Note bem

Caxias, 24 de abril de 2006.

Note bem

Pai, primeiramente quero dizer que te amo. Não pelo fato deste pequeno incidente solar que será superado com a força do grande criador e a vossa fé; apesar, que tal assunto, assusta. Estou escrevendo esta carta porque realmente te amo, amor tal que ás vezes nego por sermos tão parecidos e tão diferentes; e neste antagonismo existencial nos encontramos...Gostaria de ver e viver a vida por este prima, “note bem”, o desapego ao “mundo terreno”, e viver o hoje... Com um óculos Ray Ban, um jeans desbotado, uma bota engraxada, uma noite para curtir o rock dos anos 60,70,80, o blues nosso de todo dia a cerveja gelada; assim vão formando os segundos, os minutos, as horas do vosso viver, sei que e muito simplório a forma que descrevo, pois nestas poucas linhas não tem como detalhar as emoções, a adrenalina, os papos com os amigos, a alegria de ouvir aquela música que gosta; aquela que o sorriso denúncia quando começa a tocar, o prazer de reunirmos para um churrasco ou ligar para resolvermos problemas do dia a dia...

Pai, quero em nome dos meus irmãos, dos netos, de D.Alacoque grande guerreira, e uma das pilastras de nossas vidas, “do Assaré para o mundo”, e a grande matriarca Perpétua do Socorro, dizer apesar de tudo somos uma família, sabemos o tanto que o senhor nos ama, amor este que só os filhos, e os filhos dos filhos podem saber... As brigas, discussões e atritos que temos são traços e laços de uma família normal, o mais importante e que existe muito amor em nossos corações e é isso que nós mantém vivos e fortes, saber que podemos contar sempre uns com os outros. Pai desejo toda saúde do mundo, bem como toda felicidade, pois vossa existência e nossa existência como filhos.

Mando junto com esta carta um poema que acredito que o senhor irá gostar.

Moecy
Enviado por Moecy em 15/08/2006
Código do texto: T216723
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