(((O dia em que minha alma chorou)))

O dia em que minha alma chorou*

Hoje o dia amanheceu nublado, macambúzio, acanhado e pequenas gotas de chuva caiam do céu. Meu sexto sentido sensível estava envolto pela névoa da tristeza infinita que me abatia que parecia se confundir com o dia.

Minha alma tal qual canário triste emitia o canto da dor de se perder um grande amor. Pergunto a vida que às vezes me tem sido tão madrasta, quantas vezes mais terei chorar o choro sentido, os sonhos perdidos, os beijos adiados, a entrega do amor pleno. Rogo-te vida fiel não me sejas tão cruel.

Quantas vezes terei juntar os pedaços da minha alma que encastelei nos mais belos sonhos de uma vida plena, sinceramente nunca minha alma chorou tanto como hoje.

Não sei se hoje morreu meu sonho, ou foi um pedaço de mim, pois apenas lágrimas insistem em cair e cair... lavar meu rosto, minha roupa minha dor.

O sonho de um amor desfeito, o desespero de uma verdade não exposta, da ânsia pela resposta. Resposta que hoje tive e a dor dilacera a alma quando descobrimos que o ser maior do nosso amor está nos braços de outra pessoa.

É uma morte lenta, agonizante e dolorosa como se uma espada fosse empalada lentamente dentro de mim e se é verdade que as lágrimas são o sangue da alma então padecerei de uma anemia aguda por sonho-amor que me foi extirpado da alma.

O sonho acabou, o anel de amor que tu me deste era de vidro e se quebrou, só me restaram lembranças, palavras lindas, juras mais lindas ainda.

Hoje sou a dor, a lágrima sentida e estéreo tipo do sofrimento sem saída, como dói, como machuca, como sangra profundamente e hoje digo melhor se não tivesse encontrado o amor, me abandonado, me apaixonado e eternizado isso em plenos versos carregados de emoções poéticas, pois hoje resta apenas a dor da ausência de um amor que supostamente você me dedicou.

*Carta à um amor que julgava ser eterno.

22/03/10

Daiane Fresinghelli
Enviado por Daiane Fresinghelli em 22/03/2010
Reeditado em 22/03/2010
Código do texto: T2152761
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