Desabafo de Linhas Inconsistentes...

Escrevo, para expressar minha liberdade. Escrevo por considerar esta vontade extemporânea uma válvula de escape de minhas opressões e receios. É o meu retorno ao ventre de meus ideais e meus sonhos.

Escrevo na esperança de minha alforria. Na esperança de que minha inconclusões sejam defeitos e que eu possa apreciar a paisagem que passa ante aos meus olhos e sentir a brisa rubra e vespertina que me toca agora...

Quero sentir o calor e as vicissitudes dos sentimentos. Quero almejar a felicidade não como utópica, mas como construção real de meu projeto maior.

Escrevo no desabafo destas linhas inconsistentes por considerar que sou indigno de tais honras. Por compreender que o mundo é corrupto e que as pessoas pecam sempre nas mesmas ignomínias da servidão humana.

Minha mente dói e meu corpo está ferido pelas chagas da culpa em não considerar a divindade que me cerca de todos os lados. Procuro escusas como forma de uma fuga inútil onde todos os caminhos que alvitrei me levaram ao meu destino.

Nestas linhas aspiro encontrar meu resgate, devaneando com a pena solta entre meus dedos para que a mensagem solta seja aquela que suja estes papéis.

Busco a espera do tempo certo e as horas das bênçãos que se aproximam. Espero e confio no Senhor Meu Deus que me guarda nos momentos de dor e angústia. Espero e confio, pois sei que a vindima não tardará a chegar.

Seguirei na retidão de meus princípios e guardarei minha família como meu porto-seguro. Honrarei meu pai e tua mãe e respeitarei meus irmãos que, junto comigo escrevem meu legado.

Não me atirareis mais desesperadamente numa busca tosca e precipitada por respostas. Elas virão no tempo certo. Não procurarei o amor com a leviandade deste mundo. Amar-me-ei primeiro que ele virá ao meu encalço. Serei feliz e realizado com o Aval Maior e meus frutos serão confirmados. Apenas esperarei... Tenho a certeza clarificada que a Providência nunca falha...

Ad majora natus