu jeito isso não é querer demais!

Eu não era um completo cafajeste, eu as conquistava, mas fazia de tudo para não as decepcionar. Como isso?- É fácil jogue algumas verdades pro ar sobre suas atitudes e as deixe pensar que o culpado disso tudo é você, e é! As deixe com raiva de você, mas não perca o controle da situação, tudo isso tem que estar ao seu favor para depois parecer o coitadinho, que fez tudo isso por amor, sagaz não? Em razão ou outra sempre contornei as piores situações e por mais cachorro que seja nunca as perdi completamente, será isso mesmo amor? Mesmo alguns anos passando algumas ainda sente aquilo por mim, ora, pois, é minha natureza e eu tenho o desejo incontrolável de estar à frente da situação e como sempre as envolver só que agora, mais cautela quanto ao contexto, volta e meia eu as tenho e as deixo.

Um ponto firme talvez que tenha é ser bem detalhista e perceptivo, isso ajuda na maioria da situação, me ajuda a achar o ponto fraco e delas usar e abusar ao meu favor, um detalhe faz toda a diferença na relação com uma garota, porém sou bem seletivo quanto às presas e não sou muito eclético, tenho perfis montados e para esse um modo de lidar, posso me tornar o que quiser isso depende do momento que estou vivendo ali, momentos é uma palavra de grande valia pra mim, já que mais mesmo só vivo deles, se prender é uma questão de características, algumas você se prende mais, outras de longe você cuida, incrivelmente garotas percebem quando vocês estão falando delas independente do que seja, usar isso como forma de conquistar é uma valia, em momentos troque olhares discretos perceptíveis, e sorri pro nada olhando pra ela, ou pare fingindo estar viajando em algumas lembranças e brote aquele sorrisinho singelo, só não se grude, nunca gostei de garotas fáceis são inúteis pra mim e muito menos aquelas que se prendem, tenho um perfil exato e raro pra me prender a certo, mas isso nunca me impediu de descobrir novos e assim entrar de novo no jogo, ignore-as se preciso as deixe correr atrás de você feito cão, alias aqui e no amor alguém tem que sobreviver e esse alguém sou eu.

Uma tese é que para chegar a uma garota que totalmente desconhece ou esta afim se for o caso, o ponto ápice é nunca ignorar suas amigas, mas não usar as pra chegar nela, elas percebem é a chances de rolar são igualitárias 50% em 100%, mas isso depende de você, e por cá não deixe muito que dependa de você, por sempre no fim você será o apaixonado e ela a livre, e o final todos já sabem.

Buscando em meu coração ou em minha mente borbulhante uma explicação para esse meu lado escuro, achei uma pequena luz, vaga que é meu crítico quanto a ser; É certamente correto que eu não consigo ficar com uma garota que tenha ficado com outro cara que eu conheço, eu tenho uma trava, um impedimento que não me deixa envolver, talvez seja por isso que eu conquiste, mas não fique, mas isso não explica completamente o fato, mas é uma breve brecha do meu ser.

Às vezes eu quero voltar e achar o ponto quando eu me tornei assim, mas não isso já nasceu comigo eu apenas deixei sair de uns tempos pra cá, isso não é ruim quando se tem vários pontos de vistas como o meu, é apenas um modo de sobreviver nesse mundo, cada um se vira com as armas que tem. Isso não é um manual, não se inspire, porque tão somente eu tenho controle da minha posição e das minhas atitudes, mas do resto não.

São tantas e muitas coisas que me perco no que fiz e nas lembranças que tenho, porque tão complexo e indeciso tende ser meu eu? Por quantos trampos e barrancos embalam as sintonias que compunham minha vida? O meu pensar?

Venha perguntar como me sinto com tudo isso, com a órbita que gira em torno da minha cabeça, e eu simplesmente não saberei te responder. Minha vida é tão emocionante vista pelos outros e eu que vejo tudo um saco de tédio, tenho tudo e não tenho nada, caminho e não saio do lugar, Falar sobre isso não é vergonha pra mim, mas é meu íntimo é quando eu realmente sinto que me encontrei, e que me conheço por inteiro, algumas pessoas não acreditam ou duvidam, até mesmo não compreendem.

