EUA UMA VIAGEM NO TEMPO INESQUECIVEL

EUA UMA VIAGEM NO TEMPO INESQUECIVEL

A história da cidade de Nova Iorque começa com a primeira documentação de europeus da área feita por Giovanni da Verrazano, no comando do navio francês, LaDauphone, quando visitou a região em 1524. Acredita-se que ele navegou em Alta Baía de Nova Iorque, onde ele encontrou os nativos lenapes, quando voltou através do estreito The Narrows onde ancorou na noite de 17 de abril e depois continuou sua viagem. Nomeou a área da atual cidade de Nova York de Nouvelle-Angoulême (Nova Angoulême) em homenagem a Francisco I da França, Rei da França e conde de Angoulême.

A colonização européia começou em 3 de setembro de 1609, quando inglês o Henry Hudson, a serviço da Companhia Holandesa das Índias Orientais navegou com o navio Meia-Lua através do estreito de The Narrows na Baía de Nova York. Como Cristóvão Colombo, Hudson estava procurando uma passagem ocidental para a Ásia. Ele nunca encontrou uma, mas registrou a abundante população de castores. Peles de castor estavam na moda na Europa, alimentando um negócio lucrativo. O relatório de Hudson sobre a população de castores da área de Nova York serviu como impulso para a fundação de colônias holandesas de comércio no Novo Mundo, entre elas Nova Amsterdã, que se tornaria a cidade de Nova York. A importância do castor na história de Nova Iorque é refletida pela sua utilização no selo oficial da cidade.

A área ao redor de Nova York foi o local de várias batalhas da Guerra Revolucionária Americana, incluindo a maior batalha da guerra: a Batalha do Brooklyn. Os britânicos venceram e passaram a ocupar a cidade em setembro de 1776-1783. George Washington foi empossado como o primeiro presidente dos Estados Unidos em 30 de abril de 1789 em frente à Câmara Federal e a cidade serviu como a capital dos Estados Unidos até

1790.

A moderna cidade de Nova York traça o seu desenvolvimento na consolidação dos cinco boroughs em 1898 e um crescimento econômico e de construção após a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Ao longo de sua história, a cidade Nova York tem servido como o principal porto de entrada para muitos imigrantes e suas influências culturais e econômicas tornaram dela uma das mais importantes áreas urbanas nos Estados Unidos e do mundo.

Até 1674

Lower Manhattan, em 1660, quando fazia parte de Nova Amsterdã. O norte é para a direita.

A região onde atualmente se localiza a cidade de Nova Iorque era habitada anteriormente por nativos americanos, principalmente pelo povo nativo americano lenapes. Acredita-se que o primeiro europeu a explorar a região foi o italiano Giovanni da Verrazano, em serviço ao Rei Francisco I de França. Verrazzano desembarcou na atual ilha de Staten, em 1524, enquanto explorava a costa americana.

Outros exploradores também passaram pela região, após Verrazzano, seguindo descrições dadas pelos nativos Lenape, sobre a existência de uma ilha que eles chamavam de Manahata, mas nenhum deles conseguiu localizar a tal ilha, que é atualmente Manhattan. Foi somente em 1609 que Henry Hudson localizou e desembarcou na ilha de Manhattan. Hudson era um inglês a serviço dos Países Baixos, e, naturalmente, os neerlandeses tomaram posse da área descoberta. Eles nomearam a região de Novos Países Baixos.

Em 1613, o explorador e comerciante neerlandês Adriaen Block e sua tripulação tornaram-se os primeiros europeus a viverem na ilha de Manhattan, quando passaram o inverno deste ano na ilha, em pequenas cabanas de palha, devido a um incêndio que destruiu o navio em que eles viajavam. No final do inverno, já em 1614, Adrien e sua tripulação construíram um novo navio, e saíram de Manhattan na primavera.

Em 1624, a Companhia Holandesa das Índias Orientais, uma empresa de comércio e colonização, mandou um grupo de assentadores à Manhattan. Em 1625, tais assentadores construíram uma cidade e um forte chamado Forte Amsterdam, no sul da ilha. No ano seguinte, o governador dos Novos Países Baixos, Peter Minuit, comprou dos nativos algonquianos o terreno da ilha de Manhattan por produtos cujo valor total era de 24 dólares americanos em valores atuais.

Pintura de Benjamin West (em 1771) retratando o acordo de William Penn com os lenapes em 1682.

A cidade construída na ilha de Manhattan logo foi nomeada de Nova Amsterdam. Nova Amsterdam cresceu lentamente durante seus primeiros anos, por causa da péssima administração dos primeiros governadores mandados pela metrópole, para a administração Novos Países Baixos. Mas, em 1647, com o competente Peter Stuyvesant assumindo este cargo, a colônia neerlandesa prosperou rapidamente.

Cerca de mil habitantes viviam na cidade por volta de 1650. Em 1653, os colonizadores construíram uma muralha ao sul da cidade, por medo de ataques dos nativos americanos, mas o muro caiu em poucos anos, e em seu lugar, os colonizadores construíram uma rua, que seria posteriormente conhecida como Wall Street.

A prosperidade económica da cidade e a pouca importância dada pelos governadores da colónia neerlandesa ao balanço étnico-racial da comunidade, atraiu imigrantes como espanhóis, judeus e africanos. Os primeiros moradores de Nova Iorque foram 23 judeus de origem portuguesa que chegaram em 7 de setembro de 1654 na Nova Amsterdã, um entreposto da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, fugindo da Inquisição no Recife.[2][3]Das 16 naus que partiram às pressas do Recife, uma foi saqueada na Jamaica e 23 judeus viajaram até a ilha de Manhattan, sem bens, onde estabeleceram residência e trabalharam no comércio.[4] De fato, na primeira sinagoga localizada em Manhattan ainda se lêem alguns pergaminhos em português[carece de fontes].

1674 - 1760

Os Países Baixos e a Inglaterra enfrentaram-se em três guerras, as Guerras Anglo-Holandesas, que duraram de 1652 a 1670. Em 1664, a força naval inglesa forçou a entrada na baía de Nova Iorque, enfrentando mínima resistência dos habitantes da cidade. Os ingleses renomearam a cidade de New York, em homenagem a Jaime, Duque de Iorque.

Em 1673, os Holandeses recuperaram novamente a cidade, e o renomearam de New Orange, mas um ano depois, em 1674, cederam definitivamente a cidade aos ingleses (bem como toda a região de Novos Países Baixos), após a derrota Holandesa na Terceira Guerra Anglo-Holandesa.

A cidade cresceu rapidamente sob controle inglês. Em 1700, a cidade possuía uma população de sete mil habitantes, e ruas e estruturas cobriam a parte inferior de Manhattan. O primeiro jornal diário da cidade, o New York Gazette, foi impresso pela primeira vez em 1725. Liberdade de imprensa foi instituída em 1735. Em 1754, foi construída a primeira faculdade da cidade, a King's College, que é atualmente a Universidade de Columbia. Em 1756, o Dia de São Patrício foi celebrado em 17 de março, e desde então ficou famoso mundialmente como a parada de São Patrício, que é um feriado na cidade e tem influência direta dos imigrantes Irlandeses - as pessoas saem às ruas vestidos de verde para o desfile.

1760 - 1880

Nova Iorque em 1848.

A cidade de Nova Iorque teve um papel essencial ao longo da resistência americana ao controle britânico. Em 1765, comerciantes juntaram-se no centro na cidade, protestando contra novos impostos criados pelos britânicos. Em 1770, habitantes da cidade enfrentaram soldados britânicos, deixando um morto.

Logo que a Guerra da Independência dos Estados Unidos da América começara, em 1775, os rebeldes americanos tomaram controle da cidade de Nova Iorque. Mas em 1776, os britânicos recapturaram a cidade, que continuou sob domínio britânico até o final da guerra, em 1783.

Em janeiro de 1785, e até 1790, Nova Iorque foi escolhida para ser a capital temporária do recém-formado Estados Unidos. George Washington foi eleito como o primeiro Presidente do país em 1789, na cidade. Então, Nova Iorque, com seus 49 mil habitantes, era a terceira maior cidade do país, sendo superada apenas por Boston e Filadélfia. Mas Nova Iorque cresceu rapidamente, tanto econômica quanto populacionalmente, devido à sua excelente posição geográfica e às excelentes condições da baía de Nova Iorque. Em 1792, a Bolsa de Valores de Nova Iorque foi criada, na Wall Street. Por volta de 1800, Nova Iorque tinha cerca de 60 mil habitantes, e já era a maior cidade dos Estados Unidos.

Bairro de Bowery, em 1895, em pintura de Louis Sontag.

Em 1811, a municipalidade de Nova Iorque, buscando melhor planejar o crescimento da cidade, que até então crescera desordenadamente, decidiu que toda via pública construída na cidade teria que correr em linhas paralelas, num sentido norte-sul (avenidas) ou leste-oeste (ruas).

O Canal de Erie, que permitiu acesso dos Grandes Lagos ao Oceano Atlântico, foi aberto em 1825, e a importância da cidade de Nova Iorque como um centro portuário crescera bastante, ultrapassando a cidade de Montreal, e tornando-a a cidade portuária mais importante do leste americano. Além disto, um número crescente de bancos e companhias financeiras que escolheram Nova Iorque como sede contribuíram muito para o rápido crescimento da cidade.

Ao longo do século XIX, milhares de imigrantes desembarcavam na cidade, anualmente. Até o final do século, por volta de 1890, a maioria era procedente da Alemanha, Irlanda, Inglaterra, Suécia, Noruega ou Dinamarca e após 1890, Itália. Muitos imigrantes tinham muitos problemas para se ajustarem ao estilo de vida americano, vivendo em favelas superlotadas e tendo problemas para conseguir um trabalho.

Uma sociedade política, a Tammany Hall Society, composta de diversos políticos do Partido Democrático, oferecia postos de trabalho, presentes e conselhos aos imigrantes, em troca de votos para membros da sociedade. Como consequência, esta organização política controlou a cidade por um longo período de tempo, até 1934.

1880 - 1940

Fotocromia da Mulberry Street, na Little Italy (Manhattan), c. 1900.

Em 1883, a Ponte Brooklyn foi inaugurada, conectando a ilha de Manhattan com a cidade vizinha de Brooklyn. Em 1898, Brooklyn, bem como as diversas comunidades que atualmente formam Bronx, Queens e Staten Island, foram fundidas com Manhattan, para formar o que foi chamado de Grande Nova Iorque. Esta nova cidade era gigantesca, para padrões da época. Então, cerca de três milhões de pessoas viviam em Nova Iorque, com dois milhões apenas em Manhattan.

A construção de inúmeras pontes conectando as cinco regiões da cidade, bem como a construção de um eficiente sistema de metrô, facilitou a locomoção de pessoas e veículos ao longo da cidade. Como consequência, muitos habitantes abandonaram Manhattan, movendo-se para outras regiões da cidade.

Centro de Manhattan em 1932, visto do Rockefeller Center.

Manhattan, porém, continuou como o distrito mais poderoso da cidade, bem como um dos principais centros financeiros do mundo. Por volta de 1905, a importância de Nova Iorque no cenário da economia mundial havia ultrapassado àquela de Londres. Enquanto isto, a Tammany Hall Society continuava a exercer grande influência em Nova Iorque, até 1934, quando o republicano Fiorello LaGuardia foi eleito prefeito da cidade.

Em 1930, já com mais de sete milhões de habitantes, Nova Iorque foi atingida pela Grande Depressão. Para resolver os grandes problemas socio-econômicos, grandes estruturas, como pontes e prédios foram construídos.

Houve também uma "corrida" pela edificação do prédio mais alto na cidade, o que resultou na construção de grandes arranha-céus como o Chrysler Building e o Empire State Building.

Ellis Island

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Cenas da Imigração em Ellis Island

Ellis Island em 1905

Ver artigo principal: Ellis Island

Ellis Island foi a principal rota de imigrantes, de entrar no Estados Unidos no final do século 19 a meados do século 20. A operação foi a partir de 01 de janeiro de 1892, até 12 de novembro de 1954. É propriedade do governo Federal e agora faz parte da Estátua da Liberdade Monumento Nacional , sob a jurisdição do Serviço Nacional de Parques . Ele está situado no porto de Nova York , entre dois estados e cidades, Jersey City , New Jersey e New York , New York.

Mais de 12 milhões de imigrantes passaram por Ellis Island, entre 1892 e 1954. Depois de 1924, quando a Lei Origins Nacional foi aprovada, os imigrantes que passaram por lá foram deslocados ou refugiados de guerra. Hoje, mais de 100 milhões de americanos pode traçar sua ascendência aos imigrantes, que chegaram pela primeira vez na América através da ilha, antes de se dispersar para pontos em todo o país. Ellis Island foi o tema de uma disputa de fronteira entre Nova Iorque e Nova Jersey.

1940 - 2000

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, Nova Iorque foi afetada por inúmeros problemas. Poluição do ar e da água, congestionamentos em ruas, vias expressas, rodovias e no sistema de transporte público, falta de casas e apartamentos de baixos preços para pessoas de baixa renda mensal, alta taxa de criminalidade, conflitos raciais, e uma série de greves na década de 1960 e década de 1970.

Lower Manhattan, Nova Iorque, 1942.

Uma crise financeira atingiu a cidade em 1975, quando a municipalidade não dispunha de suficientes recursos econômicos para o pagamento dos salários dos funcionários públicos. Este problema foi minimizado com aumento de impostos, eliminação de milhares de postos de trabalho e redução na quantidade de serviços públicos oferecidos pela municipalidade. Em 13 de julho de 1977, um blecaute, que durou por 25 horas, causou caos e roubo de propriedades. Estes problemas fizeram com que aproximadamente um milhão de pessoas, a maioria, brancos e de classe média, abandonassem Nova Iorque, mudando-se para outras cidades na região, uma perda que seria recuperada apenas na década de 1990. O número de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza e de sem-tetos aumentou drasticamente durante a década de 1980, e a taxa de criminalidade continuou muito alta. Tensões raciais também continuaram em alta durante a década de 1980, com três afro-americanos sendo assassinados em bairros considerados "brancos" (em 1982, 1986 e 1989, respectivamente), bem como o estupro de uma mulher branca por uma gangue de afro-americanos no Central Park, em 1989.

Em 4 de abril de 1973, o World Trade Center foi inaugurado. Em fevereiro de 1993, uma bomba explodiu numa garagem do World Trade Center, matando seis pessoas e ferindo outras mil, e causando cerca de 300 milhões de dólares, em danos. Neste mesmo ano, Rudolph Giuliani foi eleito prefeito da cidade, servindo até 2001. Sob seu comando, a economia da cidade cresceu, cerca de um milhão de imigrantes desembarcaram em Nova Iorque, a taxa de criminalidade caíra, e o valor da terra aumentara. Nova Iorque também aproveitou-se de mudanças na economia mundial, que provaram ser especialmente favoráveis para a cidade, por causa de seus sistemas de transporte altamente desenvolvido e sua infra-estrutura de telecomunicações, bem como sua grande população. Durante a década de 1990, Nova Iorque passou de uma metrópole em decadência para uma cidade global em plena revitalização.

Desde 2000

Lower Manhattan em julho de 2001, com as Torres do World Trade Center em destaque, antes dos atentados de 11 de setembro.

Em 11 de setembro de 2001, nos Ataques de 11 de Setembro, ambas as torres do World Trade Center foram atingidas por um Boeing 767 cada, causando a completa demolição delas. O Pentágono também foi atingido por um 767 sequestrado, e um quarto avião, também um 767, se chocou em solo na Pensilvânia. Aproximadamente três mil pessoas morreram, no total. Após este atentado, o pior na história americana desde o Ataque japonês a Pearl Harbor, foi realizada a limpeza dos destroços na área onde ficava o World Trade Center, conhecida como Ground Zero. O Freedom Tower será construído em seu lugar. A construção do novo arranha-céu iniciou-se oficialmente em 27 de abril de 2006. Sua inauguração está prevista para 2011, e será um dos arranha-céus mais altos do mundo, e possivelmente o mais alto do continente.

As torres gêmeas do World Trade Center queimando após os ataques de 11 de setembro de 2001. Foto a partir do Brooklyn, em torno de dez minutos após o segundo impacto.

Os Ataques de 11 de Setembro causaram grande impacto na cidade. Problemas de saúde, resultante da formação de grande quantidade de poeira, quando as torres desabaram, causaram e ainda continuam a causar problemas respiratórios em vários habitantes da cidade. Inúmeras pessoas, especialmente crianças, foram afetadas por problemas psicológicos. Apesar destes efeitos negativos, o ataque também criou um senso de orgulho nova-iorquino entre os habitantes da cidade, e o medo de possíveis ataques terroristas caiu dramaticamente.

Em 12 de novembro de 2001, um avião da American Airlines caiu em Queens, matando todos seus 260 passageiros e tripulantes, bem como outras cinco pessoas em solo. Um blecaute em 14 de agosto de 2003, que durou 24 horas, atingiu Nova Iorque, bem como outros estados no nordeste dos Estados Unidos, deixando também a província canadense de Ontário sem eletricidade.

