doricajonicacorinta
a simbologia ilógica
do realismo factual
da sua face
fanático sou
pela pele
pelo pólo
polido puro
pelos poros
puros pulsos
renascidos
ressalva a dor
que se foi
foi fazendo
sumir, dormir
acorda cedo
cantando
olhando o passarinho
passeando em passos
lentos em ventos
enfeitando cantos
sorrindo prantos
plantando flores
em canteiros
não notados
dando ao ar
ar de ternura
tecendo ao mundo
ternos aos pobres
portas nas paredes
janelas nos porões
poros que purificam
a pele da cidade
sítios calmos
na avenida
ida e volta
destemida
resumida
na vontade
na bondade
de um egoísmo
sobre-humano
unindo o seu
e o meu
coroando corações
perdidos, perdendo
e deixando o que se foi
ir
a terra seca irrigando
regando o jardim
colhendo e plantando
manufaturando
mantendo a roseira
estável,
força, sabedoria e beleza
és minha dórica
minha jônica
minha corinta
és quem sustenta
meu agora rico coração