Aos meus leitores

Aos meus leitores,

Sento-me defronte do computador e minha mente e corpo estão exaustos. Uma dor de cabeça forte me atordoa e as idéias, antes tão claras e fluentes desaparecem e se esvaem como fumaça. Eu quero escrever, pois falar convosco me faz tão bem. Mas não consigo é mais forte do que eu. Uma falência de sentidos me prende ao nada e já não sou eu. Aqui, é apenas inexistência de um poeta. Preciso reencontrar o fio que dá continuidade ao novelo de minha vida, pois o vejo totalmente perdido em um emaranhado sem fim.

As vozes do acaso já não soam em meus ouvidos, já não me contam os casos a serem lidos.

As mãos se enferrujam sobre o teclado inerte, que por elas anseia para ter vida.

Os olhos olham para tela vazia e desejam ter os textos surgindo como uma mágica linda de ser observada.

Os sentidos são rijos e tensos pois se encontram estáticas juntas e medula, músculos e óssos.

Uma lágrima de saudade corre-me livre ao rosto, como lágrima de adeus.

Mas lhe peço não me deixe, busque-me hei de ressurgir das cinzas como a fênix.

Aguardem-me para que eu possa sobreviva...

Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 03/09/2009
Reeditado em 13/06/2010
Código do texto: T1791067
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