Amante, Amor, Paixão

Tudo o que fiz, valeu a pena, até a dor que ficou no coração.

Só, que o tempo correu veloz.

--Eras tudo!... Até o sol do meu dia.

Vivi cada momento, com enorme emoção.

--Estando embargadas, em minha voz, palavras, que não disseram o que queria.

Foste meu amante, meu amor, minha paixão.

Voltarei a fazer tudo de novo! Se, um dia, ainda me quiseres, podes sempre á minha porta bater, de braços abertos te irei receber.

Sem rancor algum guardado, do quanto me fizeste sofrer.

Nem a voz estará mais embargada, nem eu serei, mais uma folha perdida, ao vento a voar. Nem ouvirás qualquer lamento, só irei, amar-te e deixar ser amada.

Mesmo sabendo, o que pode acontecer, partirás de novo, sem nada me dizer. É esse teu jeito, tua maneira de viver. Somente, quero ser de novo amada!

-Mas; Não vou, por ti, de novo sofrer, sei o que espero de ti, já estou conformada.

Sabes meu amor? És o grande amor de minha vida, aquele amor, que eu sempre procurei, como ele só há igual o céu e o mar.

-Porque, o meu amor, por ti é infinito!

Se; cruzei caminhos e atalhos, para te amar, prefiro sofrer, por este meu grande amor, do que de amor, não sentir, nem saber nada.

A teu jeito, sei que me pudeste, um dia amar. Mas, mais parece quereres, apenas uma paixão, a ninguém, te queres prender para sempre. Queres viver a tua liberdade, é a tua maneira de ser.

Jamais, eu te irei de novo culpabilizar.

Não te quero em meus braços prender, apenas deixa por breves momentos te amar.

Ninguém te pediu, tão pouco quanto eu, só quero um pouco do teu amor, sem qualquer obrigação.

Ficarei á tua espera, para teus lábios beijar, e em meus braços te acarinhar.

Como as andorinhas, que voltam na primavera, gostaria que lhes fizesses, companhia no voar.

Elas virão fazer o aconchego em seu beiral. E tu…meu amor, não sejas mais uma folha perdida.

Volta…Tu também, ainda tens teu lugar, em nosso lar.

Todos os anos, quando vejo, chegar as andorinhas, e as vejo fazer de novo o aconchego, no seu ninho, chega com elas, a minha derradeira e última esperança, que tu também, faças até mim, mais uma vez o teu caminho

Leo Marques