Nova Iorque foi uma das candidatas aos Jogos Olímpicos de Verão de 2012, mas sua candidatura para sediar os jogos de 2012 foi descartada logo no início das avaliações dos candidatos. Eventualmente, em julho de 2005, Londres seria escolhida para sediar os jogos olímpicos de verão de 2012.

Em 11 de outubro de 2006, um avião, pilotado por Cory Lidle, jogador de basebol do New York Yankees, e seu instrutor, chocou-se com um prédio residencial em Manhattan, às 2h42min da tarde, horário local. O acidente, que ocorreu exatamente cinco anos e um mês após os Ataques de 11 de Setembro, fez com que terrorismo fosse cogitado como uma possibilidade, logo descartada pelo FBI. Ambos os tripulantes morreram no acidente.

Washington, D.C. (pronunciado em inglês: é a capital e o distrito federal dos Estados Unidos. D.C. é a abreviatura de Distrito de Colúmbia (District of Columbia), onde a cidade está localizada. O nome formal oficial da cidade em inglês é apenas Distrito de Colúmbia, sendo usuais as designações Washington, "the District" ou, simplesmente, D.C.

A cidade de Washington e o Distrito de Columbia são coexistentes entre si, governados por um único governo municipal como uma cidade-estado, caso único no país, e por isto mesmo, são comumente considerados uma mesma entidade administrativa. Isto não foi sempre o caso, porém, visto que outras cidades existiram dentro dos limites do Distrito até 1871, quando foram gradualmente fundidas com Washington, D.C. através de um Ato do Congresso. A cidade possui dois nomes históricos, Federal City e Washington City. O Distrito de Colúmbia, formado oficialmente em 16 de julho de 1790 é o distrito federal americano, como especificado pela Constituição estadunidense, com limitado poder local. O Congresso estadunidense tem autoridade absoluta sobre seu legislativo, o qual possui poder de veto. Os habitantes de Washington não possuem representantes com o poder de voto no Congresso.

Washington, D.C. foi formada através de terras cedidas pelos Estados de Maryland e Virgínia. Em 1847, a região que fora cedida pela Virgínia foi devolvida, quase a totalidade dessa área compõe atualmente o Condado de Arlington. A construção de Washington iniciou-se em 1792, sendo inaugurada em 1800, no mesmo ano em que tornou-se a capital americana. Washington foi nomeada em homenagem ao primeiro Presidente americano, George Washington, enquanto que o termo District of Columbia deriva de um antigo nome poético dos Estados Unidos, Colúmbia.[2][3]

Washington está situado no leste do país na margem norte do Rio Potomac. Segundo o censo nacional de 2010[1], a população da cidade é de 601 723 habitantes, enquanto que sua região metropolitana possui cerca de 5,5 milhões de habitantes (8 milhões juntamente com a região metropolitana de Baltimore, localizado a 100 km de Washington). É a 24.ª cidade mais populosa do país. Washington abriga as sedes dos três braços do governo americano, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Além disso, a cidade abriga também as sedes do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial, da Organização dos Estados Americanos, entre diversas outras instituições nacionais e internacionais.

História

Nativos americanos viviam na região do Distrito de Colúmbia ao menos quatro mil anos antes da chegada dos primeiros exploradores europeus.[4] John Smith de Jamestown foi um dos primeiros exploradores europeus a visitar a região. Smith explorou a região em 1608 e encontrou os nacotchtank, um grupo nativo que falava um idioma algonquino.[5]

Fundação

No início de sua independência os Estados Unidos não tinham uma capital fixa e as reuniões do Primeiro Congresso Continental, do Segundo Congresso Continental, do Congresso da Confederação e da constituinte dos Estados Unidos se deram em nove cidades diferentes. Em 1783 um motim durante uma reunião do congresso na Filadélfia forçou os congressistas a saírem da cidade no que ficou conhecido como Motim da Pensilvânia de 1783. As autoridades locais se recusaram a enfrentar o motim e a necessidade de uma capital independente dos estados foi discutida na Convenção de Filadélfia em 1787. No artigo primeiro da constituição incluiu-se o poder do Congresso governar plenamente um distrito a ser estabelecido como sede do governo federal.[6]

Plano de Pierre Charles L'Enfant para a nova cidade

Entretanto a constituição não estabelecia o local específico onde seria o distrito. Houve um conflito de interesses entre as regiões norte e sul dos Estados Unidos para a localização do distrito. Os estados do norte preferiam a capital em uma das grandes cidades do país, todas pertencentes ao norte. Enquanto os estados do sul favoreciam uma capital mais próxima de seus interesses escravocratas e agrícolas.[7]

Alexander Hamilton, o então Secretário do Tesouro, e Thomas Jefferson, Secretário de Estado, chegaram a um acordo sobre esta disputa. Hamilton propôs a federalização das dívidas contraídas ao longo da guerra de independência pelos estados. Os estados do sul já haviam pago a maior parte das dívidas. O acordo então foi a federalização das dívidas em troca da localização da capital em um estado do sul.[8] Isto resultou na Residence Act, em 1790, que deu ao então Presidente americano, George Washington, o poder de escolher o local onde seria construída a nova capital americana.[6]

George Washington escolheu, em 1791, uma área de 259 km² na margem do Rio Potomac, entre os Estados americanos de Maryland e Virgínia, onde a vila de Georgetown estava localizada. O local escolhido por Washington ficava a escassos quilômetros da sua casa, no Mount Vernon, Virgínia.[6]

Construção

O Capitólio dos Estados Unidos ainda em construção em 1861

George Washington contratou Pierre Charles L'Enfant, um engenheiro francês, para a criação planejada da cidade. Uma dificuldade foi a relutância dos ricos proprietários de terra da região escolhida em vender suas terras. Outra dificuldade foram os atritos entre L'Enfant e oficiais governamentais americanos e os proprietários de terra da região, que fizeram com que L'Enfant fosse dispensado por Washington antes do término da construção da cidade.[carece de fontes]

Os planos e desenhos de Pierre Charles L'Enfant previam uma cidade centralizada no Capitólio dos Estados Unidos cruzada por avenidas diagonais nomeadas com nomes dos Estados do país. Os cruzamentos destas avenidas com ruas correndo num sentido norte-sul e leste-oeste seriam efetuados mediante rotatórias cujos nomes homenageariam grandes personalidades americanas. Outra ideia seria a construção de um enorme parque na margem norte do Rio Potomac, que constituía o atual National Mall, construído somente no início do século XX. Enquanto Washington era construída, George Washington e o Congresso americano governavam o país a partir de outras cidades escolhidas temporariamente como capital federal.[carece de fontes]

Graças a Andrew Bellicott e a Benjamin Banneker, que possuíam os planos e desenhos de L'Enfant, a construção da cidade continuou, e o Distrito de Columbia foi finalmente inaugurado como capital permanente dos Estados Unidos, em 1800. O governo federal decidira nomear a capital dos Estados Unidos como Washington, Distrito de Columbia; com Washington sendo o nome da cidade, nomeada em homenagem a George Washington, não apenas pelo papel que este teve na criação da cidade, bem como para a história dos Estados Unidos como um todo; e Distrito de Columbia como o nome do distrito federal americano, em homenagem a Cristóvão Colombo, a quem é atribuída a descoberta do continente americano.[carece de fontes]

Século XIX

Quando Washington foi inaugurada, uma nova emenda na Constituição americana deu ao Congresso federal o poder de governar diretamente o Distrito de Colúmbia. O Congresso federal estabeleceu um governo de caráter regional para Washington, com a criação de um Conselho municipal, cujos membros eram eleitos diretamente pelos habitantes. O prefeito, porém, era escolhido diretamente pelo presidente. Foi apenas em 1820 que os habitantes da Washington teriam o direito de escolher o prefeito da cidade. Porém, desde a sua inauguração, todos habitantes morando dentro do Distrito de Columbia não tinham o direito de escolher o presidente dos Estados Unidos nas eleições nacionais, direito que ficou disponível apenas em 1961.[carece de fontes]

Teatro Ford no século XIX, local do assassinato do presidente estadunidense Abraham Lincoln em 1865

Em agosto de 1814, na Guerra de 1812, tropas britânicas invadiram a capital, tendo partido do Canadá, e incendiaram as principais estruturas da cidade. O presidente americano e os membros do Congresso federal já haviam saído da cidade, e o moral da população atingiu um nível muito baixo; as tropas americanas encarregadas de defender a capital fugiram antes de serem atacadas pelos britânicos. Após o fim da guerra, discutiu-se a transladação da capital americana para um local menos vulnerável a ataques militares, mas os habitantes da cidade persuadiram o Congresso a ficar na cidade. Washington passou por um processo de reconstrução, que terminou em 1819. As paredes externas da Mansão Presidencial, chamuscadas no ataque britânico, foram pintadas de branco para que as manchas negras das paredes queimadas ficassem escondidas. Esta mansão é atualmente conhecida como a Casa Branca.[carece de fontes]

Quando Washington foi inaugurada como capital, previa-se que a cidade seria um importante centro industrial e comercial, além da natural posição de centro político mais importante dos Estados Unidos. Porém, muitas cidades na região, como Boston, Charlotte, Filadélfia, Nova Iorque e especialmente Baltimore, a maior cidade de Maryland, impediram um rápido crescimento populacional de Washington. A população de Washington ficou em torno de apenas 50 mil habitantes até o fim da década de 1840, e muito do terreno do Distrito de Columbia não era usado. No seu tórrido verão, Washington ficava praticamente deserta. Em 1846, o Congresso Federal decidiu devolver a área ao sul do Rio Potomac para o estado de Virgínia.[carece de fontes]

O Lincoln Memorial, que homenageia Abraham Lincoln, um dos Presidentes americanos mais famosos do país, e que foi assassinado na cidade

Uma questão controversa na nova capital dos Estados Unidos era a escravidão. Washington está localizada na Região Sul dos Estados Unidos, onde o uso de escravos era intensivo. Foi com o trabalho dos escravos que muito da cidade foi construído, incluindo as estruturas governamentais e vias públicas. Mas grande parte do país era contra a escravidão, especialmente a população dos Estados do norte. Em 1850, uma lei federal proibiu o comércio escravo em Washington, e a escravidão seria definitivamente abolida pelo presidente americano Abraham Lincoln, em 1862, quando a Guerra Civil Americana já havia começado dois anos antes. Proprietários de escravos que decidiram ficar do lado da União nortista (composta por Estados que apoiavam a abolição da escravidão), e leais ao Presidente americano foram recompensados com 300 dólares por escravo libertado.[9][10]

Washington está localizada logo ao norte da Virgínia, um Estado do Sul confederado, e era altamente vulnerável a um eventual ataque sulista. Abraham Lincoln criou uma força militar, a Tropa de Potomac, com o objetivo de defender Washington, a capital dos Estados da União. Embora não fosse necessário, uma vez que uma capital temporária pudesse ser escolhida em um local menos vulnerável, Lincoln e a maioria do Congresso da União decidiram que a capital da União deveria continuar a ser Washington.[carece de fontes]

A necessidade de defender a capital da União fez com que a população de Washington crescesse rapidamente. Com 60 mil habitantes no começo da Guerra Civil, Washington chegou aos 120 mil no final da guerra. Milhares de soldados protegiam Washington, milhares de pessoas vinham de outras regiões dos Estados Unidos que, empenhadas em ajudar nos esforços de guerra, se dirigiam à cidade, bem como milhares de afro-americanos, fugindo da escravidão, vindos dos estados confederados do sul. Este crescimento provocou a falta de abrigos e sistemas de saneamento público, como os esgotos, que pararam de responder de forma eficiente à população da cidade. Após o fim da guerra, o governo americano, através de um novo plano diretor, reformou grande parte da cidade, e estes problemas foram resolvidos. O presidente Lincoln foi assassinado em 14 de abril de 1865, apenas alguns dias antes do término da guerra, no Ford's Theater, por John Wilkes Booth.[11]

Washington em 1876

Desde a década que precedeu a Guerra Civil Americana, subúrbios começaram a se desenvolver nas imediações da cidade de Washington, em terras não desenvolvidas do único condado do Distrito, o Condado de Washington, mas dentro dos limites do Distrito, tornando difícil administrar o Distrito como uma única entidade administrativa.[12] Em 1871, o Congresso fez do Distrito de Columbia um território governamental, com representantes das três entidades existentes dentro do Distrito, Washington, Georgetown e o Condado de Washington, e governadas por um governador, Alexander Sheppard, pessoalmente escolhido pelo Presidente americano. Sheppard era o principal administrador do programa de planejamento urbano. Porém, Sheppard não apenas controlou ineficientemente as finanças do Distrito, gastando muito além do necessário, mas também foi acusado de desonestidade e corrupção.[13]

Em 1874, o Congresso criou um comitê para investigar as finanças do governo do território. O comitê descobriu que o território governamental de Columbia estava com uma dívida de 20 milhões de dólares, e o Congresso decidiu aboli-lo. O Distrito de Columbia passaria a ser administrado por três pessoas, diretamente escolhidas pelo Presidente, e que tinham por lei o controle absoluto na administração do Distrito de Columbia. Por um longo período, a população de Washington não teria o direito de escolher os membros do governo regional, um caso único entre as cidades dos Estados Unidos. A cidade de Georgetown e o Condado de Washington foram fundidas com Washington em 1878, e os nomes das ruas de ambos foram modificadas, para atender às especificações do plano diretor de L'Enfant. Com a fusão, a cidade de Washington adquiriu suas fronteiras atuais. A fusão tornou os limites da cidade de Washington co-existentes com o Distrito de Colúmbia. Em 1888, o Monumento de Washington foi inaugurado na cidade.[14]

Século XX

O National Mall, construído no início do século XX, é um imenso parque localizado no centro da cidade.

O National Mall foi planejado e construído no início do século XX, numa enorme área entre o Capitólio dos Estados Unidos e o Monumento de Washington. Washington cresceu bastante durante a Primeira Guerra Mundial, quando o governo federal passou a precisar de mais trabalhadores para o desenvolvimento dos planos de esforços de guerra. Com 350 mil habitantes em 1915, Washington passou a ter cerca de 450 mil após o término da guerra. Esta explosão populacional causou muitos problemas para vários serviços públicos: falta de abrigos, alto valor da terra e escolas superlotadas, com classes muitas vezes possuindo 60 ou mais estudantes, foram problemas que abateram Washington nos anos que se seguiram à primeira guerra mundial.[carece de fontes]

Ao contrário de outras cidades americanas, Washington não sofreu com a Grande Depressão. Pelo contrário, foram desenvolvidos mais planos pelo governo nacional, com o objetivo de minimizar os efeitos da Depressão no país, e criados mais empregos, que fizeram com que a população da cidade crescesse rapidamente mais uma vez. De 486 869 habitantes em 1930, Washington passou a ter 663 081 em 1940. Mais crescimento seguiu-se aos anos da Segunda Guerra Mundial, e Washington atingiu os cerca de 800 mil habitantes ao término da Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, o Pentágono foi construído.[carece de fontes]

Desde a década de 1950, a população de Washington tem caído gradualmente, após o máximo de 800 mil atingido em 1945. Porém, a população dos subúrbios de Washington, DC continuou a crescer. A dessegregação racial das instituições de ensino da cidade, ordenada pela Suprema Corte em 1954, foi uma das duas principais razões que fizeram com que muitas famílias brancas se mudassem para os subúrbios de Washington. A outra eram as altas taxas de criminalidade da cidade - que persistem até tempos atuais, dentro da cidade propriamente dita. Em 1950, quatro nacionalistas porto-riquinhos abriram fogo na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Cinco pessoas ficariam feridas.[carece de fontes]

Multidão reunida em volta do espelho d´água do National Mall em 1963, durante a Marcha sobre Washington

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, muitos dos habitantes de Whashington exigiram votações diretas no Distrito de Colúmbia, para escolha dos principais oficiais regionais. Muitos desses habitantes também queriam o direito de participar das eleições nacionais, como aquela para a escolha do presidente. Em 1961, o Congresso e os estados do país aprovaram uma emenda constitucional que deu aos habitantes de Washington o direito participar nas votações nacionais.

