O ESCRITOR ARARAQUARENSE, IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO...

Estou trazendo aqui um pouco da biografia do escritor e araraquarense Ignácio de Loyola Brandão , muito respeitado e homenageado aqui na cidade de Araraquara.

Ele foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2019, é autor de uma vasta produção literária .

Ignácio de Loyola Brandão nasceu no dia 31 de julho de 1936, em Araraquara. Seus pais se chamam Antônio Maria Brandão e de Maria do Rosário Lopes Brandão.

Com 16 anos começou sua carreira jornalística como crítico de cinema no semanário, Folha Ferroviária. Em seguida, trabalhou no diário, O Imparcial, onde por cinco anos aprendeu a fazer reportagens, entrevistas, impressões e fotografias.

Em 1957 mudou-se para São Paulo, contratado pelo jornal Ultima Hora. Nessa época, fazia reportagens para a TV Excelsior, tendo coberto a morte do papa João XXIII.

Carreira Literária:

Sua carreira literária começou com a publicação do livro de contos, "Dentes ao Sol" (1965), que reúne histórias passadas na noite paulistana dos anos 60.

Em 1968 publica seu primeiro romance, "Bebel Que a Cidade Comeu", onde relata com sarcasmo a época de repressão politica dos anos 60, um dos períodos mais negros da história do país.

Ainda em 1968, Ignácio de Loyola recebe o Prêmio Especial do Concurso Nacional de Contos do Paraná com a coletânea de contos, "Pega Ele, Silêncio" (1968).

Em 1974, inicia a redação do romance "Zero". Com a ajuda do dramaturgo Jorge de Andrade, o romance chega á sua versão final. Recusado pelas editoras brasileiras, a obra é publicada na Itália. Em 1975 a obra é publicada no Brasil, mas é censurada pela ditadura militar, sendo liberada somente três anos depois.

Em 1981, Ignácio de Loyola viaja para Berlim a convite da fundação cultural Deutscher Akademischer onde permanece por 16 meses. De volta ao Brasil publicou a obra jornalística, "O Verde Violentou o Muro"(1984), baseado na sua experiência em Berlim cercada pelo muro.

Em 2015 ele publicou em forma de carta aos seus filhos, "Manifesto Verde", onde faz um alerta sobre a preservação da natureza e apresenta as realidades e os desafios que devemos enfrentar em prol da conservação da vida na Terra.

No dia 14 de março de 2019, o autor Ignácio de Loyola Brandão foi eleito por unanimidade para ocupar a cadeira numero 11 da Academia Brasileira de Letras que pertencia à Hélio Jaguaribe.

Ignácio de Loyola Brandão tem mais de quarenta livros publicados, entre romances, contos , crônicas, livros infanto-juvenil, viagens, biografias e peças de teatro. Seus livros foram publicados em vários idiomas e o autor recebeu diversos prêmios.

Biografia acessada pela internet

Por Diva Frazão ( Bacharel em

Biblioteconomia pela UFPE e

professora )

<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<

Algumas mensagens do

escritor:

"Os livros mudam o destino das pessoas. Substâncias perigosas, servem para acalmar e atiçar; abrir novas possibilidades e nos fechar em universos circunscritos; estimular a ação ou estimular a prudência. O fato é que ninguém passa incólume a uma boa leitura. Entra-se de um jeito e a saída é de outro, mesmo sem que se saiba de antemão como sairemos".

"Viver de esperança torna as pessoas passivas. Para transformar a esperança em realidade é preciso usar forças, mobilizar-se".

"Os livros seriam uma (tênue) possibilidade de não morrermos. Mas podemos desaparecer e voltar, sofrermos um reviva. Este ofício é complicado, mas temos de exercê-lo com sinceridade, fogo e lança na mão".

"O assunto do escritor é o homem, a sua condição, a sua loucura e irracionalidade".

"A idade traz uma certeza: nosso tempo vai diminuindo. Então, temos de correr? Eu, ao contrário, hoje não corro mais, descobri a calma. Sei que não tenho muito tempo pela frente (sou realista), mas ainda tenho projetos, sonhos, ideias, planos."

<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<

Ao ler o livro Cadeiras Proibidas de Ignácio de Loyola Brandão, percebo como ele traz as suas características marcantes, um escritor muito contextualizado no seu tempo histórico .

Alguns livros foram censurados no regime militar , mas depois liberados, então ele teve que em muitos momentos para "driblar" a censura , usar uma "linguagem figurada" retratando nos seus personagens os limites da opressão, do poder, trabalhando várias questões existenciais e reflexões sobre o mundo.

Se algum leitor aqui do Recanto se interessar recomendo a leitura do livro "Cadeiras Proibidas" e para o público infanto juvenil recomendo

"O Menino que Vendia Palavras ".

Alguns livros escritos pelo

escritor:

Depois do Sol (1965)

Bebel Que a Cidade Comeu

(1968)

Zero (1975)

Não Verás País Nenhum (1981)

Cadeiras Proibidas (2010)

O Menino que Perguntava

(2011)

O Menino que Vendia Palavras

(2016) - Prêmio Jabuti.

Livro do ano de ficção.

Desta Terra Nada Vai Sobrar. A

Não Ser O Vento Que Sopra

Sobre Ela (2018)

<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<

Vejam um pequeno vídeo sobre

Ignácio de Loyola Brandão:

https://youtu.be/NU9lO7kjrCY

Na internet têm muitos vídeos do

Escritor.

<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<