CABEÇA QUADRADA

Se você está satisfeito, tudo bem. Continue sendo massa de manobra, do contrário, delete e esqueça esta carta e faça alguma coisa. Em ambos os casos, esqueça o que você vai ler aqui.

CABEÇA QUADRADA

Amigos...

Amigos no sentido cordial da palavra, porque na verdade sei que a maioria de nós não somos amigos, mas isso não vem ao caso, gostaria de repensar a nossa música brasileira, a nossa cultura popular, o nosso universo cotidiano. Como músicos, ou projetos de; questiono: O que a nossa geração tem a oferecer?

Nos anos 50 tivemos a Jovem Guarda, passando por Belchior, chegando aos anos 80 com Legião Urbana e as legiões de bandas de rock... Depois, fomos nos apagando com uma identidade frágil e tímida, e hoje vivemos a era do funk, é inegável, qualquer canto que se vá, tem alguém pra ligar o som de um carro rebaixado com luzes de néon e TV LCD; rebaixamos nosso senso crítico, de sentimentos reais, verdadeiros, apaixonados, respeitadores, é isso? Isso que temos a oferecer?

Desculpa, a culpa não é sua, a culpa não é minha... a culpa nunca é nossa... é sempre do outro! Assim, nossa geração não é nossa, porque é mais fácil deixar que os outros façam para que copiemos e aceitemos qualquer coisa que nos é imposta. Aliás, que nós deixamos nos impor. É isso?

Renda suas músicas e suas idéias e as coisas continuarão como são!

*Obs: Mesmo com todo o ácido destas palavras e o tom deste discurso, é preciso lembrar e cultivar o respeito a qualquer manifestação cultural. Lembre-se disso, mas repito: Esqueça o que você leu aqui. Contraditório? Que nada... apenas brinco com as palavras...