AMAR, rito do corpo ante o belo.
O AMAR, rito do corpo ante o belo,
Manifestação da alma,
Universal por expressar contradições
Um ato litúrgico de destruição do Ego,
De esfacelamento do ser,
Entre o sujeito e o mundo que lhe é exterior,
O imaginário e o real,
O absoluto e o contingente,
O poético e o prosaico.
Identificação entre o sonho e a vida
O “voar”(o amor) assume uma dimensão sagrada
Instaurado na sua origem, entre versos
Fez-se capaz e tornou-se potente, vital
Detentor de uma força viva.
Manifestação humana, próxima de Deus
Embriagador que leva ao êxtase,
Que derrama dons proféticos e libertários,
Fazendo do delírio o elemento propulsor do desejo.
Como delirante celebrante dos ritos libertários
Temos em nós essa chama, essa fleuma
Orientando sempre para o vôo,
Coloca-nos insatisfeitos com os padrões
Que nós mesmos engendramos.
A tarefa pode lançar luz sobre a própria vida
Uma espécie de maturação das emoções.
E, portanto livre, porque é a única que só acontece com a
Presença dos amantes.