Eu tenho uma falha que pouco demonstro, eu nunca consegui me livrar do passado, é constante e ele caminha lado a lado comigo, tudo no meu presente é o meu passado, ao lado na carteira da escola, minha colega de trabalho, minhas imagens no computador, minhas músicas no celular, minhas roupas guardadas e cada palavra que você lê sobre mim, e porque isso? Não sei! Talvez seja porque eu me apago demais e continuo com esse adorno até o fim, o tempo não desgasta. Maldito seja!

Eu nunca consegui esconder nada de ninguém sobre mim é impossível, minhas mentiras são fracas, todos já sabem quem eu sou isso em partes, tolo eu seria se todos realmente descobrissem quem eu sou isso, não! Eu guardo tão somente a mim ou quem está ao meu lado, vocês sabem muito sobre o João e ao mesmo tempo não sabem nada, sabem dos meus feitos, mas não sabem dos meus conceitos, às vezes minhas decisões são as piores possíveis e às vezes ajo por impulso, inconsequente, mas na minha mente é o melhor agora, eu não trabalho com presente apesar de viver o passado, faço as coisas visando o futuro.

Eu caminho Por ai e por mais que tenho uma multidão de seguidores, faço tudo sozinho já me acostumei assim, é melhor assim pra mim e às vezes fico tão distante que ninguém pode me encontrar, mas está tudo certo é tão constante que tomo as rédeas das minhas próprias ilusões.

Enfim em minha vida nem tudo é esse mar de roteiros filosóficos e ideologias únicas, eu tive momentos sublimes nela que me fizeram capaz e ser melhor para mim e para os outros, devo tudo isso a um sentimento frágil em sua essência, mas forte no ser que habita, e como em todas as minhas frases eu estou por falar do amor, o ponto ápice do meu ser e que me susteve até aqui, quando mesmo me ponho a falar de amor, o tom das minhas palavras mudam e uma suave canção acompanha minhas rimas, flagelas e entonadas na doce sincronia da paixão, sempre foi difícil eu me prender a alguém por esse lado ranzinza que me acompanha, mas sim houve aquelas que me fez deslumbrar os olhos e dar graça ao coração, aquela então que amei com todas e todas as forças que havia em meu ser e que tive medo de perder, e perdi. Nem Shakespeare teve altos e baixos, tão assolados assim como os meus...

Aos atos.

- Tanto digo de mim, que às vezes não saem nada, traço uma linha reta e ando em círculos.

É tão difícil satisfazer alguém como eu, tenho manias, costumes e escolhas e não suporto algo que não seja do meu jeito, gosto das minhas coisas, as minhas maneiras e não sei disfarçar quando estou emburrado, faça por mim ou não faça nada eu tenho espirito de liderança e não me admira ser assim, sou sozinho, aprendi a me virar e a ter meu ego no comando, erro e não gosto que cometam erros, por dizer gosto das coisas certas, uma qualidade? Ou apenas uma mania adquirida? Nada na minha vida é dispersa, tudo é interligado, e talvez seja mais um erro não separar as coisas ou não medir até onde minhas coisas podem ajudar ou atrapalhar.

Mas eu não sou esse mostro egocêntrico, eu apenas tenho alguns sentimentos confusos alias analisando mim mesmo assim por dizer, transborda a todos que quiserem ver, a minha disposição em ajudar e se preocupar com os outros, eu sou um manteiga derretida e me comovo com as pessoas e quero ajuda-las custe o que custar, quantas das vezes já deixei coisas minhas de lados pra ajudar um amigo, ou até mesmo alguém que desconheço, talvez seja isso na verdade que me faz ter a maravilhosa vida que tenho, é uma recompensa de Deus e ao mesmo tempo uma lição.

Quão construtiva é o meu ser, a junção de um pouco de tudo e não me sinto incrível, alias me sinto normal e tão comum quanto qualquer um... Peça por peça, cabeça por cabeça às vezes eu tenho vontade de fazer alguma coisa que eu não sei, porque sempre eu estou parado no meio de tudo? Por aqui vejo que as coisas não estão mais emocionantes como o começo e assim trilha a vida, porque tudo no começo é um mar de rosas, mas vem o tempo e deixar tudo preto e branco, pois quanto mais eu me descrevo menos se entende.

