CARTA ABERTA AOS POLÍTICOS DO PAÍS

Quatro Barras, 04 de março de 2010.

Excelentíssimos Senhores,

Já está passada a hora de se levar a sério a situação do país e de seus habitantes.

Viajamos aproximadamente 1500 km, saindo de nosso estado, passando pelos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso. Não presenciamos nenhum tipo de fiscalização. O país está do jeito que os bandidos gostam.

Impostos e impostos são arrecadados. Retorno em segurança, saneamento básico, saúde, educação... Nada!

O Governo sabe onde estão as necessidades e os necessitados, contudo não move uma palha para solucionar os problemas.

Quando o bolsa-escola foi criado, existia a obrigação da família com a presença dos filhos na escola. Transformado tal programa em bolsa família, mudou o enfoque e com ele a obrigação da freqüência dos alunos às aulas. Pergunto:

– Por que não transformar esse programa em bolsa-trabalho? Isto é, mudar de tal forma que seus beneficiados recebam uma quantia justa e tenham que, em troca, executar serviços na comunidade onde estão inseridos. O trabalho dignifica o homem.

Para onde se olhar, existe trabalho por fazer. As ruas e estradas necessitam de serviços de manutenção, limpeza e conservação. Lixo há por todos os lados, materiais a serem reciclados também. Quanto mais as pessoas estiverem envolvidas nos serviços de limpeza e organização, mais respeito acontecerá na relação homem-meio ambiente.

Se os senhores aproveitassem o tempo para pensar com seriedade no assunto, tenho certeza que poderiam promover uma melhora significativa no país.

As pessoas, beneficiadas pelo sugerido programa, inseridas no trabalho, poderiam desfrutar de ganhos de acordo com o tipo do serviço prestado. Possivelmente, até na questão da saúde haveria vantagem. O Brasil só teria a ganhar com uma alteração bem planejada e de custo mínimo, comparado com o atual.

Pensem no assunto. Com certeza, irão encontrar a maneira correta de colocá-lo em prática. A Nação ficará inteiramente grata.

Atenciosamente,

Uma brasileira atenta e preocupada com os problemas vividos pelos conterrâneos.