História sem cores capítulo quatorze.

Mineiro havia se isolado, quase não saiu do quarto durante o sábado, Carlos preferiu que o deixassem sozinho, sua noiva conversou com ele mas não adiantou muito, ele continuava recluso no quarto, os olhos vermelhos de tanto chorar e uma dor infinita, angustiante no coração,  mineiro ainda se culpava por tudo o que tinha acontecido com os pais, na sua mente vinham muitas lembranças da mãe, lembranças essas que o deixava ainda mais angustiado.

Helena já havia chegado de Minas, mas não precisou que Carlos fosse busca-la, ela foi para a casa do tio de mineiro que mora em São Paulo, ela teria que resolver algumas coisas por lá, só depois que ela iria ver o irmão.

Berenice havia ligado para Helena e Pediu - lhe para resolver alguns assuntos referentes ao cancelamento do casamento.

Era domingo, havia chovido bastante durante a madrugada, a chuva já tinha parado, e o clima estava ameno, quase frio.

  Era costume de todos os domingos ser feito cultos no sítio Esperança, e não seria diferente naquele, todos estavam acordados e já tinham levantados, menos mineiro, que continuava no quarto, Cláudia terminava o café, as meninas e Berenice conversavam na cozinha, enquanto Carlos terminava de preparava o salão para o culto.

__ Berenice meu amor, você vai participar do culto com  a gente hoje?

Perguntou Cláudia a Berenice.

__ Aí tia, não sei não, eu quero sabe, mas estou preocupada com o João.

Respondeu a Sobrinha.

__ Vamos menina, não se preocupe com o João, ele precisa ficar  pouco só, processar as idéias, é assim mesmo, tinha um irmão aqui da igreja que aconteceu a mesma coisa com ele, quase a mesma coisa eu diria, ele estava viajando quando os pais faleceram, quando ele soube ficou arrasado, porque antes dele sair os seus pais não estavam bem de saúde, ele nunca que imaginava que aquilo fosse acontecer com seus pais, um simples resfriado, era o que eles tinham, mas daí no hospital os dois velhinhos tiveram complicações, depois de tomarem um medicamento da qual eram alérgicos, isso deu um bafafa danado.

__ Meu Deus tia, que irresponsabilidade desse hospital, ou melhor, do médico que passou o remédio, ninguém fez nada não é.

Comentou Berenice.

__ Nesse país não tem justiça prima, essa é a verdade.

Comentou uma das Primas.

__ Ele ficou arrasado, por dias ele ficou assim como o seu noivo está, depois ele mesmo foi se acalmando e com muita conversa do pastor e oração, ele saiu daquele estado de isolamento e depressão.

__ Não se preocupe prima, vamos ajudar o João.

Disse a primeira novamente.

Cláudia terminava de arrumar a mesa do café, muito bonita pra sinal, cheia de frutas e tantas outras coisas deliciosas, Carlos tinha comprado  lombo canadense, fez pão caseiro e outras coisas de encher os olhos. Era costume em todos os domingos o pastor antes de iniciar o culto, tomar um café com eles.

Não demorou e Cláudia ouviu o barulho do carro do pastor, era seis horas da manhã o culto era as sete, o pastor morava na cidade de Sorocaba, a cede da igreja era lá, mas todos os domingos o pastor fazia o culto no sítio, havia muitos irmão que moravam por perto, ir para cidade ficava muito fora de mão, o mais perto para os sitiantes era no salão de Carlos.

Não demorou  e o classic prata estacionou bem na frente da casa de Carlos, era o pastor que havia chegado, mineiro espiava toda a movimentação da fresta da janela, como de costume o pastor comprimento a todos e sentou-se para tomar café, com ele estava Cláudia, Carlos e Berenice e suas primas.

__ Pastor essa é a minha sobrinha, de quem eu  falei.

O pastor levantou-se para comprimento Berenice.

__ Paz seja contigo, meu nome é Eric, fico feliz por conhece-la.

__ Paz pastor pastor, sou Berenice, acho que minha tia já te falou de mim e do que aconteceu comigo e meu noivo.

Disse Berenice.

__ Falou sim, estamos todos em oração, Deus vai dar vitória a você e seu noivo minha filha, não se preocupe.

Respondeu o pastor.

__ É pastor, desde que falamos para ele da morte da mãe, ele se Trancou no quarto, não quer falar com ninguém.

Disse Cláudia.

__ Não se preocupem, tenham fé, Deus vai dar vitória, eu sei que ele vai sair do quarto, fiquem tranquilos.

__ Aí pastor espero, não suporto mais ver ele assim.

Disse Berenice com os olhos já cheios de lágrimas.

__Bom vamos terminar o café que daqui a pouco começam a chegar os irmãos, depois se o seu noivo permitir,  eu converso com ele.

__ É isso aí pastor, Deus tem coisas grandes para nos, e teremos a presença dessa moça lida aqui no nosso culto hoje, e tenho certeza que Deus vai trabalhar no coração daquele moço também.

Disse Carlos abraçando a Sobrinha.

__ Glória a Deus irmão, vamos então que estamos atrasados.

Respondeu o pastor.

Terminado o café todos se dirigiram para o culto, mineiro continuou no quarto, espiando pela fresta da janela, ele tinha ouvido toda conversa, e ficou em dúvida, de ir ou não naquele culto.

Tiago Pena
Enviado por Tiago Pena em 03/01/2016
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