...Navegar por cima do dilúvio e reiniciar o mundo.

Cansado viajante em seu caminho, para, respira fundo e contempla

Essa imensa obra que é o universo, e vê quanta beleza diante de ti.

As forças em movimento, Trabalho! O renovar-se de formas, sempre.

Conceitos sempre novos, tudo em constante movimento e repouso.

Percebe a beleza da Ordem, que encerra nas Suas entranhas o Caos.

O equilíbrio dos astros e o equilíbrio inexorável das Causas e Efeitos

Para! Respira e observa. Observa o teu respirar e ouve teu coração.

Sente, sente a melodia que se faz entre o seu pulsar e o universo.

Não mais o Prometeu acorrentado ao penhasco doando suas vísceras.

Não mais a vítima de si mesmo nas cadeias engendradas pela culpa

Não mais o carrasco sutil de si mesmo nas masmorras da mente.

Caminha, vai, atravessa a estrada do Tempo, ciente que não está só.

Mas segue fazendo sua parte na vida como se estivesse só. Abandono

Segue protegido pela entrega, repousa no colo do Eterno.