ADEUS... OU ATÉ LOGO?

E eu que pensei que tudo aquilo que passamos juntos seria somente o prenuncio de uma eternidade que se iniciava!

Quantas carícias trocadas, quantos momentos à sos... e as gargalhadas? Você se lembra? Quanta coisa engraçada à nossa volta. E mesmo que não fossem engraçadas, nós tratávamos de transforma-las em tal. Não poderia ser de outra forma, não é?! Afinal das contas, aquele amor que jurávamos um ao outro era motivo para mudar todo e qualquer cenário sombrio que se nos aparecia.

Houveram também as lágrimas, e não foram poucas. Tanto seus olhos como os meus, em vários momentos... mas não era tristeza, nem tampouco melancolia. Era o resultado da expressão franca d'alma em meio à devaneios que misturavam uma saudade não sei do que de algo que se pressentia para o futuro... mas sempre em boa causa.

Não sejamos hipócritas. Também compartilhamos maldade em nossas línguas. Proferimos palavras amargas sobre muitos que nos rodeavam. Tudo bem que na maioria dos casos, nada era invenção de mentes fofoqueiras, mas comentários da vida alheia sobre pessoas que estavam sob influências negativas e tomavam atitudes impensadas. Porém, sempre chegávamos ao termo da conversa com a conclusão de que tudo aquilo não era da nossa "conta". Então caláva-mos, meio que envergonhados de nossa atitude. Por outro lado, pôxa, somos humanos normais - ou não?

Me lembro das vezes em que sempre corria para junto de ti quando o peso das provas parecia-me demasiado. Você sempre me ajudando a carregar os fardos. Com um certo orgulho, também relembro que tal atitude era recíproca.

Em fim, tudo era tão promissor! Esse amor nunca deu mostras de fraqueza. Por quê, então, o fim.

Mas, será mesmo que é o fim?

espírito do mar
Enviado por espírito do mar em 22/02/2006
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