O que faz uma mente brilhante se tornar um patife? O que faz um romântico se tornar um cachorro? Sempre essa diferença no meu ser que me faz seguir a risca as regras éticas e morais do ser. Ora, pois, porque não me torno logo um sociocrata barbado perdido por entre os mofos de uma sala repleta de livros velhos? Quanto mais eu digo de mim, mas tolo me sinto por não fazer do jeito que todo mundo faz... Olhar ao espelho e ver-se ao invés de contemplar o critico do próprio ser.

Olhe que horas são se aproxima das 22h00min e eu aqui desvendando textos, usando as mesmas palavras repetidas por às vezes não ter mais palavras pra escrever, eu sei que minhas coisas por hora se tornam monótonas, mas o que eu posso fazer? Estou há horas e horas aqui, e não compreendi um terço de mim. Mas é claro quando comecei a escrever ninguém me disse que seria assim.

Pensando aqui, quanto mais eu escrevo mais eu vou vendo quão vasto é universo que criamos no nosso ser, abraçamos mundos e construímos razões para nossos próprios muros, ficamos nos altos olhando por baixo, somos quem podemos ser e temos o que queremos ter, aqui pelo menos eu não me sinto um menosprezado escritor, se por dizer que sou aqui a liberdade é limitada em nossas assas que não nos impõe limites pra ir ou voltar, aqui eu posso fugir e andar descalço nessa estrada infinita posso ler as páginas em branco do jornal diário ou simplesmente escrever com minhas mãos nas folhas ao chão.

Deixe meu jeito em paz, liberte-me ou deixe-me voar sobre as razões da indecisão ou sobre um terreno desconhecido, eu preciso de um tempo sozinho, eu preciso errar para saber onde consertar, eu preciso aprender com a vida e sanar meus medos e essas coisas eu tenho que fazer sozinho ninguém pode ajudar, é o ciclo, é o meu ciclo.

Aos meus atos, revela uma verdade à única de se auto capacitar e realizar tuas coisas sem a mão de ninguém, pois ninguém vai se importar com você e tão somente ti terá que suprir suas carências Oras, cresça e faça sozinho, é assim que aprendi é assim que trabalho, menos expectativas quantos aos outros e se satisfaça com as obras das tuas mãos, isso será bem útil hoje e pelo resto dos dias.

Por tanto disse que me perdi por entre a história de mim, mas o que seria minha história sem meus pensamentos e meus fundamentos? Meus feitos? No começo disso tudo queria escrever algo sincero que não soasse assim como um texto outro já feito, que feito isso! É diferente de tudo que li e vi por ai, ou talvez mesmo eu ainda não tenha visto de tudo.

Por suma minha vida é o tudo em cima do nada, meus conceitos, minhas ideologias e minhas perguntas é o plágio reencarnado da minha própria vida passada, quão infelicidade e quão prazer pode me conter, para e prolongar, quão quem pode me satisfazer e encher meu ego, e me fazer parar quieto em um lugar de mãos dadas com uma pessoa sem constantes trocas, sem alguém a cada dia ao meu lado, sem um perfume diferente por semana ou sem um toque estranho a cada mês, acabam o dia em outro vira e o meu só se passaram algumas horas, tão filosófico parece às palavras do meu ser, mas pra dizer não se pode entender, em metáforas e ironias eu uso os termos mais simples pra descrever algo que em mim é complexo e impenetrável.

Tem dias que eu acho que minha vida é um ciclo com vários caminhos dos quais coisas podem entrar, mas eu não posso sair então eu fico rodando e rodando enquanto coisas novas entram nela e se misturam com as velhas e se tornam velhas e ficam lá passando por mim e retornando outra vez.

Acho que sempre vivi bem com o coração partido e pra dizer preferia às vezes ate ficar assim do que ser insensato e sem graça, é uma fase que eu consigo tirar proveito, parece estranho mais é quando me encontro cara a cara com o amor á defronte com o sentimento, é quando me ligo com meus pensamentos críticos e me subjugo, e é também quando de mim saem as mais celebres frases.

Batendo em uma porta qualquer.

Costumo viver duas vidas em uma, bem diferenciadas, às vezes quero ser o lado isolado da ilha, às vezes quero ser o mais habitado.

Tanto quanto disse que minha vida era um saco, é que conto uma história que vivo em alguns dias da semana, é fácil me ver alegre e social em um dia e algumas horas depois ou no dia posterior quieto e pensativo, é bem assim.

