Marulho

O mar me incita a agitá-lo e tocar sua alma oceânica intensamente azul. Sou das profundezas, dessa imensidão energética.

Tenho enjoos constantes, mas é o balanço das ondas que me levam de um lado ao outro.

Vi coisas grandiosas. Bebi de sua solidão.

Sou marulho, sim. E quem há de duvidar de mim?

Vivo encharcada, e cheia de mariscos sobre a pele enrugada.

Sou úmida.

E nas tempestades noturnas, meu colo vira céu bravio.

Brígida Oliveira
Enviado por Brígida Oliveira em 25/01/2015
Reeditado em 18/09/2018
Código do texto: T5114238
Classificação de conteúdo: seguro