Caros alunos
CAROS ALUNOS,
Como disse, certa vez, nosso poeta Drummond de Andrade: “Palavras não nascem amarradas. Elas saltam, se beijam, se dissolvem. No céu livre por vezes um desenho, são puras, largas, autênticas, indevassáveis.” Cada origem remete a uma descoberta. Viagem encantadora. A história das palavras é a história do homem. Elas nascem e atravessam idiomas.
Com a palavra Comunicação não é diferente. De communicare, significa compartilhar. Viajamos no tempo e hoje, comunicação ganha centenas de sentidos acadêmicos, midiáticos e científicos. Mas nada mais é que compartilhar. Seja no jornalismo, nas relações públicas, na publicidade ou no cinema. Viemos aqui, como costuma dizer Zuenir Ventura, para olhar e depois contar.
Ao falar sobre a Mídia e a Cultura, minha intenção foi trazer testemunhos diversos. Em meio a lembranças pessoais e coletivas, estudos acadêmicos e históricos e experiências compartilhadas com vocês. A História feita, não a partir de dados e datas, mas – principalmente – através de pessoas: desde as primeiras palavras até o mundo virtual, passando pelos gestos, pelas trovas medievais, primeiras letras, o rádio, o cinema, a televisão, os jornais, os desenhos animados, as propagandas, o silêncio.
Que vocês sejam portadores de reflexões para compartilhar um espaço de discussão e interlocução, aprofundando conhecimentos e humanizando a carreira que escolheram. Que possam contar a história e fazer parte dela. Sempre com brilho nos olhos.
Um abraço,
Aline Cântia
Belo Horizonte, dezembro de 2005.