SUPLÊNCIA!

Pelo que me lembro, somente em uma ocasião durante meus 72 anos de vida, fui titular em alguma coisa!

Por ‘quase’ toda minha vida coadjuvei...

Vou aventurar e dar por aqui alguns exemplos do afiançado acima!

Aventurei candidatar-me a um cargo eletivo para ser um Conselheiro de Saúde em um dos distritos que cuidam da saúde do município onde resido e que é subordinado à Secretaria de Saúde que elegeria 15 TITULARES e 15 SUPLENTES, tornado-me um suplente...rs

Quando por SAMPA aportei, era o caçula de migrante família e poderia muito bem ser o ‘astro principal’. Assim não era, haja vista sermos cinco filhos e meus pais enfrentarem uma terrível mudança para pior quando fizerem essa migração! Dessa forma, tinham de ficar correndo atrás de recursos para cuidar da prole e não tinham tempo para paparicar o caçula...rs

Com cinco anos de idade, nasceu um novo integrante da família e ‘fui relegado’ à reserva devido ao nascimento de um novo titular, que requeria bem mais cuidados de que eu!

O tempo passou, e já ‘defasado’ iniciei meu curso primário, onde também somente atuei como coadjuvante, embora por vezes, estivesse inserido em meio aos alunos mais aplicados de minha turma.

Na prática de esporte, embora atuasse com razoável qualidade como quarto-zagueiro de alguns clubes de futebol de várzea que defendi, dificilmente joguei nas equipes que contemplavam os melhores! Na época, os melhores atuavam no chamado primeiro quadro e os ‘mais ou menos’, no chamado segundo quadro. Obviamente, eu figurava SEMPRE no segundo quadro...rs

Em minhas ‘razoáveis’ atuações, ao destruir jogadas ‘mirabolantes’ que resultariam em gols dos times adversários, vibrava como se houvesse sido autor de um gol...rs

Seguindo nos estudos era muito esforçado e aplicado, porém nunca fui dos primeiros da classe, mas para meu consolo, também não era dos últimos!

Mediano pela vida, feliz no cômputo geral!

Mas minha vitória veio na vida pessoal!

Meu maior troféu, minha maior conquista aconteceu em meu primeiro namoro!

Ela, ‘quase’ cinco anos mais jovem do que eu. Ela com dezesseis anos e eu já com vinte e um iniciamos nosso namoro ‘nos moldes’ de nossa época! Entre namoro e noivado, lá se foram cinco anos!

No dia em que ela completou seus vinte e um anos, adquirindo a maioridade civil da época, me deu o SIM perante as Leis dos homens e do Criador e, finalmente sai da suplência e ocupei lugar de destaque como titular!

Essa minha titularidade já dura 46 anos, que se computados os anos decorridos entre namoro e noivado, já ultrapassaram as chamadas BODAS DE OURO de união!