FRUTOS EM ABUNDÂNCIA

Onde está todo aquele deleite

Que teus seios me arrancavam

Ao descair da noite,

Quando nossos corpos se buscavam?

Onde está todo aquele tesão

Que tuas carícias me provocavam

Nas noites de verão,

Quando tuas mãos me acariciavam?

Hoje o deleite já não é o mesmo

E teus seios não me excitam mais;

Hoje tuas mãos me percorrem a ermo

E não me arrepiam mais.

Mas se a líbido ficou pelo caminho

Nesses anos de convivência

O respeito, o amor e o carinho

Ainda dão frutos em abundância