Dizem que sou um Auto Didacta e, de certa forma, eu aceito o epíteto em concordância contextual, contudo devo acrescentar que,  antes de eu aprender a escrever, tal como todos, eu tive que aprender a ler escritos e pensamentos de muitos outros escritores, tantos quantos eu pude, e tive tempo para os ler. Só assim hoje me sinto à vontade para criar a minha própria obra literária ao meu jeito. 
E porque este Autor aqui citado é dos meus Preferidos da Lingua Lusófona da Época Moderna Pré Contemporânea,  hoje vos deixo um pensamento dele que eu tomo como meu:
 

"Peço licença para inscrever o seu nome Amigo Leitor na primeira página desta minha Obra e livros da minha autoria. Esta fica sendo para mim a mais prestante homenagem  da obra a cada um de vós. As outras são futilidades; por que, - lágrimas e alegrias de um qualquer romance é tudo futil".
(No Minho, em 1864.  Camillo Castello-Branco)
- Ainda em alegoria semântica ao tema da tristeza tão dramáticamente perene da obra de Camilo, eu posso acrescentar: leiam os meus livros de "fique são" (ficção humorística), para depois morrerem saudáveis de rir!
Afinal diz o povo.. Tristezas não pagam dívidas!... 
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Poema de Abertura do Meu Livro; POEMAS DE ANGOLA : "Eu, O Pensamento, A Rima!..." 

Quem sou eu!?
 
Eu sou!?... Eu sou aquilo que sou,
E não aquele que querem que eu seja!
Não me importa o ângulo por onde me veja...
Foi Deus que disse; assim seja.

Eu sou aquilo que sou,
Aquilo que ninguém me fez ser...
Eu sou aquilo que sou e serei até morrer!
Foi Deus que disse; é este o Meu Querer.

Não quero ser outro qualquer,
Nem me façam ser de outro jeito...
Porque eu sou assim cá dentro do peito!
Foi Deus que disse; está feito.

Na alma e no coração...
Eu sou aquilo que eu sou,
- E disso eu não abro mão, e está encerrada a questão!
Foi Deus que disse; é este o teu condão.

Eu sou aquilo que eu sou,
Enquanto o meu ser me sustenta,
Este corpo de cor incolor quase isenta...
Foi Deus que o disse; quando me deu água benta.

Transparente a todos vós,
Trago genes dos meus avós,
Que já passei aos meus filhos,
Foi Deus que disse; aqui tens os teus cadilhos.

- Iguais serão os meus Netos!
Que vão em busca dos trilhos,
Que vivem o seu teorema,
A quem deixo este poema,
E... em herança dos meus afetos.


Eu sou aquilo que sou...
E não aquilo que fui, nem aquilo que eu quis ser.
Já esqueci o passado... sou só eu aqui ao meu lado!
Foi Deus que me fez assim moldado.

 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 30/06/2017
Reeditado em 26/03/2019
Código do texto: T6042044
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