UMA OUTRA ESTORIA DE NOS DOIS

A dias que tento entrar em contato com você,liguei diversas vezes, deixei recados em sua secretaria mas você continuou muda. Não obtive resultado algum; fui a sua casa porem enquanto esmurrava a porta e as lembranças voltavam, percebi que já mais a veria novamente.

Literalmente havia esquecido as lágrimas que derramei uma semana antes enquanto seu caixão descia as cordas.

O que mais dói é saber que você morreu e eu nem pude me despedir, lamento.

Estive fugindo de mim mesmo todos estes meses não podendo me deparar com o fracasso de quem tanto amei , no meio da madrugada me flagrei ali em sua porta, com lagrimas nos olhos esperando inutilmente que você viesse me atender, pensei no quanto fomos tolos em nos perder no orgulho enquanto passávamos um pelo outro sem demonstrar o menor afeto.

Dentre todos os meus medos, o que mais tem me afetado são suas lembranças, noite passada os pesadelos fizera se minha companhia, fechei meus olhos para não verlhe sangrando novamente e me fiz de surdo para não ouvir seus gritos de dor, desespero, e nada mais.

Então escrevo no varar da noite trepida

O teu sorriso nunca deixarei de lembrar

passar segundos e segundos a me perguntar o porquê do nosso afastamento?

Se as noites que sonhei com você foram longas

E o sol da manhã não nascia.

Então ficava ali em minha cama fria com os olhos

fechados e com o coração mal batendo.

Como teu sorriso era encantador,

os seus olhos inesquecíveis.

Quanto mais pensava em ti os

meus sonhos se prolongavam.

Mulher que me fez descobrir

que a amizade devemos cultivar e se chega o amor não devemos temer

Chego a ficar como tolo perdido no tempo

com a esperança de ver uma sombra ou uma voz doce

vinda de você!

Que a amizade que o destino nos separou,

volte a renascer!

Sinto sua falta porem que agora sei o porque das respostas se fazerem no momento em que estamos decididos a abandonar de vez as perguntas a merçer do acaso.

Percebo que não sou como você e ate que meu espírito compreenda, não é porque estou no cemitério que estou triste, e sim por ter percebido tarde de mais que para mim a vida foi um eterno domingo onde no fim das noites choravamos.

A esperança não esta morta por acaso, e eu lhe disse que não demoraria até que ela resolvesse partir nos deixando neste quarto escuro e frio.

Explode em mim todos os dias pela manhã uma súbita vontade de me matar, de dar fim a esta luz pumblea ofuscada que me salta dos olhos permanentemente, e neste tempo de flores mortas que tem dado fim ao outono e inicio de um inverno intenso e eterno na minha droga da vida. Era Inicio de setembro assim tão normal para quem tem um coração gélido, obscuro e choroso em dor e lamentações. A pouco descera destes tais poços de amarguras uma negra e vasta gota de solidão melancolicamente com a pureza de uma lagrima invalida.

Penso comigo porque não, já que me encontro no mundo dos loucos, descontente comigo mesmo, me dau conta agora que não importa o quanto tente fugir de mim mesmo, sempre fitarei meus olhos nesta rua fúnebre em que enterreime sob seu ultimo adeus.

Trepdamente enquanto sentia morrer sobre mim a mais nova dor já haviam se passado quase duas horas do seu ultimo suspiro. E da agora já falecida alegria ou melhor, um sorriso. Sim apesar de um tanto apagado e breve mas um sorriso.

Me deparo cinco horas após o espetáculo, a essas horas muitos que como eu riram hipocrita e freneticamente agora choram ao lado da mais cruel solidão. Uma mão invisível aperta nossa garganta neste momento que ficamos transtornados, em transe pensativo e aniquilado meio como se estivesse mergulhado em uma pcina de sangue escoado quando a vida se torna um ateliê dois por dois por dois e você é o corpo caído desmaiado em meio a própria carniça da qual a muito tem exalado um exercito de fetos abortados.

Hoje é só mais um daqueles dias em que nos sentimos como um nada, dias que se fazem iguais e eternos, dias que demoram a passar,dias que tem sido como todos de sua vida a anos, dias estes que somente ela entende e você se quer desconfia.

Vai ser difícil dormir ou mesmo cochilar esta noite, noites assim tão comuns a ti que olha para o negro do teto e tenta juntar-se a escuridão em seu mar de melancolia querendo desaparecer, sumir deste ambiente de saldades e magoas retraídas.

Já não falta mas nada, não esta ventando, não faz calor ou frio e se quer uma leve inquietude das folhas nas arvores, tenho a leve impressão que tudo esta parado e me pergunto porque devo me contentar com as malditas lembranças de um passado fútil e mesquinho. Explode em mim a desordem mental e meu corpo já não responde aos meus comandos.

Estive a me torturar sozinho todos esses anos , e as flores esquálidas no jardim da dor foram ceifadas pela agonia do momento. Coloquei-te então sob o mesmo terror onde me envolvo entre o sabor das derrotas e as feridas que tanto me feriram a alma, vivi me balançando de olhos cerrados e sepultura lacrada e vos confesso cabisbaixo que a eternidade nunca me fascinou. Não posso me dizer desprovido de culpa e assim que estou longe da mediocridade deste mundo. Sou mesquinho, não aprendi nem mesmo a me perdoar mas sinto em dizer que vou te fazer chorar.

Não. Não foram doces as palavras ditas ao fim do arco Iris e ainda hoje lembrar é torturar com o temor da dor aquele que é inocente, por isso seja bem vinda ao seu próprio campo de concentração.

Assim como se pudesse simular a vida triste como ela é e fingir escrever algo realmente triste e melancólico mas ate mesmo que minha própria face no espelho não conseguiria esconder-me desta dor.

Por enquanto me mantenho o senhor das lagrimas, e tem sido assim todos os dias todas as horas todo o minuto sem a dita felicidade e me falha a memória ações de amigos para contornar a situação. E como é deselegante chorar compulsivamente mesmo que dando mais verdade a lastimável falta de controle sobre suas paixões.

Assim se rasga genialmente o inicio de outra depressão se é que assim devo chamar a vida, outrora fuçando o nada achei o rascunho de sua ultima carta, apesar de trágica uma bela mensagem, bem diferente das frases ensaiadas dos tolos da moda triste ou algo parecido. Ali me enterrei ao ver com quão desprezo nos retratara, sufoquei-me no momento e ate agora estou no quarto.....................