Autobiografia-- Por Maíra Althoff De Bettio

Escrever e ter a própria marca, depende muito do perfil do escritor ou da escritora que se debruça no ato de escrita.

A autobiografia é um gênero literário que existe desde muito tempo e continua bastante presente na atualidade. É um fenômeno atemporal e mundial, que pode ser inteiramente literal ou possuir ingredientes ficcionais. O precursor desse modelo de escrita é Santo Agostinho, durante a Idade Média, com Confessiones (Confissões). Além deste, vale lembrar grandes obras autobiográficas conhecidas mundialmente, como por exemplo, Diário de Anne Frank.

Nada mais é do que a vida de uma pessoa relatada por ela própria e, em muitas vezes, transformada em livro e/ou filme. Mas também muita gente utiliza tal particularidade e não se dá conta, ou seja, quem usa o diário para anotar sua rotina está se autobiografando, mas nem por isso tal indivíduo intenciona publicar suas anotações. O mesmo acontece com o envio de cartas. Na maioria dos casos, quando se escreve uma correspondência para outrem fala-se de si próprio; outra situação em que a autobiografia está presente, sendo direcionada a um leitor, único ou não.

Semelhante e ao mesmo tempo distinto de carta e diário, existe o blog, maneira de se expressar através de um site particular na internet, no qual podem ser tratados inúmeros assuntos. Minimizando as possibilidades temáticas, existe o blog como diário virtual, isto é, indivíduos que empregam essa ferramenta para falar sobre seu dia a dia e lançar na rede para que outras pessoas possam acompanhar os seus hábitos. Esta maneira de exposição muito se aproxima da autobiografia.

Uma das vertentes da autobiografia é o ghostwriter (escritor fantasma), ou seja, alguém que escreve a biografia de outra pessoa, passando-se por ela mesma. Normalmente o ghostwriter é contratado para tal serviço, fruto do interesse e curiosidade que os indivíduos têm em saber da vida dos outros, principalmente dos famosos. Com isso, a celebridade, muitas vezes instantânea, recorre ao trabalho do escritor fantasma para discorrer a seu respeito, atentando-se a recursos que ela usaria para falar de si própria, para não levantar suspeitas de que não foi ela que compôs sua autobiografia.

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Por Maíra Althoff De Bettio
Enviado por Leah Ribeiro Pinheiro em 24/07/2017
Reeditado em 12/12/2019
Código do texto: T6063435
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