Vivo tão intensamente quanto todos, já fiz muitas coisas e visitei inúmeros lugares, já tive experiências assim como vocês, não sou mais um louco que escreve das suas próprias coisas e vive trancafiado no seu mundo, acho mesmo que me entreguei a essa parte liberdade, pela sede que tenho em conhecer pessoas novas e de muitas partes e confrontar realidades e pensamentos, e cá por nós eu tenho um pé de coelho que me ajuda, e sempre encontro alguém tão especial, quantas pessoas de cá e de lá, do outro lado também, e lá de cima, alguns de olhos fechados, outros calorentos, e esses que falam enrolado e engraçado, pena que não entenda. Eu gosto de lugares calmos e distantes, isolados e diversificados, me sinto em casa, minha mente é velha demais pro meu corpo e minha época é rebelde demais pro meu gosto, sou um senhor do século XIX vivendo no futuro, tele transportado à força para o estranho. E como me sinto? Sobrevivendo.

Tanto disse que perdi as rédeas de onde comecei, mas tudo ok, isso aqui não é um sincretismo comum, é apenas um Hobbie adquirido ao longo de alguns anos, alias por mesmo que gosto de escrever, não me lembro de onde tenha tirado à ideia de passar algumas horas montando umas poucas frases, quando me dei por mim já era algo viciante e constante que por mais que eu queria dar um tempo, as palavras veem em minha cabeça e saltam aos meus olhos e se montam e se completam e se alteram e reviram e fazem um alvoroço, pois bem eu as perco rápido se não colocar no papel, mas algumas conseguem ficar vivas e reflexivas a na minha mente, talvez seja o momento em que eu as fiz, ou talvez seja o que aqueles simples conjunto de vogais e consoantes significam pra mim, eu nunca fui tão verdadeiro e seguro como nas minhas palavras, elas tem o dom de expressar o que muitas vezes a minha boca se recusa a dizer.

Às vezes eu tenho a suave impressão de que todos abusam de mim por ser assim eu não sei dizer não, é raro e por isso acabo sendo legal demais como um burro de carga minhas costas são largas, mas estão machucadas, eu sou forte o bastante, resistente o bastante, criativo o bastante, mas não tente se aproveitar, eu não cego eu posso ver..

Seja o que for que me fez, me construiu cheios de sonhos, me fez diferente talvez seja por já soubesse que teria a vontade de descobrir partes por partes e bem no fim definir o que minha vida inteira corri atrás, e se valer a pena? Um dia eu descubro.

Porque às vezes eu me estranho e caio em contradição é como pensar algo e fazer outro, é normal pra alguns, mas me incomoda e me tira do sério fazer assim, mas é momentâneo e quando me dou por senso já havia de feito e não volto atrás.

Sem palavras muitas coisas fogem de mim em minha vida, e todos acham que tenho de tudo, isso é certo, mas que adianta o homem ter tudo e mais sendo que não tem o que realmente precisa, e por mim eu largaria tudo só pra viver uma vez mais o amor, puro e verdadeiro como eu tive em minha vida, ter alguém ao meu lado que seja mais que uma namorada, seja uma amiga, companheira, divertida, e séria se preciso, que me deixe tranquilo quando preciso for, e que simplesmente esteja comigo, mas dentre isso eu vago por minha carência afetiva, mas sou duro na queda e pouco demonstro esse monstro dentro de mim.

Eu costumo ser um resmungão e chato por essência, por não entender porque as pessoas agem assim e porque o mundo gira nesse contexto, homens matam e destroem mesmo por prazer? Porque tudo que fazem não te porquês, é mundo de canibais socializados, cobras por cobras, grandes por grandes e pequenos dividindo o espaço de um só corpo, teoria relativa sem nenhum pudor, eu vejo pessoas a perecer, eu pereço por não me entender, como diria James Brown – ‘’ Esse é um mundo de homens’’, o homem fez a eletricidade, mas ainda estamos no escuro das nossas mentes e de que isso adianta? Eu quero levar as pessoas a pensarem e sou insuportável por isso, porque simplesmente não adianta dar as respostas a elas, sem elas sabem por que daqui, todos somos capazes e assim como eu sei da minha capacidade eu quero fazer as dos outros florescerem.

