CARTA DE DESISTENCIA, OU RENUNCIA.

Foram anos bons, onde o amor e carinho tiveram picos de desejo, onde nos amamos vorazmente, onde o prazer nos conduziu a um lugar inantigivel sem o querer do coração em sintonia, sem o amor fluindo e retornando a fonte e recebedora doutra fonte.

Foram olhos nos olhos, mão na mão, pele na pele, lágrimas que nos acompnharam em nossas vitórias e lamentaram nossas derrotas, unta ram o rosto para o sorriso nos momentos de felicidade e molharam-no

para o choro nos momentos de profunda tristeza.

Fomos amigos, companheiros, cumplices e o respeito foi pedra de alicer

ce e o amor tijolinho de alvenaria e com eles construimos uma vida de muito amor, carinho, companheirismo, criamos o fruto.

Ainda te amo, ainda desejo teus beijos e abraços, ainda desjo teu sus

surro em meu ouvido e gemidos na hora do amor. Ainda desejo teus olhos buscando os meus e brilhando com aminha presença, tua voz dizendo meu nome, tua presença empurrando-me para o futuro, fazen do-me saber que DEUS existe e que tu és criatura perfeita de sua cria ção.

Ainda te amo.

Mas falta-me força confesso, falta coragem animo. Falta-me lagrimas

Força para seguir adiante, coragem para pedir mais uma vez, fica, per doa-me. Animo para aceitar que a cada dia que passa mais te amo, mais te quero e desejo, que ainda te vejo como na primeira vez. Falta coragem para enfrentar dia a dia um recomeço, reinicio sei la.

Falta-me lágrimas para chorar, secou-me o choro, o vazio tomou con ta do que antes era amor, restou-me a vergonha, o orgulho.

Mas ainda te amo, mas ainda desejo, e diante de minha própria fraque za, de meu pr´prio limite, diante de minha impossibilidade, desisto.

Vá, liberte-se do que ainda te acorrenta a mim e viva. Cuide-se, previ na-se de mim, previna-se que não haja mais eu, não haja mais recome ço, a estrada dividiu-se e não podemos seguir juntos sem que um atraze o outro, sem que um fira o outro o que outrora fora um só coração, uma só vida e que uma estrada levava a um só destino.

Ainda te amo, e quero e desejo e admiro, e como quem ama deixa livre

quer bem, eu te liberto, te livro de mim, sem jamais te-la prendido, por amor, sofrendo, morrendo por dentro, renuncio.

Renato Cajarana
Enviado por Renato Cajarana em 01/03/2010
Reeditado em 02/03/2010
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