Em 1967, o então Presidente Lyndon Johnson reorganizou o sistema governamental de administração do Distrito de Columbia, com um prefeito e um Conselho municipal. Porém, tanto o prefeito como os membros do Conselho municipal continuaram a ser escolhidos pelo presidente. Johnson escolheu Walter Washington para ser o primeiro prefeito de Washington. Walter Washington tornou-se o primeiro afro-americano a governar uma cidade de grande porte dos Estados Unidos. Em 1968, após o assassinato de Martin Luther King, Washington foi abalada por um grande motim popular, entre 4 de abril e 8 de abril. Mais de 20 mil pessoas, a grande maioria afro-americanos da classe baixa, causaram grande destruição pela cidade, o que afastou ainda mais as famílias brancas da cidade, bem como afro-americanos da classe média, que se mudaram para cidades vizinhas.[16]

A partir da década de 1970, um número crescente de pessoas do Distrito de Columbia passou a suportar um movimento cujo objetivo era fazer com que o Distrito de Columbia se tornasse um estado próprio dentro dos Estados Unidos, o que foi aprovado pelo Congresso em 1978, ratificado pelos habitantes da cidade em 1982 mas não ratificado por vários Estados do país, sendo finalmente rejeitado pelo Senado em 1992. Em 1973, o Congresso deu aos habitantes de Washington, DC o direito de elegerem o prefeito da cidade, bem como os membros do conselho municipal, pela primeira vez, em mais de um século. Em 1974, os habitantes da cidade elegeram Walter Washington como o prefeito da cidade, anteriormente prefeito da cidade, tendo sido escolhido diretamente pelo Presidente.[carece de fontes]

Washington sofreu uma grande crise financeira entre 1994 e 1995, e o Congresso decidiu remover parte dos poderes municipais de Washington. O Congresso dissolveu o Congresso municipal, removeu os poderes governamentais do Distrito de Columbia e criou um Conselho Financeiro, onde seus membros seriam escolhidos diretamente pelo Presidente americano, e o Distrito de Columbia passaria a ser controlado novamente pelo Congresso americano. Em 1999, o Congresso restituiu à cidade parte dos poderes administrativos removidos em 1995, sendo o restante destes poderes de administração municipal devolvidos em 2001.[carece de fontes]

Século XXI

O Pentágono depois dos ataques de 11 de setembro

Em 11 de setembro de 2001, a região metropolitana de Washington foi alvo dos ataques de 11 de Setembro, onde um Boeing 757 atingiu o Pentágono (localizada em Arlington), destruindo-o parcialmente, e matando 125 pessoas (mais os 64 a bordo da aeronave). Após estes ataques, o Distrito de Columbia foi alvo de um ataque de anthrax, correspondência contendo o vírus que infectou 20 pessoas e matou cinco delas. Em novembro de 2003 e em fevereiro de 2004, a toxina ricina foi encontrada, respectivamente, nas caixas de correios da Casa Branca e de Bill Frist. Ao longo de outubro de 2002, John Allen Muhammad e Lee Boyd Malvo espalharam terror pela cidade, ao matar dez pessoas e ferir gravemente outras três. Atuaram juntos, escolhendo suas vítimas ao acaso, e atacando-as de longe, atingindo-as com um único tiro, usando um rifle como arma. Ambos foram presos em 24 de outubro, sendo que Muhamad posteriormente foi condenado à morte, e Malvo, por ser menor de idade (quando cometera seus crimes), foi condenado à prisão perpétua.[carece de fontes]

Parcialmente por causa dos atentados de 11 de setembro e do anthrax, Washington e cidades vizinhas esforçaram-se em aumentar a segurança da região. Equipamentos detectores de agentes biológicos, detectores de metais e barreira de veículos são atualmente comuns em edifícios comerciais e governamentais da cidade. Após os atentados de 11 de março de 2004 em Madrid, autoridades de Washington decidiram testar detectores de explosivos no vulnerável sistema de metrô da cidade. Alarmes falsos por causa de produtos químicos suspeitos, que poderiam ser explosivos ou agentes biológicos em potencial, fizeram com que a evacuação de prédios, estações de metrô e postos de correio se tornasse relativamente frequente.[carece de fontes]

Quando forças militares americanas invadiram uma casa suspeita de abrigar terroristas no Paquistão, foram encontradas informações (relativamente antigas) sobre ataques em Washington, DC, na Cidade de Nova Iorque e em Newark. Como consequência, em 1 de agosto, Washington, DC foi colocada em estado de alerta. Alguns dias depois, diversos pontos de segurança foram criados dentro e em torno do Morro do Capitólio, e várias cercas foram erguidas em monumentos anteriormente livremente acessíveis, tais como o Capitólio. Excursões para a Casa Branca poderiam ser realizadas somente através de um membro do Congresso, e o número de detectores de agentes biológicos e metais, bem como barreiras de veículos, em estruturas governamentais e facilidades de transportes, aumentaram drasticamente. Isto levou a protestos por parte de manifestantes que não aceitavam o "encercamento de Washington" por causa de informações relativamente antigas. As inspeções veiculares instituídas em torno do Capitólio foram removidas em novembro de 2004.

Califórnia é um dos 50 estados dos Estados Unidos, localizado na região dos estados do Pacífico. É o estado mais populoso do país, com 37 253 956 habitantes[2] e é o terceiro em extensão territorial, superado apenas pelo Alasca e pelo Texas. A Califórnia é o maior centro industrial dos Estados Unidos e líder nacional na produção de produtos agropecuários.

Das 20 maiores cidades dos Estados Unidos, quatro estão localizadas na Califórnia: Los Angeles, São José, San Diego e São Francisco. Sua capital, Sacramento, também é uma grande cidade. A região sul da Califórnia é densamente povoada, sendo que as duas maiores cidades do estado (Los Angeles e San Diego) estão localizadas ali. Já na região norte estão localizadas as cidades de São Francisco e São José, além da capital do estado, Sacramento.

Após o contato com os europeus, os espanhóis foram o primeiro povo a explorar e colonizar a área onde atualmente fica o estado de Califórnia, e após a independência mexicana, tornaram-se parte do México. Os norte-americanos anexaram a Califórnia na década de 1850, em uma guerra com o México.

O cognome do estado é Golden State, que significa em português "estado dourado". Sua origem ainda é tema de discussão. O cognome pode ter vindo da corrida do ouro de 1849, quando minas de ouro atraíram dezenas de milhares de pessoas de todo o país para a região. Outra possibilidade é uma referência à relva nativa do estado, que adquire uma cor dourada na estação seca. Coloquialmente, o cognome também é uma referência ao seu clima, quente e ensolarado durante a maior parte do ano.

O nome do estado vêm da novela Las sergas de Esplandián (As aventuras de Esplandián), do século XVI, que foi escrita pelo espanhol Garci Rodríguez de Montalvo. Nesta novela, Montalvo descreveu um paraíso chamado de California, um paraíso que estaria localizado em uma ilha na costa oeste da América do Norte[4][5][6].

História

A região que atualmente constitui o estado de Califórnia era habitada por diversas tribos nativo norte-americanas por milhares de anos antes da chegada dos primeiros exploradores europeus à região. Estas tribos incluíam os Chumash, Hupa, Maidu, washington, Mohave, Ohlone e os Tongva. A grande extensão territorial da Califórnia e seus diversos aspectos e acidentes geográficos separavam frequentemente estas diferentes tribos nativas entre si. A população estimada de nativos à época da chegada dos primeiros europeus é de aproximadamente 450 mil nativos americanos.

A Bandeira Urso da República da Califórnia.

O primeiro explorador europeu a avistar e pisar no litoral da Califórnia foi o português João Rodrigues Cabrilho, a serviço da coroa espanhola. Ele desembarcou na região onde atualmente está localizada a baía de San Diego, em 1542. Cabrilho reivindicou a região para coroa espanhola. A Califórnia continuaria inexplorada por mais de três décadas, até 1579, quando o inglês Francis Drake explorou o litoral da atual Califórnia, nomeando a região de New Albion, e desencadeando uma série de explorações, partindo do México, por parte dos espanhóis, que temiam perder o controle da região para os ingleses. A mais marcante destas explorações foi realizada em 1602, por Sebastián Vizcaíno, que recomendou ao rei espanhol a imediata colonização da região. Porém, o primeiro assentamento seria somente fundado em 1769. Era um forte e uma comunidade missionária, onde atualmente está localizado a cidade de San Diego.

Colonização europeia

Os russos interessaram-se em colonizar regiões da atual Califórnia a partir da década de 1810. Em 1812, os russos fundaram um assentamento onde atualmente está localizado o Fort Ross. A crescente interferência dos russos no continente americano causou a criação e a formação da Doutrina Monroe, em 1823. Apesar de concordar em 1824 em colonizar apenas o atual Alasca, os russos continuariam no norte da Califórnia até 1840.

A Califórnia passaria a controle mexicano em 1821, após a independência mexicana da Espanha. Inicialmente, a Califórnia era uma província mexicana, com sua população elegendo seus governadores e seus membros do legislativo. Porém, em 1825, o governo mexicano iniciou a escolha dos governadores da província. Os governadores escolhidos pelo governo mexicano governavam de forma ditatorial, e eram impopulares entre a população da província. Uma grande manifestação popular em 1831 forçou o último destes governadores, Manuel Victoria, a renunciar, tendo a população da Califórnia ganho novamente o direito de escolher seus governadores.

Cartaz da época da corrida do ouro na Califórnia.

O primeiro norte-americano a se instalar na Califórnia foi Jedediah Strong Smith, em 1826. Grandes números de norte-americanos passaram a instalar-se na Califórnia anualmente a partir da década de 1830. Os norte-americanos passaram a exigir que a Califórnia fosse anexada pelos Estados Unidos. O governo propôs a compra da província mexicana, mas a proposta foi recusada pelo governo do México. Em 13 de maio de 1846, o governo norte-americano declarou guerra contra o México, iniciando a guerra mexicano-americana. A capital mexicana da Califórnia, Sonoma, seria capturada por colonos norte-americanos em junho de 1846. Estes colonos - que então não sabiam da guerra entre os norte-americanos e os mexicanos - tomaram a sede de governo da província, içando uma bandeira vermelha e branca, com um urso pardo e as palavras California Republic. Esta bandeira eventualmente se tornaria a bandeira oficial do futuro estado da Califórnia. Os norte-americanos venceriam a guerra em 1848, e a Califórnia passou a fazer parte dos Estados Unidos, sob os termos do Tratado de Guadalupe Hidalgo.

Grandes reservas de ouro foram encontradas no Vale do Rio Sacramento, alguns meses antes do fim da guerra mexicano-americana. Após o fim desta, dezenas de milhares de pessoas, vindas de outras partes do país, do Canadá e de países europeus, instalaram-se na Califórnia. A população da Califórnia saltaria de 15 mil habitantes no início de 1848 para mais de 100 mil no final de 1849. A Califórnia tornar-se-ia o 31º estado norte-americano em 9 de setembro de 1850.

Século XIX

A Califórnia participou ativamente na guerra civil. A população estava dividida, ou em continuar nos Estados Unidos, ou declarar secessão e juntar-se ao recém-fundado Estados Confederados da América, antes do início da guerra, em 1861. Cerca de 70% da população do estado apoiava os confederados, enquanto que apenas 30% da população californiana era a favor de continuar na União. Apesar da maioria da população ter apoiado a secessão, a Califórnia permaneceu nos Estados Unidos, lutando contra os estados confederados.

O crescimento populacional da Califórnia havia caído durante a década de 1850, por causa do fim da corrida do ouro no Vale do Rio Sacramento. Eventos tais como certos programas federais - como o Ato Homestead - e a construção e inauguração de diversas ferrovias interestaduais - que passaram a ligar o estado com o resto do país - fizeram com que a população da Califórnia passasse a crescer drasticamente a partir da década de 1860. A Califórnia, desde então, registra uma das taxas de crescimento anual mais altas do país, crescimento que perdura até os dias de hoje. Este grande crescimento populacional foi mantido, entre 1850 e 1900, primariamente através de imigrantes alemães e irlandeses, que superaram então a população hispânica como grupos étnicos maioritários do Estado.

A Califórnia seria atingida por uma grande recessão econômica durante a década de 1870. Grande parte da população californiana culpou os chineses pelos problemas de cunho econômico então enfrentados pelo estado. Grandes manifestações antichinesas ocorreram em 1871 e 1877, em Los Angeles e San Francisco, respectivamente. Estas revoltas foram uma das principais razões da aprovação do Ato de Exclusão Chinesa, aprovado em 1882, que proibia a imigração de chineses no país pelo Congresso dos Estados Unidos, e que perduraria até 1943.

Início do século XX

Um grande número de imigrantes mexicanos passaram a se instalar na Califórnia durante a década de 1910. A década também seria marcada pela abertura do Canal do Panamá, que diminuiu drasticamente as distâncias entre portos da costa oeste norte-americana do restante do país, tornando cidades como Los Angeles e Oakland grandes centros portuários. O processo de rápida industrialização da Califórnia iniciou-se próximo ao final da guerra, primariamente por causa da crescente expansão da malha ferroviária do estado e de seus centros portuários, bem como a entrada dos Estados Unidos na primeira guerra, em 1917. A construção de diversas rodovias transcontinentais desde o início do século XX aumentou a migração de habitantes de outras partes do país em direção à Califórnia.

Mãe e filhos durante a Grande Depressão de 1929, na Califórnia.

A Califórnia foi um dos estados mais atingidos pela Grande Depressão da década de 1930. Não somente a Califórnia enfrentou os problemas das falências de inúmeras empresas, o fechamento de diversas facilidades comerciais e industriais, desemprego, endividamento dos fazendeiros, e miséria e pobreza da população, como também teve que enfrentar um grande número de migrantes vindos de outras partes do país: aproximadamente 1,3 milhão de pessoas instalaram-se no estado ao longo da década de 1930, vindas primariamente de estados agrários da região centro-oeste do país, em busca de emprego na Califórnia, que então era o único estado industrializado da região oeste norte-americana. O governo da Califórnia chegou a implementar leis que proibiam que pessoas desempregadas vindas de outros estados se instalassem na Califórnia - tais leis, porém, foram consideradas inconstitucionais pela Suprema Corte dos Estados Unidos.

Muitos californianos culparam os mexicanos como os causadores dos efeitos adversos da Grande Depressão no estado. Em consequência, dezenas de milhares de mexicanos - entre imigrantes mexicanos naturalizados norte-americanos e mexicanos nascidos nos Estados Unidos - foram deportados. Programas federais e estaduais de assistência socioeconômica, construções públicas e grandes exposições foram realizados no estado, buscando minimizar os efeitos adversos da Grande Depressão. Em 1937, por exemplo, a Ponte Golden Gate foi inaugurada, conectando San Francisco e o Condado de Marin. Enquanto isto, Hollywood tornou-se a capital do Cinema dos Estados Unidos.

A Grande Depressão teria fim definitivo somente com a entrada dos Estados Unidos na segunda guerra mundial, no final de 1941, causado pelo ataque japonês a Pearl Harbor, no estado do Havaí. A Califórnia, dado sua relativa proximidade com as frentes de batalha no Pacífico, tornou-se rapidamente o líder nacional na produção de aviões militares, e um dos líderes na produção de navios militares e armamentos em geral. Porém, o ataque japonês contra Pearl Harbor fez com que muito da população californiana passasse a exigir o confinamento dos norte-americanos de ascendência japonesa em campos militares localizados nas regiões isoladas do interior do centro-oeste norte-americano, confinamento que entrou em curso em março de 1942 e perdurou até 1945. Logo após o final da guerra, a criação da Organização das Nações Unidas foi oficializada, em San Francisco.

Final do século XX

O centro financeiro de Los Angeles, a capital financeira do estado.

Durante a década de 1950 e o início da década de 1960, um crescente número de afro-americanos e hispânicos californianos passou a exigir o fim de leis discriminatórias contra grupos raciais minoritários. Apesar disto, em 1963, o estado aprovou uma lei que acabava com o acesso igualitário a residenciamento a baixos preços. Em 1964, um grande motim popular ocorreu em Los Angeles, após a prisão não-justificada de um afro-americano por parte de um policial branco, motim que durou dias e causou a morte de 34 pessoas e milhões de dólares em prejuízos.

O fim das leis de imigração discriminatórias contra grupos raciais minoritários, por parte do Congresso norte-americano, em 1965, e das leis estaduais discriminatórias contra grupos raciais minoritários no estado, causou o início de um grande fluxo de imigrantes asiáticos e mexicanos, que mudaram radicalmente a demografia da Califórnia. Crescente número de asiáticos e mexicanos instalam-se no estado todo ano, fato que tornou a Califórnia uma das regiões mais multiculturais do mundo. Ainda no mesmo ano, a Califórnia tornou-se o estado mais populoso dos Estados Unidos, superando Nova Iorque.

Grandes cortes em gastos militares por parte do governo norte-americano na Califórnia causaram um drástico aumento das taxas de desemprego entre a população californiana na década de 1970. Para incentivar o crescimento da economia, a população da Califórnia aprovou em um referendo um ato que cortava sete bilhões de dólares de impostos estaduais, o que passou a gerar grandes problemas para o orçamento californiano. Atualmente, a dívida governamental da Califórnia é a maior do país. Porém, os cortes em impostos causaram a recuperação da economia do estado durante a década de 1980. Em 1984, o inglês foi declarado o idioma oficial da Califórnia.

O crescente número de imigrantes em situação ilegal tentando instalar-se no estado fez com que o governo da Califórnia aprovasse em 1994 uma lei que proibia os imigrantes em situação ilegal de receberem serviços de livre assistência médica e educacionais públicos. Esta medida, porém, foi rejeitada após uma série de processos judiciais na Suprema Corte do Estado. Até os dias atuais, dezenas de milhares de imigrantes em situação ilegal instalam-se anualmente na Califórnia.

