Uma reflexão, uma década, uma vida que eu chamo de minha.

Não poderia ser diferente, eu teria que compartilhar a minha entrada aos vinte e oito de alguma maneira, e certamente, seria sentada em frente dessa tela, ouvindo With Arms Wide Open, do Creed, e refletindo o que me aconteceu nessa última década.

Porque quando fazemos dezoito anos tudo o que queremos na verdade é que as milhares de coisas que viviam em nossa imaginação tornem-se de fato reais.

Graças a Deus eu sempre tive uma mãe que estava um além das outras tantas mães das pessoas que tinham a mesma idade que eu, ela me deixava fazer simplesmente todas as coisas desde que eu a mantivesse informada e participante da minha vida. E não é que deu certo! Eu ganhei de presente dela o meu bem mais precioso, a LIBERDADE! Ela me criou para ser a filha que não precisava mentir que iria dormir na casa das amigas para poder ir para as festas. Simplesmente, ela participou da minha vida. Levou-me nas entrevistas de emprego, fez meu curriculum, me levou no meu primeiro dia de trabalho no meu primeiro emprego e em tantos outros dias que se seguiram. Ela me criou para o mundo, e sempre disse que eu seria tudo aquilo que ela não foi. Fez-me acreditar tanto que eu poderia ser o que e quem eu quisesse que eu fui, e sou!

Hoje aos vinte e oito anos de idade – cronológica, eu posso afirmar que vivi uma década de sonhos, frustrações e realizações que eu sei que jamais viverei outra vez! A década dos dramas, das paixões e dos amores mal resolvidos.

Ser adulta não é coisa fácil! E quem disse que seria?

Descobri o amor, vivi, me decepcionei, me decepcionaram, chorei, sorri, sofri por um tempo e quando colei meus cacos, me quebrei novamente. Tranquei-me em meu mundo particular, e assim continuo. Ou continuava!?

Tornei-me adulta, mais ou menos lá pelos vinte e quatro anos, isso porque a minha se foi. Paguei as contas de casa, fiz as compras no mercado, dividi as tarefas da casa e percebi que agora já não tinha mais como fugir, ou eu cuidava de mim e da minha vida ou eu me perdia de mim mesma.

Dez anos que se passou de uma forma ironicamente louca e inusitada. Passou e me fez estar aqui, agora ouvindo meu muso musical do momento, James Bay.

Despedi-me de pessoas que foram embora para sempre e de outras que às vezes eu encontro por ai. Fiz amizades tão passageiras, mas que me deixaram marcas tão felizes! E fiz amizades que serão para sempre. Aos dezoito conheci as melhores e as piores pessoas que eu poderia conhecer na vida, a diferença é que as melhores continuam ao meu lado até hoje. E a verdade é que eu preciso lhes agradecer por me aguentarem por tanto tempo assim, por que eu sei o quanto sou chata, irritante, irônica e também o quanto eu amo vocês.

Com o passar do tempo, descobri que distancia não separa ninguém, nem amigos. Isso é desculpa para gente fraca (de amor).

Ao mesmo tempo em que eu brinco e dou risadas, me sentindo uma garota de dezoito anos, às vezes me pego dando conselhos para outras pessoas e me sinto tão a velhoca que já viveu tudo o que tinha para viver.

Aos vinte e cinco, acontece aquele momento na minha vida que nenhuma irmã mais velha que viver, torno-me Tia! Uma palavra tão pequena, que fez tudo em minha volta mudar, incluindo eu! Que fazem meus dias serem mais coloridas e mais felizes – menos quando tenho que assistir o mesmo episódio de Peppa Pig pela terceira vez seguida!

Sei que não me apego com facilidade, mas não entre jamais em meu coração, porque ai vão ser dois problemas, um pra mim e um para você.

Hoje na entrada dos vinte e oito eu apenas respiro fundo e me pergunto o que Saturno aprontou para mim nesses dois anos que virão?

Eu já senti aquele amor que nos faz respirar mais devagar enquanto o coração acelera. E eu ainda acho que esse amor só existe uma vez na vida. Porque nunca vai ser igual com mais ninguém.

Eu já me despedi da pessoa mais importante do meu mundo.

Eu já tantas coisas e eu nunca muito mais ainda.

Eu nunca pulei de bungee jump, nem fui a um show do U2, nunca fiz um cruzeiro, nem nunca disse “Eu te amo” olhando nos olhos de alguém. Eu ainda nem escrevi um livro.

Eu nunca entendi porque a vida me deu irmãos, já que meu sonho quando era criança era ser filha única. Irmãos passam o tempo todo brigando e falando besteiras uns para os outros. Até que um dia percebemos que nossas mães se vão, e ai ficam os irmãos, e ai, as brigas e as besteiras já não são tão constante como antes. E que ficar acordada esperando a chave deles na porta faz parte de mim agora, mesmo que eles não saibam que eu sei que eles chegaram são e salvos!

Hoje sei que vivi ainda apenas vinte e sete anos e sei que tenho um mar de vida para viver e realizar.

Eu cresci achando que a vida é maravilhosa como nos filmes e nos livros (até eu conhecer Nicholas Sparks)!

E sim, a vida pode ser o que você quiser e permitir que ela seja!

E eu? Eu acredito!

Feliz vinte oito anos jovem mulher!

Bem vindo Saturno!

♡

Bárbara Carolina
Enviado por Bárbara Carolina em 28/07/2015
Reeditado em 13/08/2015
Código do texto: T5327057
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