Dia 04
Pode ser que você que têm acompanhado essa trágica história esteja se perguntando agora: Como você pode perder uma oportunidade dessas?
Sim. Eu ainda não consigo acreditar em como fui covarde naquele momento. Não entendo como a timidez me dominou de uma forma que simplesmente congelei.
O que importa é que depois daquele encontro fatídico, os dias restantes naquele paraíso se tornaram bem mais nublados. Mesmo as atividas em grupo com meus primos perderam a graça.
O pior de tudo é que praticamente todos os dias eu e meu amor nos víamos e isso despedaçava meu coração. Eu simplesmente não conseguia chegar perto dela, mesmo com a ajuda de minhas primas eu perdia todas as funções motoras sempre que ela estava perto de mim.
Passada a semana eu precisei voltar para minha casa. É nesse ponto em que nossa história encontra uma bifurcação e cada um segue um caminho completamente diferente.
Se ela estivesse aqui, pediria para que contasse sua versão para que você que lê com afinco possa entender o motivo de toda minha tristeza. Como não existe essa possibilidade, eu conto minha versão pedindo ao Pai que você consiga compreender e de certa forma simpatizar com nosso amor e meu sofrimento.
Nós sempre carregaremos as marcas que as consequências de nossas escolhas nos trazem. Sejam boas ou ruins, precisamos aprender a lidar com elas da melhor forma possível.
Hoje eu daria minha vida para voltar no tempo e viver novamente aquela noite. Mesmo que fosse somente ela e nada mais. Infelizmente não temos essa capacidade ainda e o que nos resta é a nostalgia que embriaga nossa alma e destrói nosso coração.
Então deixo meu conselho: pense bem antes de fazer uma escolha. Você pode estar deixando passar uma oportunidade que não volta mais.
Preciso ir agora.
Amanhã volto e continuo meu relato.