A um amigo e irmão deprimido

Oh meu amigo! Dói vê-lo assim.

Sofrendo uma dor que parece infinda.

De modo ignóbil simplesmente dói e corrói sua alma.

O peso insólito que o faz tombar.

Um desânimo, uma atonia.

Não há contra-ponto, nem resiliência,

Sua consciência que pesa sem razão.

É seu promotor e seu réu.

Numa culpa louca o veredito impávido.

Na sentença cruel de horrores.

Escravo e prisioneiro se tornou de si mesmo.

Só lhe resta esse olhar cinza diante do vendaval assolador.

Onde está que já que parece não existir mais?

Como se perdeu assim de si, de nós?

Sua voz sussurante não se ouve mais.

E suas mãos que clamam angustiadas não mais são vistas.

Como em areia movediça se perderam.

O ser humano é conflitante consigo mesmo.

Há movimentos interiores que nos flagelam,

São vontades e desejos tão contrários ao que pensávamos de nós.

Verdades escondidos de nós mesmos.

Não, creia-me vai ficar tudo bem.

Você não está só.

Há um Deus e salvador que irá de carregá-lo nos braços.

Quando nem sua parte conseguir fazer peça que o ajude.

Simplesmente diga: Socorre-me Deus. Socorre-me.

E se mesmo isto for difícil nós clamaremos por você.

Afinal, estamos aqui ao seu lado.

Amamos você demais.

Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 22/09/2009
Reeditado em 23/09/2009
Código do texto: T1825224
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