Carta: Solidão,medo,tristeza...Estrelas brilhantes

Ah eu queria tanto poder controlar esta paixão que cresce dentro de mim

Sei que é bobagem, na verdade tudo que falo é bobagens... Bestalhonas bobagens de uma mulher apaixonada.

Sinto que a cada instante algo novo surge dentro de mim, dói tanto este frio que se passa ao redor de mim.

Sinto medo de cair novamente nos braços da angustia e não conseguir mais sair,

Está certo eu sei o que vão me falar “você já passou por isso uma vez e se acontecer de novo vai saber superar”,ou então “Caia fora antes que se afogue”....

Ah são tantas duvidas dentro de mim que não sei pra onde caminhar.

Queria ter os teus braços em volta de mim acalmando meu desassossego,abrandando-me a solidão,matando o frio da alma.

O pior de tudo é esta luta que travo todos os dias e todas as horas

Esta luta maluca que criei dizendo que é pra não sofrer.

Lutando insanamente contra as emoções...

Luto agora para que as lágrimas não me apareçam, para que não deixe a tristeza me abraçar e beijar-me o tremente lábio.

Tenho tanto medo... Medo de nada dar certo

De que eu não goste, de que você não goste

De que você só queria brincar, de que você me iluda

De que eu esteja totalmente embebida nesta relação.

Deixar o tempo cuidar de tudo... É o que algo em mim diz

Acaba logo com este tormento... É o que o medo fala pra mim.

Quem ouvir?A quem seguir?

Na imensidão da noite eu encontro às estrelas,

Que cantam como a melancólica cantora as memórias de um tempo infeliz

Ouço a sutil voz feminina que canta para mim

As lágrimas que descem do céu e tocam-me o corpo fascinado

São pequenas gotas brilhantes que caem do céu

Pequenas gotas tristes e infelizes que escorrem

Gotículas de lembranças dolorosas, de momentos felizes que de repente perderam sua cor,

São passados mórbidos.

-Oh estrela funesta que de amores sofre,

Estrela de minh’alma leve-me a região do bem...

Acalmai esta confusão que se cria dentro de mim

Estrela que chora e canta memórias

Tocai a minha mão e leve-me para o céu

Deixa-me estrela, bailar contigo.

O baile da solidão regido por sua voz suave

Que encantará o mundo com tanta dor, com tanta solidão.

Vem estrela abrace-me calmamente e abandone-se nos meus braços

Vamos nos completar nesta solidão particular,

Vamos findar a tristeza.

Ah mais nem tu estrela consegue fazer-me parar

Mas nem vosso brilho acalma a minha amargura

Que cresce e cresce pra não ter fim.

Continue a cantar e a chorar minha frágil estrela prateada

Chore por meus olhos que não conseguem mais chorar

Cante pelo meu espírito que não se sabe onde esta

Cante pro meu amor dormir...

Ah cubra-a delicadamente e ame-a na escuridão da noite

Pegue-a nos braços e valse, ninando-a para um bom sonho.

Deposite em sua delicada face um beijo meu

Olhe-a dormir e ressonar baixinho

Como eu faria se estivesse perto.

Acaricie os negros cabelos dela e suspire

Faça da noite um dia feliz.

O que me resta é o vinho do vazio

A vontade quase incontrolável de tê-la ao meu lado

E a tua voz minha estrela, que canta com meu amor nos braços.

01/06/08