Diário de bordo - Carta ao Sr. Deus

Terra, qualquer dia, de qualquer mês, mas do século XXI.

Querido Sr. Deus,

Estamos no começo do 21º centenário, datando o ano de 2008, e auspicio o contrário daquilo que desejaste ao arquitetar tuas feituras neste planeta.

Edifica-se aqui o jazigo da força oposta a tua doutrina. O cafofo da competição, da veemente ausência do amor.Os esforços são mensurados e intratados.

Aquilo que chamaste afetuosamente e esperançosamente de homem, hoje já (não) desenvolvido, torna-se um ser carrancudo e conflituoso, sem sonhos, sem temperança, sem vida. Este mesmo ser, encontra-se com a alma suja e recusa-se a germiná-la, a renovar seu ímpeto de alma viva e limpa.

O lado mais répobro que descortinei é que o homem de hoje já isolado de teu lado Divino, meu Deus, não quer mais ter trabalho físico, nem mesmo para demonstrar o amor que diz sentir pelos que ama. Expresso-me melhor ao dizer que este ser "humano" não quer ter trabalho de amar...

Embora todas estas deficiências meu Pai, creio que tudo ficará bem por aqui, pois tua divina luz ainda tem espaço, e os poucos que cultivam teus preceitos mostram-se capazes de semear e expandir a força do amor no âmago de tudo que é teu, afastando e esquecendo a força competidora e devastadora que teima em querer envenenar tua Obra.

Até o fim desta jornada, promoverei a parte da qual fui incumbida e ao ser vista realizando-a, esperarei e orarei para que meus tantos irmãos se juntem a mim.

No fim desta viagem, espero lhe dar notícias melhores meu Pai e analisaremos juntos os gráficos de melhoras do caminho percorrido.

Capitã de navegação de Vida, Filha de Deus.