Problemas na geração e distribuição de eletricidade têm sido um dos maiores problemas da Califórnia, desde a década de 1990 até os dias atuais. Grandes apagões tornaram-se comuns nas cidades do estado.

Hollywood é um distrito da cidade de Los Angeles, na Califórnia, situado a noroeste de Downtown Los Angeles.[2] O distrito possui grande importância na constituição da identidade cultural dos Estados Unidos e se tornou famoso mundialmente pela concentração de empresas do ramo cinematográfico e pela influência que exerce na cultura global. Os produtores de cinema destacaram-se em Hollywood em busca de luz natural disponível no local.

Com o passar das décadas, Hollywood se tornou símbolo do poderoso e fantástico cinema estadunidense, sediando premiações e abrigando homenagens públicas para os mais destacados artistas de cinema e musicais do mundo. O local também é famoso pelo grande letreiro chamado Sinal de Hollywood e pela enorme concentração de pessoas ricas e famosas que moram no distrito ou distritos próximos.

Devido à sua fama e identidade cultural como o centro histórico de estúdios e astros de cinema, a palavra "Hollywood" é frequentemente usada como uma metonímia do cinema americano, e é muitas vezes usada alternadamente para se referir à Grande Los Angeles em geral. As alcunhas StarStruck Town e Tinseltown referem-se a Hollywood e sua indústria cinematográfica[3]. Atualmente, grande parte da indústria do cinema se dispersou em áreas vizinhas, como a região de Westside[4], entretanto, significativas indústrias auxiliares, tais como empresas de edição, efeitos, adereços, pós-produção e iluminação permanecem em Hollywood, como o backlot da Paramount Pictures.

Muitos teatros históricos de Hollywood são utilizados como pontos de encontro e palcos de concerto de principais estreias cinematográficas além de sediar o Oscar. É um popular destino para a vida noturna e o turismo, e abriga a Calçada da Fama. Embora não seja uma prática comum da cidade de Los Angeles estabelecer limites específicos para distritos ou bairros, Hollywood é uma exceção recente. Em 16 de fevereiro de 2005, os deputados da Assembleia do Estado da Califórnia Jackie Goldberg e Paul Koretz apresentaram um projeto de lei para requerer que a Califórnia mantivesse registros específicos em Hollywood, como se fosse independente. Para que isso pudesse ser feito, os limites foram definidos. Este projeto foi apoiado unanimemente pela Câmara de Comércio de Hollywood e pelo Los Angeles City Council, sendo aprovado pelo então governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, em 28 de agosto de 2006, permitindo que o distrito de Hollywood possuisse fronteiras oficiais. A fronteira pode ser vagamente descrita como a área a leste de Beverly Hills e West Hollywood, ao sul de Mulholland Drive, Laurel Canyon, Cahuenga Boulevard e Barham Boulevard, e as cidades de Burbank e Glendale, ao norte da Avenida Melrose e a oeste do Golden State Freeway e da Avenida Hyperion.

Sendo uma parte da cidade de Los Angeles, Hollywood não tem seu próprio governo municipal, mas tem um funcionário público, nomeado pela Câmara de Comércio de Hollywood, que exerce a função honorária de "Presidente de Hollywood" apenas para fins cerimoniais. Johnny Grant manteve esta posição por décadas, até sua morte em 9 de janeiro de 2008

Miami (pronunciado em inglês [maɪˈæmi] ou [maɪˈæmə]) é uma cidade localizada no estado americano da Flórida, no condado de Miami-Dade, do qual é sede. É a segunda cidade mais populosa da Flórida, depois de Jacksonville, e a 44ª do país.

A atual cidade tem origem numa povoação criada no fim do século XIX, que prosperou com o caminho-de-ferro e o porto. Miami é também conhecida por ter uma grande comunidade de exilados cubanos, principalmente concentrados na Little Havana.

Miami é um centro turístico, sendo uma das cidades mais visitadas por turistas nos Estados Unidos, por causa de seu clima quente durante o ano inteiro, e pelas suas praias. A cidade é uma das mais frequentadas pelos snow birds (termo usado para descrever os habitantes da região norte dos Estados Unidos, que passam o inverno nos Estados do Sul, em especial, a Flórida, para fugirem da neve e ao frio). O turismo tornou-se uma importante fonte de renda de Miami a partir da década de 1920, e é atualmente a principal fonte de renda da cidade.

São falados comumente na cidade, além do inglês, o espanhol, devido à quantidade de hispano-americanos (de origem cubana, porto-riquenha, mexicana e de outros países da América Central) morando em Miami. A região também conta com uma colônia judaica numerosa.

Nos arredores da cidade está o Aeroporto Internacional de Miami, que é o segundo aeroporto mais movimentado do estado, atrás apenas do Aeroporto Internacional de Orlando. Este aeroporto está em tempos atuais em reformas, o que possibilitará a operação de grandes jatos, como o A380, da Airbus e outros grandes aviões.

Muitos imigrantes ficam em Miami, ou pelo menos desembarcam de suas viagens imigrantes por Miami, por causa de sua proximidade com a América Central, e também pela cidade situar-se no litoral, facilitando assim o acesso aos Estados Unidos através do litoral.

História

Cerca de 400 homens votaram a favor da emancipação Miami em 1896 no edifício à esquerda.

A Collins Bridge, construída em 1913, foi a primeira ponte a ligar Miami a Miami Beach.

A área de Miami foi o primeiro espaço habitado por mais de mil anos pelo Tequestas, mas foi mais tarde reivindicado pela Espanha em 1566 por Pedro Menéndez de Avilés. Uma missão espanhola foi construída um ano mais tarde, em 1567. Em 1836, a Fort Dallas foi construída, e a área de Miami se tornou posteriormente um sitio de combate durante a Segunda Guerra Seminole.

Miami detém a distinção de ser a única grande cidade dos Estados Unidos fundada por uma mulher, Julia Tuttle, que era uma rica produtora de citrinos nativa de Cleveland.[3] A área de Miami era conhecida como a "Biscayne Bay Country", nos primeiros anos de seu crescimento. Alguns relatos descrevem a zona como um promissor deserto.[4] A área também foi caracterizada como "uma das melhores obras na Flórida."[5] Na Grande Parada de 1894-1895 Miami acelerou o crescimento, onde as culturas da área Miami foram as únicas que sobreviveram na Flórida. Julia Tuttle posteriormente convenceu Henry Flagler, um magnata ferro-rodoviário, a fim de expandir sua Florida East Coast Railroad para a região. Miami foi oficialmente declarada como uma cidade em 28 de julho de 1896 com uma população de pouco mais de 300 habitantes.[6]

Miami prosperou na década de 1920 com um aumento na população e infra-estruturas, mas enfraqueceu após o colapso da Flórida em 1920, o Furacão em Miami em 1926 e da Grande Depressão na década de 1930. Quando a II Guerra Mundial começou, Miami, bem localizada devido à sua localização na costa sul da Flórida, desempenhou um papel importante na batalha contra os submarinos alemães. A guerra contribuiu para expandir a população de Miami, por volta de 1940, 172 172 pessoas viviam na cidade. Depois que Fidel Castro subiu ao poder em 1959, muitos cubanos se refugiaram em Miami, aumentando ainda mais a população. Nas décadas de 1980 e de 1990, diversas crises assolaram o Sul da Flórida, entre elas o espancamento de Arthur McDuffie e o subsequente motim, guerra das drogas, o furacão Andrew e o alvoroço de Elián González. No entanto, na segunda metade do século XX, Miami se tornou um dos principais centros financeiros e culturais internacionais.

Miami e sua área metropolitana cresceu de pouco mais de mil habitantes para quase cinco milhões e meio de habitantes, em apenas 110 anos (1896-2006). O apelido da cidade, A Cidade Mágica, surge a partir deste rápido crescimento. Os visitantes de inverno observaram que a cidade cresceu muito a partir de um ano para o outro que era como magia

Los Angeles (forma em inglês de Los Ángeles, espanhol para "Os Anjos") é a segunda cidade mais populosa dos Estados Unidos[2] (a mais populosa é Nova Iorque). Com uma população de 3 792 621 habitantes, segundo o censo de 2010[2], é a cidade mais populosa do estado da Califórnia e do oeste dos Estados Unidos. Além disso, a cidade se estende por 1 302 km² no Sul da Califórnia e é classificada como a 16ª maior área metropolitana do mundo. A área metropolitana Los Angeles-Long Beach-Santa Ana abriga 12 828 837 habitantes.[3] Los Angeles é também a sede do condado de Los Angeles, o mais populoso e um dos condados mais multiculturais[4] dos Estados Unidos. Os habitantes da cidade são referidos como "Angelinos".

Los Angeles foi fundada em 4 de setembro de 1781, em nome da Coroa de Espanha, pelo governador espanhol Dom Felipe de Neve, com o topónimo El Pueblo de Nuestra Señora la Reina de los Angeles del Río de Porciúncula (A Vila de Nossa Senhora, Rainha dos Anjos do Rio de Porciúncula).[5] Tornou-se parte do México, em 1821, após sua independência da Espanha. Em 1848, no final da Guerra Mexicano-Americana, Los Angeles e o resto da Califórnia foram adquiridos como parte do Tratado de Guadalupe Hidalgo, tornando-se parte dos Estados Unidos, o México manteve o território de Baja California. Los Angeles foi incorporado como município em 4 de abril de 1850[1], cinco meses antes da Califórnia se ter tornado um estado dos Estados Unidos.

Muitas vezes, conhecida por suas iniciais, "LA", e apelidada de "Cidade dos Anjos", Los Angeles é, hoje, um centro mundial de negócios, comércio internacional, entretenimento, cultura, mídia, moda, ciência, tecnologia e educação. É o lar de instituições de renome mundial cobrindo um vasto leque de campos profissionais e culturais e é um dos motores mais importantes da economia dos Estados Unidos. Em 2008, Los Angeles foi classificada a sexta cidade mais economicamente poderosa do mundo pela Forbes.com, e a terceira nos Estados Unidos, atrás apenas de Nova Iorque e Chicago[6], fato pelo qual é considerada um dos maiores e mais importantes centros financeiros do mundo[7][8].

Com Hollywood, distrito da cidade, é conhecida como a "Capital Mundial do Entretenimento" e é a líder mundial na criação de filmes, produção de televisão, videogames e música gravada. A importância do setor de entretenimento para a cidade levou muitas celebridades a residir em Los Angeles e em seus subúrbios.

História

Povoamento e descobrimento por europeus

Nativos americanos viviam anteriormente na região, antes da chegada dos primeiros exploradores europeus. Entre as tribos, a tribo shoshone possuía uma aldeia chamada Yang-na, localizada onde está atualmente o centro de Los Angeles, ao longo do Rio Los Angeles.

Em 1542, o explorador português João Rodrigues Cabrilho, explorando a costa oeste da América do Norte em nome da coroa espanhola, descobriu a vila de Yang-na e foi amigavelmente recebido por nativos. Cabrilho anotou a localização da aldeia indígena e continuou sua exploração. Até 1769 (por 227 anos, portanto), a região permaneceu esquecida pelos europeus. Nesse ano, Gaspar de Portolá, um capitão da força militar espanhola, e Juan Crespi, um missionário espanhol, lideraram uma expedição partindo de San Diego com destino à Baía de Monterey. O grupo chegou à vila de Yang-na, onde Crespi escreveu, no seu diário, que o local onde ficava a aldeia indígena era um "lugar maravilhoso" e que tinha todas as condições necessárias para um grande assentamento. Gaspar e Crespi nomearam a cidade como Nuestra Señora la Reina de Los Ángeles de Porciúncula.

Colonização espanhola

Ver artigo principal: Colonização espanhola da América

Os espanhóis logo começaram o povoamento da região, onde está atualmente Los Angeles. Primeiramente, em 1771, os espanhóis fundaram Missión San Gabriel Arcángel, um pequeno centro religioso, 8 quilômetros a leste dos atuais limites municipais de Los Angeles. San Gabriel acabou por se tornar um importante centro agropecuário, cultural e religioso, e o mais importante de outros oito assentamentos criados pelos espanhóis ao longo da atual Califórnia.

Depois da construção de San Gabriel, Felipe de Neve, o governador espanhol da Califórnia escolheu o lugar descrito como "maravilhoso" por Crespi para a construção de uma nova cidade. Soldados foram enviados por Felipe para o México, com ordens de oferecer dinheiro, terra livre, animais e equipamentos para as pessoas que quisessem mudar-se para a nova cidade a ser criada.

Em 4 de setembro de 1781, um grupo de 44 pessoas - 11 homens, 11 mulheres e 22 crianças, com dois espanhóis no grupo, sendo o restante predominantemente afro-americanos, com alguns nativos americanos e descendentes de dois ou mais grupos étnico-raciais - chegaram na região descrita por Crespi. Este grupo havia saído em fevereiro de 1781. Ao chegarem, eles fundaram oficialmente El Pueblo de Nuestra Señora Reina de los Ángeles de la Porciúncula. Los Angeles é atualmente a única grande cidade americana a ter sido fundada por um grupo de assentadores predominantemente formado por afro-americanos.

Em 1800, Los Angeles tinha cerca de 315 habitantes e, de uma comunidade agrária, a cidade passou a ser um centro pecuário. Os espanhóis criaram gigantescos lotes de terra, que eram vendidos a criadores. Estes lotes abrigavam milhares de bovinos e cavalos.

Domínio mexicano

Ver artigo principal: Guerra Mexicano-Americana

Em 1821, México tornou-se independente da Espanha. Os mexicanos tomaram controle de toda a Califórnia, e a cidade de Los Angeles passou para controle espanhol. Los Angeles e Monterey alternaram-se como a capital do território mexicano da Alta Califórnia.

Em 1826, Jedediah Smith chegou a Los Angeles. Ele foi a primeira pessoa a chegar à cidade vindo da costa atlântica. Em 1841, assentadores americanos começaram gradualmente a morar na Califórnia, muitos dos quais decidiram instalar-se na cidade de Los Angeles. Mesmo assim, os hispânicos continuaram em maioria na cidade.

Em maio de 1846, os Estados Unidos e o México entraram em guerra. Em agosto do mesmo ano, tropas americanas capturaram Los Angeles. Porém, uma grande rebelião popular contra os americanos desenvolveu-se entre a população hispânica da cidade, e as tropas americanas recuaram. Em janeiro de 1847, Los Angeles foi capturada definitivamente pelos americanos. Tendo sido derrotados, os mexicanos assinaram o Tratado de Guadalupe Hidalgo, em 1848, que cedia a Califórnia aos Estados Unidos.

Século XIX

Los Angeles em 1869

Em 4 de abril de 1850, Los Angeles foi elevada à categoria de cidade e, cinco meses mais tarde, a Califórnia tornaria-se o 31º estado dos Estados Unidos. Los Angeles, então, tinha cerca de 1 600 habitantes e 73 km², sendo que sua população cresceu lentamente nas duas décadas seguintes. Muitos dos antigos proprietários de lotes agropecuários faliram, por causa da burocracia existente no processo de confirmação de propriedade por parte da justiça americana.

Alguns mexicanos resistiram à presença americana. Em 1856, Juán Flores liderou uma grande revolta popular na cidade, ameaçando o sul californiano. Ele acabou sendo enforcado, à frente de um público de mais de três mil espectadores. Outro mexicano famoso foi Tiburcio Vasquez, famoso entre a população hispânica por seus feitos contra os "gringos". Capturado em West Hollywood, ele foi considerado culpado de dois assassínios em 1874, e enforcado em 1875.

A Chinatown de Los Angeles foi palco de uma revolta popular em 1871. Uma briga entre dois grupos criminosos chineses resultou na morte de uma pessoa branca. Isto enfureceu a população branca da cidade, e um contingente de 500 brancos dirigiram-se à Chinatown da cidade, matando 19 homens e meninos de origem chinesa, dos quais somente um estava envolvido na morte da pessoa branca. O grupo também matou outra pessoa branca que tentou proteger essas 19 pessoas. Casas e estabelecimentos comerciais chineses foram assaltados. Um julgamento procedeu, mas apenas uma pessoa do contingente de 500 passou algum tempo na prisão.

Poços de petróleo, em Los Angeles, em 1896

Em 1876, uma ferrovia foi construída entre Los Angeles e São Francisco, o que forneceu a Los Angeles acesso ao resto do país via São Francisco. Outra ferrovia, ligando Los Angeles ao leste americano via Atchison, Topeka e Santa Fé foi completada em 1885, o que gerou grande concorrência entre as diferentes companhias que administravam a ferrovia Los Angeles-San Francisco e a ferrovia Los Angeles-Atchison. Ambas as companhias começaram a baixar os preços da passagem de ida para a cidade, o que gerou um fluxo cada vez maior de pessoas vindas do resto dos Estados Unidos para Los Angeles. A tarifa eventualmente chegou a um mínimo de um dólar, e trens lotados de passageiros vindos do interior e do leste americano chegavam a Los Angeles diariamente. Esta concorrência também tornou Los Angeles um grande centro portuário, com produtos procedentes do interior dos Estados Unidos sendo despachados para o exterior via o porto de Los Angeles. Com tudo isto acontecendo, a população da cidade de Los Angeles cresceu dramaticamente, chegando a 50 mil habitantes em 1890 e dobrando em apenas dez anos, chegando a 100 mil na chegada do século XX.

