Marulho
O mar me incita a agitá-lo e tocar sua alma oceânica intensamente azul. Sou das profundezas, dessa imensidão energética.
Tenho enjoos constantes, mas é o balanço das ondas que me levam de um lado ao outro.
Vi coisas grandiosas. Bebi de sua solidão.
Sou marulho, sim. E quem há de duvidar de mim?
Vivo encharcada, e cheia de mariscos sobre a pele enrugada.
Sou úmida.
E nas tempestades noturnas, meu colo vira céu bravio.