Pois bem, 15 dias já se passaram desde que me pus a escrever, me autoanalisando defrontei com meus erros, meus medos e meus involuntários conceitos, e tudo aquilo agora passara acirradamente aos meus olhos e minha mente basta, processava ainda mais e cada vez mais de mim tinha que mudar ou não se adequava ao que tendia ser, havia menos sentido e mais contradição, havia eu de largar novamente o senso, para voltar a acreditar no coração? Não faz sentido sempre me ferrei nessa, mas o que passava por minha cabeça era que é o melhor que tem agora. Sinto-me perdendo aquilo de posse e me entregado novamente ao único, a apenas um amor, como sempre havia que querer, ora, pois, estou apaixonado no meio desse caos?

Volta e meia estou aqui, olhando e não desejando ser tão criterioso quando as escolhas, acho que estou mudando, estou com outros olhos em relação a algumas garotas, mas ainda sim não é o suficiente, sou impotente demais para deixar-me guiar e quanto mais estou sozinho.

Acho mesmo que fiquei perdido há uns dois anos atrás e não vejo graça no novo eu quero voltar para os braços daquelas que tive, únicas que eu via perfeição na sincronia do rosto e do modo de falar, será porque é de lá que aprendi mais do amor? Eu não sei. Só sei que tudo de nada sou e nada de tudo estou.

Caindo na real eu sei que sinto até um desejo de ficar sozinho, por não ter alguém que realmente me interesse há prazo, e talvez mude isso daqui alguns dias, ou não, eu sou tão diferente e pretensioso, ninguém pode prever o que vou ser por amanhã, nem mesmo hoje, os momentos que vivo me define!

Às vezes eu acordo com uma ressaca de um sonho lavado em águas passadas, as coisas me dão dor de cabeça e não posso conter, é isso que me adoece, devo por bem dizer montar um contrato do meu ser e entregar para todas aquelas que se atraem por minha pessoa, pedi-lhes que leia atenciosamente e concordo com os termos, sem devoluções ou reclamações.

Como todos algumas clausuras dirão mais nas entre linhas e poucas decifrarão, mas faz parte depende do ponto de vista de quem quer, algumas ainda como todos nem lerão.

Por volta e enredo no amor meu coração salta e pulsa firme acho que ama tão loucamente alguém, porem minha mente entra em recesso e não me deixar perceber ao certo, tem uma mais eu sinto que não é ela porque eu a gosto mais não é aquilo que me elava, esse amor simplesmente mantem meus pés ao chão e não é isso que procuro, não tão muito quero algo tão único quanto os carrego em meu peito marcado, acho que existe uma que pode me satisfazer, mas é tão difícil entender e tê-la junto de mim é uma abdicação, renúncia e cá por mim estaria pronto pra isso se não fosse ela, acho mesmo que tá faltando muita peça nesse quebra-cabeça.

Ontem ali eu estava me afogando nos pensamentos e tentando achar o que me faltara e naquele instante passou a mim minha vida, coisas nela coisa diárias que por ser tão comum às vezes não me dava conta que já a tornava diferente, ouvindo alguns amigos falarem sobre diversos assunto, eu pus-me a confirmar que o tédio que tanto expressava era mais algo posta por mim, porque quão das quantas experiências tive e de nada que passo guardo? Porque tudo que faço é tão descartável do meu ser e ignorado? Se me ponho a criticar-me, logo ponho a me existir diferente, tenho muitas coisas e diferentes pessoas compunham o meu dia-a-dia, e tão pouco alguém sabe de mim, quão reservado me tornei, e por mais que tenha um lado sutil, me sinto invariavelmente calado.

Eu sei por ser assim, eu mesmo eu tenho que pagar pra ver por às vezes duvidar da minha própria essência por talvez não saber nem mesmo o que eu posso ser amanhã, acho até mesmo que há dia que vivo uma sensata loucura sem logica ou rédeas e em outros dias me sinto mesmo estranho embutido em todo medo e coragem caminhando em círculos me envolvendo em labirintos, me perdendo me perguntando porquês explícitos no meu viver e como se nada bastasse ainda sim volto ao mesmo ponto de partida, mas não precisa me dizer que tudo tem um preço, cada feito, cada momento, cada hora passada e o que verdadeira me resta fazer é seguir sempre enfrente, acreditando mesmo que não se vive só uma vez.

Escritor de Garagem
Enviado por Escritor de Garagem em 25/11/2013
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