Século XX

Centro de Los Angeles em 1900

Graduais anexações de cidades vizinhas a Los Angeles fizeram com que Los Angeles lentamente crescesse em tamanho nos anos que se seguiram a 1890. Em 1910, quando a cidade de Hollywood foi fundida com a cidade de Los Angeles, esta passou a ter 233 km².

Uma gigantesca baía portuária foi construída entre 1889 e 1913. E, bem no ano de sua inauguração, em 1913, o Canal de Panamá foi inaugurado. Los Angeles tornou-se o principal centro portuário do oeste do continente americano rapidamente. Los Angeles continuava a crescer, agora, alimentada pela indústria do petróleo, que havia sido encontrado pela primeira vez na cidade em 1892.

Porém, a falta de fontes de água potável ameaçava o futuro de Los Angeles. Com a população da cidade em grande crescimento, temia-se que logo a única fonte de água potável de Los Angeles até então, o Rio Los Angeles, não seria mais suficiente para atender à crescente demanda de água potável usada pela população em crescimento. A fonte de água potável mais próxima de Los Angeles ficava a 250 km da cidade, no rio Owens, que desemboca no Lago Owens, onde evapora. Entre 1899 a 1903, Harrison Gray Otis adquiriu fazendas e propriedades que ficavam na área do Rio e do Lago Owens. Também se planejava a construção do aqueduto que transportaria essa água para a cidade.

Em julho de 1905, o Los Angeles Times publicara que os habitantes da cidade não teriam mais nenhuma água disponível, a não ser que eles comprassem papéis do governo, para o financiamento da construção do aqueduto. Água potável distribuída pelo sistema de água foi desviada para o sistema de esgoto da cidade, diminuindo a quantidade de água potável disponível, e criando condições de seca artificiais. Pessoas foram proibidas de regar seus jardins. Em um dia de eleições, os habitantes da cidade aceitaram que 22,5 milhões de dólares estadunidenses fossem investidos na construção do aqueduto. Com este dinheiro, e também graças a uma lei federal recém aprovada, que permitia a cidades a aquisição de propriedades fora de seus limites municipais, permitiu a Los Angeles comprar as terras adquiridas por Gray Otis. O aqueduto foi inaugurado en 1913 e garantiu de vez o fornecimento de água potável para os habitantes da cidade, bem como triplicou a área de Los Angeles, que passou a ter 1 165 km² (atualmente, Los Angeles possui 1 215 km²).

Panorama da cidade de Los Angeles, em 1908

A Prefeitura de Los Angeles, mostrada aqui em 1931, foi construída em 1928 e foi a mais alta estrutura da cidade até 1964, quando as restrições de altura foram removidas.

O Los Angeles Coliseum sediou os Jogos Olímpicos de 1932 e 1984.

Por volta de 1920, o turismo havia tornado-se em um grande negócio em Los Angeles. Um clima agradável, com temperaturas altas ou amenas durante quase todo o ano, atraíram (e continuam a atrair nos dias atuais) milhares de turistas. Muitos deles gostaram tanto da cidade e do seu clima que decidiram ficar de vez em Los Angeles. Nestes tempos, a indústria petrolífera da cidade crescia cada vez mais, com o crescente número de reservas de petróleo sendo descobertas. Com tudo isto, fábricas instalaram-se aos montes na cidade, produzindo produtos industrializados como aviões, móveis, pneus e outros produtos.

Ainda na década de 1920, Los Angeles implementou uma lei que restringia a aquisição de residências por afro-americanos, mexicanos, asiáticos e judeus, permitindo que pessoas de grupos étnico-raciais pudessem adquirir e morar em uma residência apenas em certos bairros da cidade.

Com a Grande Depressão, as condições socioeconômicas de Los Angeles caíram drasticamente, à medida que milhares de pessoas eram demitidas de seus trabalhos. Houve falência em massa de inúmeros estabelecimentos comerciais e industriais, o que agravava ainda mais a crise. Porém, a população da cidade continuava a crescer rapidamente, uma vez que milhares de pessoas desempregadas, vindas de todas as partes do país, iam a Los Angeles com a esperança de encontrar um emprego — época, inclusive, que a cidade passou pela primeira vez da marca de 1 milhão de habitantes. A economia da cidade, entretanto, apenas voltaria a crescer quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, lutando ao lado dos Aliados. Fábricas e portos produziam armas, unidades militares e outros equipamentos usados pela forças militares americanas, empregando a maior parte da força de trabalho que até então estava desempregada devido aos efeitos da Grande Depressão; este crescimento continuou a atrair mais pessoas a Los Angeles, a maioria, vindas do interior do país. No final da guerra, Los Angeles tinha cerca de 1 500 000 habitantes e já era terceira mais populosa cidade dos Estados Unidos, superando a Filadélfia e ficando atrás somente de Nova York e de Chicago. Na década de 1950, Los Angeles já era um dos principais centros industriais e comerciais dos Estados Unidos. Depois de Detroit, Los Angeles fabricava mais carros do que qualquer outra cidade americana; depois de Akron, era a maior fabricante de pneus do país; e depois de Nova Iorque, era o maior centro americano de fabrico de roupas.

Uma lei que propusera limites para a altura máxima de prédios a serem construídos na cidade foi rejeitada em 6 de novembro de 1961. Isto, mais a contraditória renovação urbana no bairro de Bunker Hill (pitoresca, mas decadente), culminou na construção de vários arranha-céus em Los Angeles, desde então até a década de 1990.

Diversas vias expressas foram construídas a partir da década de 1940, conectando Los Angeles com seus subúrbios. O pequeno e ineficiente sistema de transporte público da cidade (centralizada em um sistema ferroviário de passageiros, e algumas linhas de bondes e light rail) foi desativada na década de 1950 (pressionada pela General Motors), o que tornou Los Angeles uma cidade voltada para o carro. Com mais fábricas sendo construídas e mais carros transitando nas vias públicas de Los Angeles, a poluição atmosférica tornou-se um sério problema em Los Angeles, especialmente em dias com poucos ou nenhum vento, onde a poluição gerada por fábricas e veículos acaba acumulando-se próximo ao solo, causando a formação de smog.

Era contemporânea

O centro de Los Angeles presenciou um forte desenvolvimento nas décadas de 1980 e 1990, incluindo a construção de alguns dos mais altos arranha-céus da cidade.

Em 1989, um novo plano diretor, com extensão de 20 anos, foi implementado na cidade, cujo objetivo era reduzir os altos níveis de poluição atmosférica na cidade. Nesta mesma década, foi construído um sistema de metrô e de light rail, em uma tentativa de diminuir os constantementes congestionamentos que ocorrem nas auto-estradas da cidade, e diminuir a poluição atmosférica gerado por veículos.

Em 1990, Los Angeles enfim se tornou segunda cidade mais populosa dos Estados Unidos (superando Chicago e ficando atrás somente de Nova York); Entretanto, a década de 1990 foi marcada por intensos conflitos raciais, agravada pela opressão policial. O incidente mais conhecido é o de Rodney King, um motorista afro-americano, que foi parado por quatro policiais na cidade, em 3 de março de 1991. Os policiais espancaram King, que sofreu graves ferimentos. Os policiais foram indiciados, mas nenhum deles foi condenado, mesmo com as provas do crime tendo sido gravadas em vídeo. O processo fora realizado em um subúrbio branco de Los Angeles, e todos os jurados eram brancos. O veredito do processo resultou em um grande motim popular nas ruas da cidade, especialmente em bairros afro-americanos. Como resultado, 53 pessoas morreram, 2,4 mil pessoas ficaram feridas e houve mais de um bilhão de dólares em danos. Os policiais foram processados novamente em 1993. Dois deles foram condenados a dois anos de prisão, e os outros dois, absolvidos. A prefeitura de Los Angeles depois seria condenada a pagar uma indenização de 3,75 milhões de dólares estadunidenses para Rodney King.

Dos anos 2000 para cá, a cidade se firmou como a segunda mais populosa dos Estados Unidos (como se mantém até hoje, chegando a 3 700 000 habitantes em 2010), bem como um dos mais importantes e influentes centros urbanos, financeiros e culturais do mundo.

Las Vegas é a cidade mais populosa e mais densamente povoada do estado americano de Nevada. Localiza-se no sul do estado, no Condado de Clark, do qual a cidade é sede. Foi fundada em 1905, porém, tornou-se oficialmente uma cidade em 1911.

Segundo o censo nacional de 2010[1], a cidade propriamente dita possui 583 756 habitantes, e sua região metropolitana possui cerca de 1,9 milhão de habitantes. É a 30ª cidade mais populosa dos Estados Unidos e é considerada a cidade com maior taxa de crescimento em toda a América do Norte[2].

Las Vegas é famosa e populosa por seus casinos. Na Las Vegas Boulevard, mais conhecida como Strip, se encontram os casinos mais imponentes do mundo como o Bellagio, Caesars Palace, Excalibur, Luxor, Mandalay Bay, MGM Grand, Monte Carlo, New York, Paris, Stratosphere, The Venetian, Treasure Island, entre muitos outros. A avenida Las Vegas Boulevard e a região de Old Town Las Vegas, que é onde se concentram os primeiros hotéis e cassinos da cidade, são as duas regiões mais visitadas da cidade e que concentram praticamente todas as principais atrações turísticas de Las Vegas[3].

Na área do entretenimento a cidade se destaca por ser palco da residência de shows fixos de grandes ícones da indústria musical como Britney Spears e Céline Dion, que se apresentam em teatros dentro dos maiores cassinos locais.

História

Os primeiros relatos sobre a visita do vale por alguém de ascendência europeia foi Rafael Rivera em 1829[4]. Las Vegas foi nomeada por espanhóis do grupo de Antonio Armijo[5], que utilizaram a água da área durante a jornada iniciada em Texas e direcionada ao norte e a oeste ao longo da Antiga Trilha Espanhola (Old Spanish Trail). Em 1800, os domínios de Las Vegas Valley continham poços artesianos que abasteciam extensas áreas verdes ou prados (vegas em espanhol), daí o nome Las Vegas.

John C. Fremont viajou para a Las Vegas Valley em 3 de maio de 1844, enquanto ela ainda era parte do México.[6] Ele foi o líder de um grupo de cientistas, escoteiros e observadores dos United States Army Corps of Engineers. Em 10 de maio de 1855, após anexação pelos Estados Unidos, Brigham Young havia hospedado 30 missionários da A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, liderado por William Bringhurst, para a área a fim de converter a população indígena dos Paiutes ao mormonismo. A fortaleza foi construída perto do atual centro da cidade, servindo como uma escala para os viajantes, ao longo do "Corredor Mórmon" entre o Salt Lake City e brevemente próspera colônia de santos em San Bernardino, Califórnia. No entanto, mórmons abandonaram Las Vegas em 1857. Las Vegas foi criada como uma vila ferroviária em 15 de maio de 1905, quando 110 acres (44,5 hectares), propriedade da Ferrovia San Pedro, Los Angeles e Salt Lake do Senador William A. Clark de Montana, foram leiloados no que é hoje centro de Las Vegas. Las Vegas foi parte do Condado de Lincoln até 1909 quando se tornou parte do recém-criado condado de Clark. A Igreja Católica de St. Joan of Arc, próxima às ruas 4th e Bridger, no centro da cidade, foi fundada em 1910. Las Vegas se tornou uma cidade incorporada em 16 de março de

O jogo foi legalizado na cidade em 19 de março de 1931. Em 26 de dezembro de 1946, Bugsy Siegel abriu o infame Flamingo Hotel em Paradise, sobre o que viria a se tornar a Las Vegas Strip. A era dos mega-resorts cassinos no Condado de Clark teve início no dia 22 de novembro de 1989, com a abertura de The Mirage.

Las Vegas começou como uma escala nas trilhas dos pioneiros na Marcha para o Oeste, e se tornou uma cidade ferroviária popular no início de 1900. Com o desenvolvimento das ferrovias, Las Vegas passou por um período de decadência, mas a conclusão da Represa Hoover em suas proximidades, em 1935, resultou no crescimento da população e do turismo. A barragem, localizada a 50 km a sudeste da cidade, formou o Lago Mead. Hoje, são oferecidas excursões para partes menos conhecidas da barragem. O jogo foi legalizado em 1931 e levou ao surgimento dos cassinos-hotéis nas quais a cidade tem fama internacional. O êxito inicial dos cassinos na cidade está relacionado claramente ao crime organizado. A maioria dos primeiros grandes cassinos eram gerenciados ou financiados por figuras da máfia como Benjamin "Bugsy" Siegel, Meyer Lansky ou outros mafiosos da época. No final da década de 1960, com a chegada do bilionário Howard Hughes, que comprou muitos casinos, hotéis e estações de televisão na cidade, corporações legítimas começaram a comprar hotéis-cassinos, e a máfia foi exterminada pelo governo federal ao longo de vários anos seguintes. O constante fluxo de dólares de turistas dos hotéis e cassinos também foi reforçado por uma nova fonte de capital federal. Esse capital veio com a criação da Base Área de Nellis. O fluxo do pessoal militar e a criação direta de empregos nos cassinos ajudaram a iniciar uma explosão imobiliária que ainda continua hoje.

Em 2006, Macau, região administrativa especial da República Popular da China, superou Las Vegas como principal pólo de jogos. Entretanto, Las Vegas continua sendo um dos principais destinos mundiais para o entretenimento.

A Flórida[1] (IPA: [ˈflɔɾidɐ]) ou Florida[4][5][6] (em português europeu IPA: [fluˈɾidɐ]; em português brasileiro IPA: [floˈridɐ]) é um dos 50 estados dos Estados Unidos, localizado na Região Sudeste do país. O estado é o mais meridional dos 48 estados da parte continental do país. A taxa de crescimento populacional da Flórida é a quinta maior entre os estados americanos.

A principal fonte de renda da Flórida é o turismo. O estado é conhecido mundialmente por suas diversas atrações turísticas, que atraem anualmente mais de 60 milhões de turistas, vindos de outros Estados americanos e de outros países. Estas atrações incluem inúmeras praias, que aliados ao clima relativamente ameno o ano inteiro, atraem milhões de turistas americanos e canadenses no inverno, o Walt Disney World (muitas vezes chamada incorretamente de Disneylândia, uma vez que este termo se aplique ao parque temático da Disney em Anaheim, Califórnia), e o Cabo Canaveral. Outras fontes de renda importantes do estado são o cultivo de laranja - quase todo o suco de laranja americano é produzido na Flórida - finanças e a indústria aeroespacial.

A Flórida foi inicialmente explorada e colonizada pelos espanhóis, que a controlaram até 1819, quando foi comprada e anexada pelos Estados Unidos. A Flórida tornou-se o 27º estado americano em 3 de março de 1845. O estado separou-se dos Estados Unidos em 1861, juntando-se aos Estados Confederados da América. Após a derrota dos confederados na Guerra Civil Americana, em 1865, a Flórida foi readmitida como estado em 1868. Desde então, a população da Flórida começou a crescer consideravelmente, crescimento que continua até os dias atuais.

Etimologia

O nome da península foi dado pelo conquistador espanhol Juan Ponce de León (1460-1521), que explorou a região em abril de 1513. Segundo a corrente mais difundida, o nome "Florida" (em castelhano, e também em português, cheio de flores) deve-se à riqueza da flora encontrada pelos exploradores. Todavia, é mais aceita entre os especialistas a hipótese que sustenta que o nome seria uma referência à Pascua Florida, outro nome pelo qual é conhecida a celebração cristã do Domingo de Ramos, que ocorria no mesmo período da chegada da expedição de Ponce de León.[7]

Em português, José Pedro Machado aponta que a pronúncia com acentuação (proparoxítona) "Flórida" deve-se à influência da pronúncia da língua inglesa, diferente de "Florida", pronúncia original do castelhano e perfeitamente equivalente à pronúncia portuguesa do mesmo adjetivo (florida) que é, de facto, grave (paroxítona).[8]

História

Até 1763

Gravura em placa de cobre "Cérémonies et Coutumes Religieuses de tous les Peuples du Monde" de 1721 por Bernard Picart representando os índios da Flórida.

Anteriormente à exploração e colonização europeia, tribos nativos americanas como os calusa e os tequesta já viviam na região, tendo habitado a região por vários milhares de anos. Eles pescavam e caçavam para sobreviver na área. Já os apechee faziam uso da pesca e da agricultura para alimentação.

O primeiro explorador europeu a explorar a região onde atualmente localiza-se o estado de Flórida foi Ponce de León, que desembarcou na Flórida em 1513, alguns dias após a sexta-feira santa. Alguns historiadores dizem que León estava em busca de uma suposta "fonte da juventude", em uma ilha chamada Bimini, que supostamente estaria localizada ao norte de Cuba. León imediatamente reivindicou as terras em nome da Coroa espanhola, e nomeou a região de La Florida ("A Florida"), em honra à Pascua Florida, a expressão espanhola para Páscoa. Ele imediatamente voltou para a Espanha. A corte espanhola enviou León novamente à Flórida para iniciar a colonização da região, mas foi morto em uma batalha contra nativos calusas.

