GERAÇÃO DE 50

Como falar de algo que não vivi: Percorrendo a história, lendo, estudando, ouvindo? Eu diria que sim, não me esquecendo de um olhar crítico e observador que é o que mais me influencia. Nossos pais, os ditos cujos da geração de 1950, tiveram uma cultura muito mais rica que a nossa, urbanóides, dotados de vídeogames, invadidos pela tecnologia, roubados pelo computador e por conexões que distanciam numa tentativa de aproximar.

Francamente... Hoje, as roças são chácaras, as chácaras viraram sítios, os sítios viraram casas, as casas apartamentos, e os apartamentos um tédio!

A música de uma juventude Jovem Guarda, de bailes de Rock’n Roll, viraram bailes de funk, de sons em carros gritantes, que mais parecem uma boate móvel do que um automóvel... E eu... Eu estou morrendo com isso, me sinto um alienígena deslocado do tempo em que vivo, porque eu preferiria ter vivido no tempo dos meus pais.

Eu queria um fogão a lenha, eu queria gado, cavalos, fazenda, carroça, eu queria tirar leite da vaca sem ter nojo disso, queria ouvir os mais velhos contarem histórias ao redor de uma fogueira sem pensar em ir pra dentro me aquecer com o climatizador de ambientes, eu queria fazer música pr’aquela época. Eu queria um tempo que não é meu.

Fazer o que?

Viver numa cultura vadia, alienada por beijos e farsas de um amor que não é mais amor?... Sinto muito, eu não concordo com o mundo de hoje ou não concordo comigo.