Pequena carta para meu velho (Via Céudex pra chegar ligeiro)

Ei, meu velho!

Hoje eu acordei com uma vontade doida

De te dar um abraço

Ando numa insônia danada e quase não tenho tempo

Pra sonhar contigo meu pai

Faz tempo que não andamos juntos, ali pela Rua Direita

Xavier de Toledo, e outras mais...

E o senhor me falando de como minha mãe

Sente a minha falta

Ainda posso ver lágrima nos seus olhos

É, já sei, vai mudar de assunto

E comentar como sempre sobre aquela musica

A sua musica

“Sentado a beira do caminho”

Lá se vão mais de trinta anos meu velho

O senhor devia ter a idade que eu tenho hoje

É, eu, pela distancia que tanto nos separou

Não levava o menor jeito para chamá-lo de PAI, lembra...

Ai a gente passava lá no Mappin

E comprava sempre o Compacto Simples do Erasmo

Hum! Continua pensando na mãe né meu velho

E o Sólon, o Paulo e o Ari... E minhas irmãs

É velho, eles nem imaginam que continuamos nos vendo

Depois, a Bahia fica tão longe heim pai

E o senhor, volta pra lá hoje ou amanhã?

Bem que eu queria ir

Mas, infelizmente a vida não quis e não quer assim não é

Tudo bem! O importante é que estamos todos bem

Eu e os manos agora nos comunicamos pela Internet meu velho

Não é do seu tempo... eh, eh...

Ah! Meu Pai, o sono ta chegando

E antes que eu não consiga sonhar com o senhor

Deixa eu te dar um abraço e um beijo

E quem sabe, daqui a pouco não nos vemos de novo meu velho

Tchau Pai! Sua benção!

E até daqui a pouco, se Deus quiser...

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 06/08/2010
Reeditado em 06/08/2010
Código do texto: T2422478