Posteriormente, em 1528, o espanhol Pánfilo de Narváez liderou uma expedição, composta por algumas centenas de soldados, no sul da Flórida. Narváez buscava por riquezas, tais como metais preciosos. Mas lutas constantes contra nativos indígenas, doenças, fome e tempestades acabaram matando todos os membros da expedição. Em 1539, o espanhol Hernando de Soto desembarcou na atual Baía de Tampa, e de lá, liderou uma expedição no sul dos Estados Unidos, alcançando o Rio Mississippi em 1541 - o primeiro europeu a fazer isto.

Vista das cinco bandeiras que estão alçadas em St. Augustine - o assentamento europeu nos Estados Unidos continental mais antigo da história do país - desde 1865: A bandeira dos Estados Unidos, a bandeira dos Estados Confederados da América, a bandeira da Espanha, a bandeira do Reino Unido e a Cruz de Burgúndia, símbolo real do Rei de Filipe I de Castela.

Os espanhóis passaram a iniciar seriamente a colonização da Flórida em torno da década de 1560 - ao saberem que franceses protestantes (chamados de huguenois) haviam fundado um assentamento próximo à atual Jacksonville. Soldados espanhóis liderados pelo capitão Pedro Hernández de Avilés também fundaram um, chamado Santo Augustine, o primeiro assentamento europeu permanente no atual território dos Estados Unidos. Os espanhóis destruíram as forças francesas, e os colonos franceses remanescentes foram obrigados a recuar.

Nos duzentos anos que se seguiram, os espanhóis colonizaram escassamente a região - somente o fazendo por causa de sua localização estratégica e como fonte de matérias-primas básicas à Espanha e suas colônias, uma vez que não dispunha de riquezas cobiçadas pelos espanhóis. Estes tentariam também assimilar os nativos indígenas à cultura europeia. Os franceses continuariam a colonizar terras à oeste da Flórida, através da colônia de Luisiana, então parte da Nova França. Enquanto isto, os ingleses e suas 13 colônias prosperavam e cresciam, logo ao norte da Flórida e à leste da Nova França. Com o início da Guerra Franco-Indígena, em meados da década de 1750, entre os franceses e os britânicos, a Espanha decidiu aliar-se à França. Porém, em 1762, os ingleses tomaram Cuba, que então, prosperava como uma grande produtora de cana de açúcar. No ano seguinte, com o fim da guerra, os espanhóis decidiram no Tratado de Paris por abrir mão da Flórida para retomar o controle de Cuba.

1763 - 1845

Flórida dividida entre Leste e Oeste em 1810.

O controle britânico sobre a Flórida durou 20 anos. Eles dividiram a colônia em duas, uma chamada Flórida Ocidental e outra Flórida Oriental. Com a Guerra da Independência dos Estados Unidos, os espanhóis acabaram se aliando aos colonos rebeldes, juntamente com a França e os Países Baixos, contra o Reino Unido. Os espanhóis invadiram a Flórida Ocidental em 1781, e o Reino Unido cedeu toda a Flórida para o Império Espanhol dois anos depois, após o fim da guerra. Porém, as relações entre o Império Espanhol e o recém formado Estados Unidos logo deterioraram-se. Vários assentadores americanos, seja legalmente ou ilegalmente, passaram a colonizar a região nordeste da Flórida. Uma rebelião de posseiros americanos em 1812 foi extinguida pelos espanhóis.

Depois disso ocorreram uma série de incidentes[9]:

• em 1812 o presidente James Madison autorizou uma posse temporária da Ilha Amélia (Amelia Island), Fernandina e de outras partes do extremo nordeste da Flórida;

• em abril de 1813, o General James Wilkinson, com 600 soldados, autorizado pelo Congresso, tomou a Baía de Mobile e o território em disputa com a Flórida Ocidental até o Rio Perdido, a pequena guarnição espanhola não ofereceu resistência[10], e, a partir de então o território tomado passou a fazer parte do Estado do Alabama.

• entre 7 e 9 de novembro de 1814 ocorreu a Batalha de Pensacola, na qual General Andrew Jackson tomou Pensacola, no contexto da Guerra anglo-americana de 1812 pois o Império Espanhol permitira aos britânicos o uso daquele porto;

• em 1816 ocorreu a destruição do Forte Negro, onde se abrigavam escravos negros fugitivos[11];

• entre 1816 e 1818, os Estados Unidos voltaram a invadir o Norte da Flórida na primeira das Guerras Seminoles, em uma área ocupada pelos índios Seminole que era um refúgio para escravos fugitivos;

• em 1817 sob as ordens do presidente James Monroe, tropas expulsaram um grupo de contrabandistas, aventureiros e piratas da Ilha Amélia (Amelia Island) no nordeste da Flórida.

Pelos termos do Tratado de Adams-Onis, realizado em 1819, a Espanha vendeu a Flórida aos Estados Unidos.

A Flórida passou oficialmente ao controle americano em 1821, tornando-se um território dos Estados Unidos. No ano seguinte, o Congresso americano criou oficialmente o Território de Flórida, e William Dval tornou-se o primeiro governador da Flórida. Rapidamente, milhares de assentadores começaram a instalar-se na região, graças às suas ótimas condições climáticas e ao seu solo fértil, que permitia a cultivo de vários produtos agrícolas difíceis de cultivar-se em outros estados, tais como algodão, por exemplo, onde escravos faziam todo o trabalho pesado. A economia do território prosperou.

Este rápido assentamento americano encontrou finalmente um obstáculo: os nativos indígenas. Os nativos seminole viviam nas áreas cujo solo era o mais fértil do país. O governo americano ofereceu aos seminole terras localizadas à oeste do Rio Mississípi, e alguns aceitaram a oferta do governo americano, enquanto outros recusaram-se a sair da região, assim desencadeando a segunda guerra de seminole, que ocorreu entre 1835 a 1842, onde os seminoles foram derrotados e forçados a mudarem-se para reservas indígenas nos remotos territórios do oeste americano. Alguns destes indígenas conseguiram escapar, fugindo pelos pântanos da região, continuando a morar no território. A terceira guerra de seminole ocorreu entre 1855 e 1858, e resultou na migração dos grupos seminoles envolvidos na guerra para o oeste americano.[12]

Em 1839, a Flórida pediu ao Congresso americano que fosse elevado ao posto de estado, como um estado escravista. A União, querendo um balanceamento entre o número de estados abolicionistas e de estados escravistas, esperou até 3 de março de 1845, quando a Flórida oficialmente tornou-se um estado dos Estados Unidos. No ano seguinte, Iowa também foi elevado à categoria de estado, como um estado abolicionista.

1845 - 1870

Batalha de Olustee durante a Guerra da Secessão em 1864.

Em 1860, Abraham Lincoln, um defensor do abolicionismo - foi eleito presidente dos Estados Unidos. A Flórida e outros Estados escravistas - cujas economias eram dependentes do trabalho escravo - decidiram separarem-se da União - os Estados Unidos propriamente dito - e formar um novo país, os Estados Confederados. Em 10 de janeiro de 1861, a Flórida anunciou oficialmente sua secessão da União, logo juntando-se à Confederação. A Guerra Civil Americana logo teria início.

A Flórida, grande produtora de algodão, era uma das principais fontes de renda da Confederação - as indústrias têxteis de vários países europeus como a França e a Inglaterra dependiam do algodão americano, e a grande maioria deste algodão era produzido na Flórida. Porém, a União efetuou um imediato bloqueio por mar do Estado, assim impedindo quaisquer embarcações de ir ou sair de águas pertencentes à Confederação. Além disso, através de sucessivas invasões por mar, a União tomou controle de várias cidades costeiras da Flórida e de seus centros portuários. Porém, o interior da Flórida ainda permaneceria sob controle confederado - especialmente após a Batalha de Olustee, realizada em 20 de fevereiro de 1864, sendo a única grande batalha da guerra realizada no estado, onde tropas confederadas tiveram vitória contra forças unionistas. Na Batalha de Natural Bridge, os confederados conseguiram defender com sucesso a capital do Estado, Tallahassee. Esta e Austin, a capital do Texas, foram as únicas capitais de Estado confederado que não foram capturadas pela União até o fim da guerra.

Após o fim da guerra, em junho de 1865, todos Estados da confederação, incluindo a Flórida, foram ocupadas por forças americanas, sob a categoria de estados. A Florida, para ser readmitida novamente como Estado da União, aboliu oficialmente a escravidão, em 1866, e em 1868, o governo da Flórida garantiu direitos civis a todos cidadãos, assim sendo readmitida à União no mesmo ano.

1870 - 1950

A década de 1880 e de 1890 foram de grande prosperidade para a Flórida. Grandes depósitos de fosfato foram descobertos, parte dos grandes pântanos localizados no estado foram drenados (embora muitos continuem intactos até hoje) e uma grande malha ferroviária foi construída ao longo do estado. Além disso, vários fazendeiros da região notaram que as condições climáticas e do solo da região favoreciam o cultivo da laranja, então uma fruta cuja demanda estava em crescente crescimento no país. A laranja foi cultivada em grandes números, a tal ponto que o estado foi ao longo da primeira metade do século XX a maior produtora de laranja do mundo. Além disso, o clima ameno e a geografia da região, com várias praias, atraiu favoreceu o crescimento do turismo, e hotéis passaram a ser construídos. O Estado tornou-se um dos principais pólos turísticos do país.

Em 1906, os pântanos em torno de Fort Lauderdale foram drenados, dando espaço para o cultivo de plantações e a expansão da cidade - especialmente a construção de hotéis. O setor imobiliário do Estado, considerado uma máquina de gerar dinheiro no país, atraiu vários investidores imobiliários, ainda na década de 1900. A população do Estado cresceu drasticamente nas próximas duas décadas.

Este período de grande desenvolvimento econômico acabou repentinamente em 1926. Uma grande depressão econômica atingiu o estado, causando falência de empresas e desemprego. No mesmo ano e em 1928, dois furacões atingiram o Estado, matando várias centenas de pessoas. Apesar de que a economia da Flórida havia recuperado-se parcialmente entre 1926 a 1928, em 1929, a Grande Depressão atingiu em cheio todo o país, quebrando a já frágil e debilitada economia do Estado. Várias medidas tomadas a nível federal, governamental, municipal e privado ajudaram a combater os efeitos das depressões econômicas. Foram construídas fábricas de papel e à delimitação de reservas florestais. O estado e o país forneceram centenas de postos de trabalho nos setores de construção e de mineração, e ajudaram os fazendeiros a pagarem suas dívidas. A economia do Estado havia recuperado-se em grande parte em 1942, quando os Estados Unidos entraram oficialmente na Segunda Guerra Mundial - mesmo com a ocorrência de dois grandes furacões que devastaram muito do Estado em 1935 e em 1941.

Ao longo da segunda guerra mundial, a Flórida, por sua localização próxima ao Canal do Panamá e do Oceano Atlântico, tornou o estado vital, de grande importância estratégica, para a defesa do Hemisfério Ocidental. Várias bases aéreas, navais e terrestres foram construídas no estado.

1950 - 1970

A localização meridional do estado propicia o lançamento de foguetes. Na fotografia, o lançamento do ônibus espacial Discovery no Centro Espacial John F. Kennedy.

Após o fim da guerra, a população da Flórida novamente entrou em um período de grande crescimento. O turismo tornou-se a principal fonte de renda do estado, nasce o parque Busch Gardens, que é uma divisão da Anheuser-Busch.O parque abriu a 31 de março de 1959, nessa altura os visitantes podiam ver vários animais no seu estado selvagem e entrar num parque da cerveja, e à saída recebiam uma de graça.A Flórida continuava a ser a maior produtora de laranjas do mundo, e a crescente indústria de manufatura - especialmente na fabricação de produtos químicos, eletrônicos e navios - tornaram a economia do estado forte e altamente diversificada. A população do estado passou a crescer bastante novamente, graças ao desempenho da economia estadual e do desenvolvimento do sistema rodoviário e da tecnologia da refrigeração, assim, atraído habitantes do norte em direção ao sul.

Dado à sua proximidade com a linha do Equador, a Flórida tornou-se o centro de lançamentos de foguetes dos Estados Unidos. O Cabo Canaveral, o ponto mais meridional dos Estados Unidos continental, foi escolhido como base de lançamentos de foguetes da NASA. Vários lançamentos-testes foram realizados entre 1949 até 1957. Lançamentos de destaque incluem o lançamento do primeiro satélite artificial americano em 1958, o primeiro voo espacial com um tripulante a bordo em 1961, e o primeiro voo espacial levando astronautas à lua, na famosa missão Apolo XI, em 1969. Ainda na década de 1960, a Cuba passou a ser um país comunista. Vários cubanos fugiram do país, instalando-se principalmente em Miami.

Como em vários estados americanos - especialmente nos estados sulistas - a Flórida era um Estado altamente segregacionista. Em 1954, a Suprema Corte dos Estados Unidos julgou inconstitucional a segregação de estudantes brancos e afro-americanos em escolas públicas. À época, a Flórida não permitia que estudantes brancos e afro-americanos estudassem em uma mesma escola. O processo de integração educacional foi muito lento, tendo terminado apenas no começo da década de 1970.

No fim da década de 1960, a Flórida iniciou um plano cujo objetivo era expandir o sistema de educação superior estadual, para atender às futuras demandas da indústria aeroespacial. Quatro universidades públicas, 15 novas faculdades públicas e várias instituições de educação superior privadas foram construídas. No início da década de 1970, outra faculdade e uma nova universidade foram inauguradas no Estado.

1970 - Tempos atuais

A população da Flórida continuou a crescer muito durante a década de 1970 - entre 1970 e 1980, a população do estado cresceu em torno de 44%. O crescimento diminuiu entre 1980 e 1990, mas ainda assim permaneceu alta - 33%. Em 1971, a Walt Disney World Resort foi construída próxima à Orlando, o que estimulou bastante o crescimento da cidade, tornando-a o centro de maior crescimento econômico do estado durante a próxima década. Entre 1980 e 1986, o número de empregos no estado cresceu em torno de 25%, nos setores de manufaturação, eletrônicos, turismo e finanças. O notável fortalecimento do setor financeiro no Estado tornou sua economia ainda mais diversificada.

Porém, o grande crescimento populacional - gerada, em grande parte, pela migração de porto riquenhos e pela imigração legal e ilegal de cubanos, haitianos e outros hispânicos - causou diversos problemas para o Estado. Entre 1970 até 2000, mais de cem mil cubanos e haitianos instalaram-se na Flórida. Muitos destes imigrantes não possuíam educação adequada, e a grande maioria deles passaram a viver na pobreza no país, causando problemas em setores públicos e privados como educação, saúde e abastecimento sanitário.

A drenagem de pântanos, construção de canais e o desvio de curso de rios passaram a encontrar maior resistência por parte de conservadores naturais. Em 1960, um canal foi construído para reduzir o curso do Rio Kissimmee ao lago Okeechobee. Isto, porém, aumentou a carga de algas microscópicas transportadas pelo rio, assim, ameaçando todo o ecossistema do lago. Em 1983, o governo do Estado decidiu retomar o Rio Kissimmee ao seu antigo curso. Obras tiveram início em 1989, e estão planeadas para terminarem somente em 2010.

Granizo e pestes como fungos e gafanhotos destruíram muito das plantações de laranja do Estado, entre 1982 a 1985. A Flórida perdeu seu posto de maior produtora de laranjas do mundo para o estado brasileiro de São Paulo. Mesmo assim, a Flórida continua a ser a maior produtora de laranjas na América do Norte, e a segunda maior produtora de laranjas do mundo.

A década de 1990 foi marcada por uma série de desastres naturais. Em 1992, o Furacão Andrew abateu-se sobre o Estado. Um dos maiores desastres naturais dos Estados Unidos, o furacão Andrew matou 54 pessoas, deixou 250 mil desabrigadas e causou cerca de 22 bilhões de dólares em prejuízos. Em 1998, em um dos maiores incêndios florestais da história dos Estados Unidos, aproximadamente 200 mil hectares de florestas, fazendas e mesmo algumas áreas urbanas foram destruídas. Cerca de 370 casas e prédios foram destruídos, e foram necessários a ajuda de bombeiros vindos de 46 estados americanos para extinguir definitivamente estes incêndios.

Em 2000, a Flórida tornou-se foco das eleições presidenciais americanas de 2000. Foi aqui que foi decidido o presidente americano, o republicano George W. Bush. O outro candidato era o democrata Al Gore.

No verão de 2004, a Flórida novamente foi abatida por uma série de furacões - das quais a mais devastadora foi o Furacão Ivan. Esta série de furacões abalou seriamente a indústria do turismo do estado, e causou bilhões de dólares em prejuízos e danos, além da morte de várias dezenas de pessoas. No mesmo ano, Mel Martinez tornou-se um dos políticos eleitos no Estado para atuarem no Senado dos Estados Unidos. Mel Martinez foi o primeiro hispânico eleito para atuar no Senado americano, juntamente com Ken Salazar, eleito no Colorado.

