carta de amor







Os tropeços do dia terminaram e chegou a noite com toda sua calmaria, uma noite linda, linda noite fria, fria conforme a alma e o coração daquele que não tem amor.

É muito difícil saber o que o futuro pode nos reservar, enquanto isso, o tempo passa vagamente sem qualquer outro objetivo, mostrando-me apenas o tempo em que estou sem você.

Eu passo com o tempo, aprecio os caprichos da natureza, comparo-os aos caprichos do seu coração, e vivo a agitação de um momento, que se perdeu no tempo, não sei se é uma espera sem fim, ou se o fim de uma espera, mas afinal, o que é a vida, se não um eterno esperar, esperar não sei o que, esperar não sei para que. Enfim, não sei por que esperar!

Por mais que se explique, não há explicação, nada pode ser definitivo, porque as coisas não dependem de nossas vontades, ninguém é inteiramente feliz, nem totalmente infeliz, somos o que somos.

Eu só tenho uma certeza, a de que não posso medir meus sentimentos com palavras, mas posso sentir do fundo da minha alma e do meu coração, que é assim o amor que sinto por você, e quero que seja sempre assim, porque é assim que sei amar, um amor que não tem fronteiras e nem universo, um amor que não cansa de esperar, um amor calmo e seguro.

Esperar na esperança de ter, quem sabe um dia, uma noite, ou uma vida, mas esperar, seguindo os tropeços dos dias e as calmarias da noite.
zilvaz
Enviado por zilvaz em 31/12/2010
Reeditado em 31/12/2010
Código do texto: T2700988
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.