Ricardo%2BGumbleton%2BDaunt%2B(Capa).jpg
RICARDO GUMBLETON DAUNT
(82 anos)
Advogado e Jurista
* Casa Branca, SP (27/02/1894)
+ São Paulo, SP (17/02/1977)
PEIXES
 
Ricardo Gumbleton Daunt foi um advogado, precursor da Polícia Científica e um dos pioneiros da datiloscopia no Brasil.
 
Cursou o Ginásio de São Bento e a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, bacharelando-se em 1919. Foi promotor público de Santa Cruz do Rio Pardo e de Itápolis.
 
Por muitos anos foi diretor do Serviço de Identificação do Estado de São Paulo, idealizando e criando, nesta repartição, os laboratórios de Antropologia Criminal, Odontologia Legal, Química Legal, Arquivo Monodatilar e o Arquivo Dactiloscópico, totalmente reestruturado com as "Mesas Daunt". Foi o inspirador da instituição doRegistro Criminal do Estado, da Sessão de Passaportes, da Biblioteca, e daSessão de Identificação de Estrangeiros. Foi o criador das chamadas "Mesas Acácio Nogueira", destinadas ao registro de impressões digitais.
 
Em 1938, Ricardo Gumbleton Daunt revolucionou o Instituto de Identificação Criminal do Estado de São Paulo, dividindo-o em quatro secções: Fotografia, Antropometria, Datiloscopia e Aplicação (de vários recursos da ciência da identidade). Este Instituto, que mais tarde levaria seu nome, desde a sua criação, já identificou mais de quarenta milhões de pessoas, e, atualmente, emite mais de dez mil cédulas de identidade por dia, entre primeiras e segundas vias.
 
Em 1934, Ricardo Gumbleton Daunt, participou do Congresso Nacional de Identificação, realizado no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em julho de 1937, da Semana Paulista de Medicina Legal.
 
Em julho de 1938, do Primeiro Congresso Paulista de Psicologia, Neurologia, Psiquiatria, Endocrinologia, Identificação, Medicina Legal e Criminologia. 
 
Em janeiro de 1941 participou do Segundo Congresso Latino-Americano de Criminologia, realizado em Santiago, sempre representando o Serviço de Identificação do Estado de São Paulo, elaborando trabalhos e teses inéditas.
 
Ricardo Gumbleton Daunt foi membro de diversas identidades científicas, tais como:
 
  • Sociedade de Medicina Legal e Criminologia de São Paulo
    Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
    Instituto de Estudos Genealógicos de São Paulo (Instituto Heráldico e Genealógico)
    Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (Membro Honorário)
 
Dedicou-se, também, a profundos estudos de História, Heráldica e Genealogia, realizando pesquisas inéditas nestas áreas, também. Foi comendador da Ordem Soberana e Militar de Malta. Um exemplo é o livro que fez mostrando toda a linhagem histórica de uma das famílias mais importantes do município paulista de Casa Branca, a família Carvalho, da qual o mais famoso era o Drº Francisco Tomás de Carvalho, patrono da Escola Normal que leva o seu nome, Escola Normal Doutor Francisco Tomás de Carvalho.
 
Ricardo%2BGumbleton%2BDaunt%2B1.jpg
Bibliografia
 
Ricardo Gumbleton Daunt foi autor de numerosos trabalhos sobre a Ciência da Identidade, tendo obras divulgadas na França, por Edmond Locard e em Portugal, por Luís de Pina. Destacam-se:
 
  • Revista de Identificação e Ciências Penais e do Museu Vucetich de La Plata, na Argentina - Diversos artigos;
    Revista de Derecho Penal, da Argentina - Diversos artigos;
    Arquivos de Polícia e Identificação de São Paulo (Fundador e diretor) - Diversos artigos;
    Herschel e a Dactiloscopia, considerada obra precursora desta especialidade;
    O Padre Diogo Antônio Feijó na Tradição da Família Camargo
    Diário da Princesa Isabel
    O Capitão Diogo Garcia da Cruz e Sua Geração
    Tradições Paulistas - A Baronesa de Monte Santo
    Tenente Urias Emídio Nogueira de Barros
    O Capitão Diogo Garcia da Cruz - Edição revista, ampliada e atualizada por Caio Figueiredo Silva, em 1974
 
 
Ricardo%2BGumbleton%2BDaunt.jpg
Genealogia
 
Ascendência:
 
Era filho de Rogério O'Connor de Camargo Dauntre (grafia original, conforme o próprio Ricardo Gumbleton Daunt explica, em sua obra genealógica) e de Iria Leopoldina de Figueiredo Dauntre.
 
Pelo lado paterno, descendia da antiga aristocracia francesa, da Normandia, que passou à Irlanda, onde a família ligou-se aos O’Connor, de uma longa linhagem de patriotas, descendentes de Roderick O’Connor, o 183º Monarca Suserano da Irlanda, falecido em 1198. Era neto paterno de Ana Francelina de Camargo e do médico irlandês Ricardo Gumbleton Daunt (Dauntre), radicado em Campinas, este filho de Richard Gumbleton Dauntre e de Anna Dixon Raines.
 
Era neto materno do comendador Urias Gonçalves dos Santos e de Ana Jacinta de Figueiredo, esta filha do Barão de Monte Santo e de sua sobrinha Maria Carolina de Figueiredo. O Barão e seu irmão Joaquim, pai de Maria Carolina, eram filhos do capitão Diogo Garcia da Cruz e de Inocência Constância de Figueiredo; esta, filha do capitão-mor José Álvares de Figueiredo - o fundador de Boa Esperança - e de Maria Vilela do Espírito Santo, esta neta da Ilhoa Júlia Maria da Caridade. Por este lado materno, Ricardo Gumbleton Daunt descendia de uma complexa rede de endogamia formada pelos descendentes do capitão-mor José Álvares de Figueiredo.
 
Descendência:
 
Casou-se com Maria Amália Ferreira de Abreu Teixeira Leomil, com quem teve três filhos: Ricardo Gumbleton Daunt Filho (pai do escritor Ricardo Gumbleton Daunt Neto), Alicia Maria Daunt de Campos Salles e Maria Elisa Leomil Daunt.
 
Colaterais:
 
Era sobrinho do monsenhor Fergus O'Connor de Camargo Dauntre (1849-1911), que foi vigário-geral da Arquidiocese de São Paulo. Foi primo de diversas personalidades, como: Antônio Aureliano Chaves de MendonçaDanton Mello,Eduardo Carlos Figueiredo FerrazEster de Figueiredo FerrazJosé Carlos de Figueiredo FerrazFátima FreireGeraldo FreireMorvan Aloísio Acaiaba de ResendeNelson FreireNewton Freire MaiaSelton MelloWagner Tiso, dentre outros.