Orlando é uma cidade localizada no estado norte-americano da Flórida, no condado de Orange, do qual é sede. Foi fundada em 1873 e incorporada em 1875.

A cidade está localizada na região central do estado, possuíndo um clima subtropical. Pântanos são comuns na região. Famosa por suas atrações turísticas, tais como, Universal Orlando Resort e SeaWorld Orlando, Orlando recebeu em 2012 mais de 55 milhões de turistas, tornando-se a cidade mais visitada dos Estados Unidos e a segunda mais visitada no mundo. Isto a faz comportar uma imensa infraestrutura de hotéis, carros de passeio e guias para atender tal demanda. A infraestrutura para o turismo é tão grande que a cidade possui 100 mil quartos de hoteis a disposição e 26 mil residencias de aluguel para férias, o turismo emprega 230 mil pessoas na região, sendo que Walt Disney World é a que mais emprega, com 56 mil funcionários.

Além de ser um polo turístico, Orlando também é um centro financeiro, passando atualmente por uma fase de intenso crescimento, com inúmeros projetos de expansão em andamento. É também considerado por oito anos consecutivos líder em atendimento e pesquisas na área da saúde (Florida Hospital), possui a segunda maior universidade do estado da Flórida, (University of Central Florida) e uma equipe na principal liga americana de basquetebol, a NBA (Orlando Magic).

Há um equívoco quando dizem que o Walt Disney World Resort fica na mesma cidade que a Universal Orlando Resort e SeaWorld, isso não é verdade, o local popularmente conhecido como Disneylândia fica na cidade de Bay Lake.

História

A região onde hoje é localizado a cidade de Orlando, era habitada por uma tribo de nativos americanos conhecida pelo nome de seminoles. Durante a Primeira Guerra dos Seminoles um soldado chamado Orlando Reeves fora morto em 1836, em suas terras que produziam açúcar, seu corpo enterrado ao lado de uma árvore, com seu nome escrito na mesma. Mais tarde alguns colonos que chegaram à região passaram a atribuir o nome escrito no túmulo ao local que ali eles se estabeleceram, assim Orlando fora como o lugar passou a ser conhecido.

Durante a Segunda Guerra dos Seminoles, em 1838 o Exército da União estabeleceu um acampamento em Fort Gadlin, poucos quilômetros ao sul do atual centro da cidade, mas foi rapidamente abandonado quando a guerra chegou ao fim.

Somente durante a Terceira Guerra dos Seminoles, por volta de 1850, que a região passou a receber uma ocupação considerável, os primeiros habitantes em sua maioria eram criadores de gado, e assim permaneceu durante a Guerra Civil Americana.

De 1875 até 1895 a cidade passou por um fase de grande crescimento na produção de frutas cítricas, em especial a laranja, esta era ficou conhecida como a Era Premiada. Mas ao final da era a produção passou por grandes problemas devido a um tempo congelado que chegou à região, muitos dos produtores deixaram a cidade passando a produzir mais ao sul do Estado.

Um fato importante acontecido nos anos 70 foi a construção do Aeroporto Internacional de Orlando, no lugar da Base McCoy da Força Aérea, sendo um dos mais movimentados aeroportos do mundo.

O prédio SunTrust Center é o maior de Orlando, construído em 1988, ele tem 134 metros; em segundo lugar está o Orange County Courthouse, construído em 1997, ele tem 127 metros. Hoje encontra-se em construção o prédio VUE no Lago Eola e terá 129,5 metros.

Importância militar

Orlando, por ser a maior cidade continental da Flórida, fora usada inúmeras vezes como local de acampamento para abrigar soldados desde a Guerra Hispano-Americana até a Segunda Guerra Mundial. Em 1958 a Base McCoy da Força Aérea foi fundada, onde era o assentamento do exército em Pine Castle, em homenagem ao Coronel Michael N.W. McCoy. Como Orlando é próximo da Base da Força Aérea de Patrick, Estação Kennedy da Força Aérea e do Centro Espacial de Kennedy, muitas companhias de alta tecnologia se estabeleceram na região, criando empregos de nível elevado para os habitantes de Orlando.

Parques temáticos

É por certo que o acontecimento de maior importância econômica para a cidade fora a decisão de 1965 em que Walt Disney iria construir o Walt Disney World Resort na cidade, a escolha de Orlando para ser a sede do complexo se deu ao fato de que furacões tem uma incidência menor do que nas cidades litorâneas. A obra do complexo terminou em Outubro de 1971, com isso um crescimento econômico e populacional gigantesco foi trazido, além de fazer a cidade ser conhecida no mundo inteiro.

Outros parques temáticos e resorts se instalaram na cidade, movimentando ativamente a economia.

Os Estados Unidos da América ou simplesmente Estados Unidos ( ? United States), são uma república constitucional federal composta por 50 estados e um distrito federal. A maior parte do país situa-se na região central da América do Norte, formada por 48 estados e Washington, D.C., o distrito federal da capital. Banhado pelos oceanos Pacífico e Atlântico, faz fronteira com o Canadá ao norte e com o México ao sul. O estado do Alasca está no noroeste do continente, fazendo fronteira com o Canadá no leste e com a Rússia a oeste, através do estreito de Bering. O estado do Havaí é um arquipélago no Pacífico Central. O país também possui vários outros territórios no Caribe e no Oceano Pacífico. Com 9,37 milhões de km² de área e uma população de mais de 300 milhões de habitantes, o país é o quarto maior em área total, o quinto maior em área contígua e o terceiro em população. Os Estados Unidos são uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas do mundo, produto da forte imigração vinda de muitos países.[9] Sua geografia e sistemas climáticos também são extremamente diversificados, com desertos, planícies, florestas e montanhas que abrigam uma grande variedade de espécies.

Os paleoindígenas que migraram da Ásia há quinze mil anos, habitam o que é hoje o território dos Estados Unidos até os dias atuais. Esta população nativa foi muito reduzida após o contato com os europeus devido a doenças e guerras. Os Estados Unidos foram fundados pelas treze colônias do Império Britânico localizadas ao longo da sua costa atlântica. Em 4 de julho de 1776, foi emitida a Declaração de Independência, que proclamou o seu direito à autodeterminação e a criação de uma união cooperativa. Os estados rebeldes derrotaram a Grã-Bretanha na Guerra Revolucionária Americana, a primeira guerra colonial bem sucedida da Idade Contemporânea.[10] A Convenção de Filadélfia aprovou a atual Constituição dos Estados Unidos em 17 de setembro de 1787; sua ratificação no ano seguinte tornou os estados parte de uma única república com um forte governo central. A Carta dos Direitos, composta por dez emendas constitucionais que garantem vários direitos civis e liberdades fundamentais, foi ratificada em 1791.

Guiados pela doutrina do destino manifesto, os Estados Unidos embarcaram em uma vigorosa expansão territorial pela América do Norte durante o século XIX[11] que resultou no deslocamento de tribos indígenas, aquisição de territórios e na anexação de novos Estados.[11] Os conflitos entre o sul agrário e o norte industrializado do país sobre os direitos dos estados e a expansão da instituição da escravatura provocaram a Guerra de Secessão, que decorreu entre 1861 e 1865. A vitória do Norte impediu a separação do país e levou ao fim da escravatura nos Estados Unidos. No final do século XIX, sua economia tornou-se a maior do mundo e o país expandiu-se para o Pacífico.[12] A Guerra Hispano-Americana e a Primeira Guerra Mundial confirmaram o estatuto do país como uma potência militar. A nação emergiu da Segunda Guerra Mundial como o primeiro país com armas nucleares e como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O fim da Guerra Fria e a dissolução da União Soviética deixaram-no como a única superpotência restante.

Os Estados Unidos são um país desenvolvido e formam a maior economia nacional do mundo, com um produto interno bruto que em 2012 foi de 15,6 trilhões * de dólares, equivalente a 19% do PIB mundial por paridade do poder de compra (PPC) de 2011.[13][nota 2] Sua renda per capita era a sexta maior do mundo em 2010, no entanto o país é o mais desigual dos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conforme calculado pelo Banco Mundial.[14] Sua economia é alimentada pela abundância de recursos naturais, por uma infraestrutura bem desenvolvida e pela alta produtividade; e, apesar de ser considerado uma economia pós-industrial, o país continua a ser um dos maiores fabricantes do mundo.[15] Os Estados Unidos respondem por 39% dos gastos militares do planeta[16] e são um forte líder econômico, político e cultural.[17]

Etimologia

Em 1510, o cartógrafo alemão Martin Waldseemüller elaborou um planisfério, onde denominou as terras do hemisfério ocidental de "América", em honra ao cartógrafo italiano Américo Vespúcio.[18] As antigas colônias britânicas usaram pela primeira vez o nome do país moderno na Declaração de Independência — "unânime declaração de independência dos Estados Unidos da América", adotada pelos "representantes dos Estados Unidos da América", em 4 de julho de 1776.[19] Seu nome atual foi formalmente adotado em 15 de novembro de 1777, quando o Segundo Congresso Continental aprovou os Artigos da Confederação, que estipulavam "O nome desta confederação será Estados Unidos da América".[20] A forma "Estados Unidos" também é padronizada; outra forma comum é EUA. "Colúmbia", derivado do nome de Cristóvão Colombo, em tempos um nome popular para os Estados Unidos, ainda permanece no nome distrito de Colúmbia.[21][22] Ocasionalmente o país é referido de forma incorreta como Estados Unidos da América do Norte.[23] Na escrita, também é comum o uso das abreviaturas EUA, US ou USA.[24]

As formas padrão para se referir a um cidadão dos Estados Unidos são "americano" (mais usual), estadunidense (ou estado-unidense)[2][25] ou "norte-americano".[26] Também é utilizado o adjetivo "ianque" (do inglês yankee).[1][27] Originalmente e em sentido estrito, yankee é um habitantes da região de Nova Inglaterra, mas o uso generalizou-se, passando a designar todos os nativos dos estados do Norte; pode ainda designar especificamente os soldados nortistas durante a Guerra da Secessão ou, mais genericamente, qualquer nativo dos Estados Unidos.[28]

História

Ver artigo principal: História dos Estados Unidos

Nativos americanos e colonos europeus

Ver artigos principais: Povos nativos dos Estados Unidos, História da colonização das Américas e Treze Colônias

Antigo palácio construído pelo povo anasazi, no Parque Nacional de Mesa Verde, Colorado. O local é considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Acredita-se que os povos indígenas dos Estados Unidos continentais, incluindo os nativos do Alasca, emigraram da Ásia. Eles começaram a chegar há 12 ou 40 milênios, senão antes.[29] Alguns, como a cultura mississippiana pré-colombiana, desenvolveram agricultura avançada, arquitetura grandiosa e sociedades estaduais. Mais tarde os europeus começaram a colonização das Américas, muitos milhões de indígenas americanos morreram de epidemias de doenças importadas, como a varíola.[30]

Em 1492, o explorador Cristóvão Colombo sob contrato com a coroa espanhola chegou a várias ilhas do Caribe, fazendo o primeiro contato com os povos indígenas.[31] Em 2 de abril de 1513, o conquistador espanhol Juan Ponce de León desembarcou no local em que ele chamou de "La Florida" — a primeira visita europeia documentada no que viria a ser os Estados Unidos Continentais.[32][33][34] Às colônias espanholas na Flórida seguiram-se outras no que é hoje o sudoeste dos Estados Unidos, que atraíram milhares de colonos através do México. Os comerciantes de peles franceses estabeleceram postos da Nova França em torno dos Grandes Lagos;[35] a França acabou por reivindicar a maior parte do interior da América do Norte até o Golfo do México. O primeiro assentamento inglês bem sucedido foi a Colônia da Virgínia em Jamestown, em 1607, e a Colônia de Plymouth, dos chamados Peregrinos (em inglês: Pilgrim Fathers [pais peregrinos] ou simplesmente Pilgrims), em 1620.[36] O fretamento de 1628 da Colônia da Baía de Massachusetts resultou em uma onda de migração; por volta de 1634, a Nova Inglaterra tinha sido povoada por cerca de 10 000 puritanos. Entre o final dos anos 1610 e a Revolução Americana, cerca de 50 000 prisioneiros foram enviados para as colônias americanas da Grã-Bretanha.[37] A partir de 1614, os holandeses se estabeleceram ao longo do rio Hudson, nomeadamente na colônia de Nova Amsterdã na ilha de Manhattan.[38]

O navio Mayflower transportou os peregrinos para o Novo Mundo em 1620. O Pacto do Mayflower, feito por esses colonos, estabeleceu formas democráticas de governo para a nova terra.

Em 1674, os holandeses cederam seu território norte-americano à Inglaterra; a província da Nova Holanda foi renomeada para Nova Iorque. Muitos dos novos imigrantes, especialmente do Sul (cerca de dois terços de todos os imigrantes da Virgínia) foram contratados como trabalhadores temporários entre 1630 e 1680.[39] A partir do final do século XVII, os escravos africanos foram se tornando a principal fonte de trabalho forçado. Com a divisão das Carolinas em 1729 e a colonização da Geórgia em 1732, foram estabelecidas as treze colônias britânicas que se tornariam os Estados Unidos.[40][41] Todas contavam com um governo local eleito, estimulando o apoio ao republicanismo. Todas as colônias legalizaram o comércio de escravos africanos.[42] Com taxas de natalidade altas, taxas de mortalidade baixas e imigração constante, a população colonial cresceu rapidamente. O movimento cristão revivalista das décadas de 1730 e 1740, conhecido como o Grande Despertar, incentivou o interesse na religião e na liberdade religiosa.[43] Durante a Guerra Franco-Indígena, as forças britânicas tomaram o Canadá dos franceses, mas a população francófona permaneceu isolada política e geograficamente das colônias do sul.[44] À exceção dos nativos americanos (popularmente conhecidos como "índios americanos"), que estavam sendo deslocados, as treze colônias tinham uma população de 2,6 milhões de habitantes em 1770, cerca de um terço da Grã-Bretanha; cerca de um em cada cinco norte-americanos eram escravos negros.[45] Embora sujeitos aos impostos britânicos, os colonos americanos não tinham representação no Parlamento da Grã-Bretanha.[46]

Independência e expansão territorial

Ver artigos principais: Revolução Americana, Guerra da independência, Expansão territorial e Destino Manifesto

Declaração da Independência, por John Trumbull, 1817–1819.

As tensões entre colonos americanos e os britânicos durante o período revolucionário dos anos 1770 e início dos anos 1780 levaram à Guerra Revolucionária Americana, travada de 1775 até 1781. Em 14 de junho de 1775, o Congresso Continental, em convocação na Filadélfia, criou um Exército Continental sob o comando de George Washington. Proclamando que "todos os homens são criados iguais e dotados de certos direitos inalienáveis", em 4 de julho de 1776 o Congresso aprovou a Declaração de Independência, redigida em grande parte por Thomas Jefferson.[47] Essa data é hoje comemorada como o Dia da Independência dos Estados Unidos. Em 1777, os Artigos da Confederação estabeleceram um fraco governo confederado que operou até 1789.[48]

Após a derrota britânica por forças americanas apoiadas pelos franceses, na Batalha de Yorktown, a Grã-Bretanha reconheceu a independência dos Estados Unidos e a soberania dos estados sobre o território americano a oeste do rio Mississippi.[49] Uma convenção constitucional foi organizada em 1787 por aqueles que desejavam estabelecer um governo nacional forte, com poderes de tributação. A Constituição dos Estados Unidos foi ratificada em 1788. Em 1789 tomaram posse o primeiro Senado e o primeiro presidente (George Washington) da Nova República.[48] Em 1791 foi adotada a Bill of Rights (Declaração dos Direitos dos Cidadãos), que proíbe restrições federais das liberdades pessoais e garante uma série de proteções legais.[50]

As atitudes em relação à escravidão foram sendo alteradas; uma cláusula na Constituição protegia o comércio de escravos africanos apenas até 1808. Os estados do Norte aboliram a escravidão entre 1780 e 1804, deixando os estados escravistas do Sul como defensores dessa "instituição peculiar".[49] O Segundo Grande Despertar, iniciado por volta de 1800, fez do evangelicalismo uma força por detrás de vários movimentos de reforma social, entre as quais o abolicionismo.

