Esse meu comportamento

Não posso julgá-la por você querer uma vida melhor, não posso sequer condená-la, porque não detenho esse poder. Não a julgo e, por favor, compreenda: o que você chama de acusações, não passam de queixas de um coração apaixonado que não suporta sentir-se rejeitado, enquanto parece esquecido no tempo em que suas prioridades detêm sua atenção. E reclamo, eu sei... reclamo demais. Talvez porque me sinto incapaz de mantê-la comigo além de todas as palavras que escrevo, do amor que demonstro e do pouco que disponho para servi-la.

Contenho-me. A razão grita em meus ouvidos e parece sacudir minha insanidade. Não posso mesmo sentir ciúmes quando o que o outro dá é muito mais do que tenho. Talvez, até mais cuidados e um carinho inestimável. Talvez, até mais respeito, e uma vida reta e estável. Então, perdoa esse meu jeito de dizer tudo o que vem à cabeça. Se às vezes digo coisas que você não merece ouvir, esqueça! Eu tenho a estupidez de quem se frustra diante do inalcançável. Mas amo, por isso releve. Um dia, pode ser que o vento leve para bem longe o que instiga esse meu comportamento tão lamentável...