O silêncio

O silêncio envolve-me. Abre suas grandes asas para que eu me aconchegue. É um abraço confortável, acolhedor. Transmite-me paz e uma proteção difícil de ser conquistada por outros meios. Inspira-me a compor canções que, de outro modo, soariam medíocres. E sob a benção de Apolo eu começo a poetar, poesias tão íntimas que chocam os menos sensíveis.

O silêncio embala-me, e eu adormeço em um sono tranquilo. Os sonhos que povoam meu sono são como o nascer do sol em um dia feliz.

E ainda há os que o maldigam.

Que o achem lúgubre como o tocar do sino em uma noite tempestuosa e maldito como o desastre. Tampo meus ouvidos aos protestos da turba ignorante e os abro para ouvir meu fiel companheiro: O SILÊNCIO.