Expansão do território estadunidense por data

A ânsia americana de expansão para o oeste levou a uma longa série de Guerras Indígenas e ao genocídio dos indígenas. A compra da Louisiana, o território francês a sul, sob a presidência de Thomas Jefferson em 1803, quase duplicou o tamanho da nação.[52] A Guerra de 1812, travada contra a Grã-Bretanha acabou num empate, reforçando o nacionalismo americano. Uma série de incursões militares americanas na Flórida levaram a Espanha a ceder esse e outros territórios na Costa do Golfo do México em 1819.[52] A Trilha das Lágrimas em 1830 exemplificou a política de remoção dos índios, que retirava os povos indígenas de suas terras nativas. Os Estados Unidos anexaram a República do Texas em 1845. O conceito de "Destino Manifesto" foi popularizado durante essa época.[53] O Tratado de Oregon, assinado com a Grã-Bretanha em 1846, levou ao controle norte-americano do atual Noroeste dos Estados Unidos.[52] A vitória americana na Guerra Mexicano-Americana resultou na cessão da Califórnia e de grande parte do atual Sudoeste dos Estados Unidos em 1848.[52] A corrida do ouro na Califórnia de 1848-1849 estimulou a migração ocidental. As ferrovias construídas, no entanto, tornaram a deslocalização mais fácil para os colonos e provocaram o aumento dos conflitos com os nativos americanos. Depois de meio século, até 40 milhões de bisões americanos foram abatidos para peles e carne e para facilitar a disseminação do transporte ferroviário. A perda do bisão, um recurso fundamental para os Índios das Planícies, constituiu rude golpe para a subsistência de muitas culturas nativas.[54]

Guerra civil, industrialização e imigração em massa

Ver artigos principais: Guerra de Secessão, Era da Reconstrução, Guerra Hispano-Americana e Imigração

Batalha de Gettysburg, durante a Guerra Civil Americana (ou Guerra de Secessão). Litografia da Currier & Ives (1863).

As tensões entre os estados ditos livres e os estados escravistas tiveram origem sobretudo em discussões sobre a relação entre os governos estadual e federal e em conflitos violentos acerca da propagação da escravidão em novos estados. Abraham Lincoln, candidato do Partido Republicano, em grande parte abolicionista, foi eleito presidente em 1860.[55][56] Antes da sua tomada de posse, sete estados escravistas declararam sua secessão, o que o governo federal sempre considerou ilegal, e formaram os Estados Confederados da América.[57]

Com o ataque confederado em Fort Sumter, a Guerra de Secessão começou, e mais quatro estados escravistas aderiram à Confederação. A Proclamação da Emancipação de Lincoln, em 1863, declarou livres os escravos da Confederação. Após a vitória da União em 1865, três emendas à Constituição americana garantiam a liberdade para quase quatro milhões de afro-americanos que tinham sido escravos,[58] fizeram-nos cidadãos e lhes deram direito ao voto. A guerra e a sua resolução levaram a um aumento substancial do poder federal.[59]

Imigrantes chegam à Ellis Island, Porto de Nova Iorque, em 1902.

Após a guerra, o assassinato de Lincoln radicalizou as políticas republicanas da Reconstrução na reinserção e reconstrução dos estados do sul, assegurando os direitos dos escravos recém-libertos. A resolução da disputada eleição presidencial de 1876 pelo compromisso de 1877 terminou com a Era da Reconstrução; as Leis de Jim Crow iniciaram um período de perseguição aos afro-americanos.[60]

No Norte, a urbanização e um afluxo de imigrantes sem precedentes da Europa meridional e oriental apressou a industrialização do país. A onda de imigração, que durou até 1929, proveu trabalho e transformou a cultura americana. O desenvolvimento da infraestrutura nacional estimulou o crescimento econômico.[61]

A compra do Alasca do Império Russo em 1867 completou a expansão continental do país.[52] O massacre de Wounded Knee, em 1890, foi o último grande conflito armado das Guerras Indígenas. Em 1893, a monarquia indígena do Reino do Havaí, no Pacífico, foi derrubada em um golpe de Estado liderado por residentes norte-americanos; os Estados Unidos anexaram o arquipélago em 1898. A vitória no mesmo ano da Guerra Hispano-Americana demonstrou que os Estados Unidos eram uma grande potência mundial e levou à anexação de Porto Rico, Guam e as Filipinas.[62][63] As Filipinas conquistaram a independência meio século depois,[64][65][66] Porto Rico e Guam permanecem como territórios americanos.[67][68]

Primeira Guerra Mundial, Grande Depressão e Segunda Guerra Mundial

Ver artigos principais: Primeira Guerra Mundial, Forças Expedicionárias Americanas, Grande Depressão e Segunda Guerra Mundial

Uma fazenda abandonada na Dakota do Sul durante a Dust Bowl de 1936.

Durante os primeiros anos da Primeira Guerra Mundial, que eclodiu em 1914, os Estados Unidos mantiveram-se neutros. Apesar da maioria dos americanos simpatizarem com os britânicos e com os franceses, muitos eram contra uma intervenção.[69] Em 1917, os Estados Unidos se juntaram aos Aliados, ajudando a virar a maré contra as Potências Centrais. Após a guerra, o Senado não ratificou o Tratado de Versalhes, que estabelecia a Liga das Nações. O país seguiu uma política de unilateralismo, beirando o isolacionismo.[70]

Em 1920, o movimento pelos direitos das mulheres conseguiu a aprovação de uma emenda constitucional que concedia o sufrágio feminino.[50] A prosperidade dos Roaring Twenties ("anos 20 florescentes, alegres, ruidosos ou vívidos") terminou com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929, que desencadeou a Grande Depressão. Após sua eleição como presidente em 1932, Franklin Delano Roosevelt respondeu à crise social e econômica com o New Deal ("novo acordo"), uma série de políticas de crescente intervenção governamental na economia.[71] O Dust Bowl de meados da década de 1930 empobreceu muitas comunidades agrícolas e estimulou uma nova onda de imigração ocidental.[72]

Soldados da 1ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos desembarcam na Normandia em 6 de junho de 1944, o "Dia-D".

Os Estados Unidos, neutros durante as fases iniciais da Segunda Guerra Mundial, iniciada com a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em setembro de 1939, começaram a fornecer material para os Aliados em março de 1941 através do programa Lend-Lease (Lend-Lease Act; "Lei de empréstimo e arrendamento"). Em 7 de dezembro de 1941, o Império do Japão lançou um ataque surpresa a Pearl Harbor, o que levou os Estados Unidos a se juntar aos Aliados contra as potências do Eixo e ao internamento compulsivo de milhares de americanos de origem japonesa.[73] A participação na guerra estimulou o investimento de capital e a capacidade industrial do país. Entre os principais combatentes, os Estados Unidos foram o único país a se tornar muito mais rico, ao contrário dos restantes aliados, que empobreceram por causa da guerra.[74]

As conferências dos aliados em Bretton Woods e Yalta delinearam um novo sistema de organizações internacionais que colocou os Estados Unidos e a União Soviética no centro da política geoestratégica mundial. Como a vitória foi conquistada na Europa, uma conferência internacional realizada em 1945 em São Francisco produziu a Carta das Nações Unidas, que se tornou ativa depois da guerra.[75] Tendo desenvolvido as primeiras armas nucleares, os Estados Unidos, usaram-as sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945. O Japão se rendeu em 2 de setembro do mesmo ano, marcando o fim da guerra.[76]

Guerra Fria e protestos políticos

Em 1963, a Marcha sobre Washington levou 250 mil pessoas ao National Mall e tornou-se famosa pelo discurso "I Have a Dream", proferido por Martin Luther King, Jr..

Mikhail Gorbachev, Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética, e Ronald Reagan, Presidente dos Estados Unidos, assinando o Tratado INF, em 8 de dezembro de 1987, durante o fim da Guerra Fria.

Ver artigos principais: Guerra Fria, Guerra da Coreia, Guerra do Vietnã e Movimento dos direitos civis dos negros

Os Estados Unidos e a União Soviética disputaram a supremacia mundial após a Segunda Guerra Mundial, durante o período chamado de Guerra Fria, cujos principais atores a nível militar na Europa foram Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o Pacto de Varsóvia. Os Estados Unidos promoviam a democracia liberal e o capitalismo,[77][78] enquanto a União Soviética promovia o comunismo e uma economia planificada.[78][79] Ambos apoiavam ditaduras e estavam envolvidos em guerras por procuração. As tropas americanas combateram as forças comunistas chinesas na Guerra da Coreia de 1950-53.[80] O Comitê de Atividades Antiamericanas seguiu uma série de investigações sobre suspeitas de subversões de esquerda, enquanto o senador Joseph McCarthy tornou-se a figura emblemática do sentimento anticomunista.[81]

O lançamento soviético de 1961 do primeiro voo tripulado fez com que o presidente John F. Kennedy lançasse o repto dos Estados Unidos serem o primeiro país a aterrissar um homem na lua, o que foi realizado em 1969.[82] Kennedy também enfrentou uma tensa crise motivado pela presença de forças soviéticas em Cuba que por pouco não provocou um confronto nuclear. Entretanto, os Estados Unidos experimentaram uma expansão econômica sustentada. Ao mesmo tempo, cresceu o movimento dos direitos civis, simbolizado e liderado por afro-americanos, como Rosa Parks e Martin Luther King Jr, usando a não violência para enfrentar a segregação e a discriminação.[83] Após o assassinato de Kennedy em 1963, a Lei de Direitos Civis de 1964 e a Lei dos Direitos ao Voto de 1965 foram aprovadas pelo presidente Lyndon B. Johnson.[84][85] Johnson e seu sucessor, Richard Nixon, expandiram uma guerra por procuração no sudeste da Ásia para a mal sucedida Guerra do Vietnã.[80] Um amplo movimento de contracultura cresceu, alimentado pela oposição à guerra, o nacionalismo negro e a revolução sexual.[86] Betty Friedan,[87][88] Gloria Steinem[89] e outros levaram uma nova onda de feminismo que buscava a igualdade política, social e econômica das mulheres.

Como consequência do escândalo de Watergate, em 1974 Nixon se tornou o primeiro presidente americano a renunciar, para evitar sofrer um impeachment (impugnação do mandato) sob as acusações de obstrução da justiça e abuso de poder, sendo sucedido pelo vice-presidente Gerald Ford.[90] A administração de Jimmy Carter da década de 1970 foi marcada pela estagflação e a crise dos reféns do Irã. A eleição de Ronald Reagan como presidente em 1980 anunciou uma virada à direita na política norte-americana, refletida em grandes mudanças na tributação e nas prioridades dos gastos. Seu segundo mandato foi marcado pelo escândalo Irã-Contras e pelo significativo progresso diplomático com a União Soviética. O posterior colapso soviético pôs fim à Guerra Fria.[80]

Era contemporânea

Ver artigos principais: Guerra do Golfo, Ataques de 11 de setembro de 2001, Invasão do Iraque, Guerra do Iraque, Guerra do Afeganistão (2001–presente) e Grande Recessão

Sob a presidência de George H. W. Bush, os Estados Unidos assumiram um papel de liderança na ONU sancionando a Guerra do Golfo. A maior expansão econômica da história moderna americana ocorreu de março de 1991 a março de 2001, abrangendo a administração de Bill Clinton e a "Bolha da Internet".[91][92] Uma ação judicial civil e um escândalo sexual levaram ao impeachment de Clinton em 1998, mas ele permaneceu no cargo.

O World Trade Center em Nova Iorque na manhã dos ataques de 11 de setembro de 2001.

A eleição presidencial de 2000, uma das mais acirradas e controversas da história dos Estados Unidos, que chegou a envolver suspeitas de fraude e outras dúvidas na contagem de votos, foi resolvida por uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que declarou George W. Bush, filho de George H. W. Bush, presidente.[93] Na manhã de 11 de setembro de 2001, terroristas da organização fundamentalista islâmica al-Qaeda atacaram o complexo do World Trade Center, em Nova Iorque, e o prédio do Pentágono, nos arredores de Washington, D.C., causando a morte de cerca de três mil pessoas. Em resposta aos atentados, o governo Bush lançou a chamada Guerra ao Terror e, no final de 2001, forças norte-americanas lideraram uma invasão ao Afeganistão, removendo o governo Taliban e acabando com campos de treinamento da al-Qaeda. Insurgentes do Taliban, no entanto, continuam (2011) a travar uma guerra de guerrilha no país. Em 2002, a administração Bush começou a pressionar uma mudança de regime no Iraque por motivos controversos.[94][95] Sem o apoio da OTAN ou da ONU para uma intervenção militar, o governo Bush organizou e liderou uma coalizão de forças militares para invadir preventivamente o Iraque em 2003, removendo o ditador Saddam Hussein do poder. Em 2005, o furacão Katrina causou profundos danos ao longo da Costa do Golfo, devastando a cidade de Nova Orleans, na Louisiana.[96]

Em 2008, em meio a uma recessão econômica global, o primeiro presidente afro-americano, Barack Obama, foi eleito.[97] Dois anos depois, grandes reformas nos sistemas de saúde e financeiro do país foram decretadas.[98] Em 2011, um ataque de SEALs da marinha norte-americana matou o líder da rede al-Qaeda, Osama bin Laden, na cidade de Abbottabad, no Paquistão.[99] A Guerra do Iraque acabou oficialmente com a retirada das tropas norte-americanas restantes do país em dezembro de 2011.[100] No 11º aniversário dos ataques de 11 de setembro, e menos de um ano após os Estados Unidos colaborarem com a queda do ditador líbio Muammar Gaddafi,[101] duas instalações norte-americanas foram atacadas na Líbia, o que resultou na primeira morte de um embaixador estadunidense desde 1979.[102] Em outubro de 2012, o furacão Sandy causou vasta destruição no litoral das regiões Nordeste e do Médio Atlântico dos Estados Unidos.[103] Em abril de 2013, um ataque terrorista aconteceu durante a Maratona de Boston;[104] foi o primeiro atentado terrorista reconhecido no país desde o 11 de setembro de 2001.

Para nós, a Filosofia Americana tem como conteúdo as correntes filosóficas desenvolvidas nos Estados Unidos, ou melhor, na “América”, como diziam os antigos imigrantes e, de certo modo, como ainda muitos falam. Mas, por que “América”?

John Dewey fazia uma diferença histórico-filosófica entre “América” e Estados Unidos. Ele entendia os Estados Unidos como um complexo industrial militar profundamente capitalista, enquanto que a “América”, cuja região geográfica coincidia com os Estados Unidos, era exclusivamente o lugar de realização do “sonho de liberdade” dos “Pais Fundadores” e dos imigrantes. Dewey sempre apostou que esses dois reinos poderiam conviver, mesmo que em alguns momentos fizessem guerra um contra o outro.

As filosofias americanas são da “América” nesse específico sentido. Elas sãos filosofia que,

1851 The County Election by George Caleb Bingham – the St. Louis Art Museum.

de alguma maneira, mantém esse articulação com o “sonho de liberdade”. O pragmatismo é a sua expressão principal. Todavia, pela própria característica da vida democrática americana, o modo como o pragmatismo foi levado adiante serviu de um centro para conversas sobre os mais variados temas, articulando em encontros vários filósofos e pensadores, inclusive alguns até bem distantes do pragmatismo ou de questões inicialmente forjadas segundo critérios americanos. Aliás, a filosofia em geral, no mundo todo, reconhece esse papel catalizador das obras de James, Dewey, Mead, Veblen, Quine, Davidson, Putnam, Nozick, Rawls, Danto, Dennett, Rorty e outros.

Nosso trabalho com a Filosofia Americana é, portanto, não um afazer que exclui outras correntes. Ao contrário, nos engajando com os temas levantados pelos velhos e novos pragmatistas, não pudemos nunca deixar de lado o estudo dos velhos grandes filósofos de vários matizes e lugares, e manter a conversação também com novos filósofos.

A Filosofia Americana nesse sentido surge como a fusão de história da filosofia e investigação filosófica. É também a pesquisa em torno de temas dos pragmatistas e temas que tangenciaram os pragmatistas e seus amigos. Nesse sentido, o título “Filosofia Americana” se tornou antes um espírito inspirador que o leito estreito de um rio, no qual somente alguns barcos poderiam navegar.

Paulo Ghiraldelli Jr.

Eu quero dizer que a existência pela melhor qualidade não só dos países estão nas suas origens e filosofias que cada um tem porque existem fatos e conquistas exploradas de forma eu digo ate brutal que nem se imagina saber e entender a valorização de um estado ou país que sempre esta a frente do mundo a mostramos conscientemente que pra si ter um bom lugar pra si viver é preciso preservar suas origens e costumes porque a maior liberdade, paz e amor estão mais voltadas há um tempo em que tudo por uma significância do esforço, gratidão, preservação, patriotismo e otimismo estão sempre nos otimizando de conhecimentos e culturas porque a melhor classe de um país é sempre mostrar, ensinar e preservar a melhor qualidade e formação de uma educação que possamos dizer quanto vale mora e entender por classe o melhor entendimento e aperfeiçoamento de uma geração que sempre ama seus direitos e quer velos sobre a melhor qualidade porque pra se ter respeito tem que haver o certo ou direito que em tudo e com tudo no futuro nos mostraram que suas classes poderão sempre nos conquistar e mudar qualquer sentido negativo gerado por alguma nação que não mede seus valores e andam sem direção sobre um mundo obscuro e sem segurança e melhor qualidade. Obrigado a todos de coração!

Por: Roberto Barros

ROBERTO BARROS XXI
Enviado por ROBERTO BARROS XXI em 19/02/2017
Reeditado em 23/02/2017
Código do texto: T5917895
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