CUIDADO – Monopólio da Informação Incentiva a Violência Para Lucrar Mais

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Prezado Grêmio.

Entenda, por favor, que não tenho preconceito com absolutamente nada. Claro, existem coisas que não entendemos perfeitamente bem, mas... vamos levando. A convivência em sociedade nos exige isso. Embora, quando jovem, tenha sido um tanto “peleador”, por assim dizer; hoje minha única luta é com as palavras, como você pôde constatar. Sou um homem de paz. Um pouco apaixonado, por vezes. Mas, sempre de paz.

Não sou uma pessoa de flautear ninguém que não o mereça e muito menos sem razão. Aquele avião na praia, ao qual você se refere, me parece idiota e ridículo. Só um débil mental acredita que pode flautear alguém com isso. Uma boa flauta, no caso, seria se o Inter tivesse conquistado o “Bi” do Mundial Interclubes. Isso sim, teria sido uma flauta boa, com argumentos sólidos, mostrando a conquista do time. Agora, flautear a não contratação do Ronaldinho, é de uma idiotice sem tamanho. Senti vergonha quando soube disso.

Continuo achando a minha crônica bem humorada, você pode não ter a mesma opinião. Duas pessoas, duas opiniões. Só isso.

Agora, o mais importante. Em nenhum momento, quis ou quero ofender ninguém. Muito menos, faltar com o respeito. Veja que são meras frases subjetivas do folclore popular. Veja o caso dos programas de humor, que tanto abordam este tema. Creio que todos nós temos certeza da nossa sexualidade. Não vai ser uma simples crônica num site qualquer, que abalará a nossa convicção, ou fará com que alguém deixe de acreditar no que realmente somos e sempre seremos.

Além do mais, qual o problema de ser heterossexual, homossexual, transexual, bissexual ou de algum outro tipo de sexualidade?

Ou você acha que tem algum melhor do que o outro?

Todos somos iguais, meu amigo!!!

Entenda que, se alguém lhe falar que você é um “garanhão”, “pegador”, conquistador, etc., e se sentir bem por isto; não pode se molestar porque alguém lhe diga que você é uma “marreca”, “macaca”, “gazela”, “florzinha”, etc.

Repito:

Todos somos iguais, meu amigo. Independente da opção sexual!!!

Ou por um acaso, você é preconceituoso?

Entretanto, agora começo a entender que o meu equívoco, talvez, tenha sido o fato de não entender que, lamentavelmente, ainda existem, muitas pessoas preconceituosas, ao ponto de ofender-se por motivos que, para mim, não tem importância alguma. Iguais aos da crônica que escrevi com o título de:

RONALDINHO GAÚCHO - “A Volta do Traidor” --- ou --- “De Traíra à Gazela”

Isto vai, totalmente, ao encontro do que lhe disse anteriormente:

“... rever os meus ridículos comportamentos...”

Particularmente, sou um baita pegador rsrsrsr (que a minha mulher não saiba rsrsrsrsrs), mas se alguém me chamar de “marreca” ou contar alguma suposta veadagem minha, numa crônica, “tô nem aí” para isso. Dou risada e toco em frente. Tenho convicção da minha sexualidade, não será uma, simples, crônica que me desestruturará. Ou fará com que meus amigos pensem outra coisa de mim. Serei a mesma pessoa, antes e depois da crônica.

Entenda por favor, que esta crônica não tem alcance nenhum. Calculei que, talvez, tivesse entre 50 a 100 leituras, contudo, alcançou as 665. Isto não é nada, se comparado ao alcance da empresa Rede Brasil Sol (como diz o nosso Juremir Machado da Silva), só uma das rádios dela, detém 85% da audiência esportiva do estado. Sem falar da televisão, jornais, etc. Isto é, praticamente, um monopólio da informação. Ela, sim, incentiva a violência por meio, de muitos, dos seus “imparciais” profissionais da imprensa esportiva.

Escute, leia e veja todos os seus veículos de comunicação. No caso do Ronaldinho, só faltou dizer, literalmente, para os torcedores do Grêmio trucidarem com o Assis e o Ronaldinho. A parcialidade, em favor do Grêmio, por parte dessa empresa, é escancarada e grotesca. Ela quer passar essa ridícula imagem de imparcialidade, como se fôssemos idiotas e não nos apercebêssemos do que ela diz – e deixa de dizer. Para que tenha uma ideia, era ela que estava bancando a vinda do Ronaldinho, só que a empresa que apóia o Flamengo é um “poquiiiiito” mais poderosa.

Você me diz:

“Coloque a mão na consciência, você vai ver que é por atitudes como a tua que nós, porto alegrenses, sequer podemos assistir um Gre-Nal, juntos, no mesmo estádio.”

Saiba que é por uma questão de sócios, que não existem mais lugares para os torcedores visitantes, nos estádios. Todos os grandes times do mundo enfrentam este problema.

Compreenda que uma mera crônica de um desconhecido qualquer, igual a mim, não faz nenhuma diferença. Entretanto, as provocações e barbaridades que os profissionais da referida empresa, todos os dias, repetem, sim, fazem diferença, e muita.

Provavelmente eu seja mais um dos produtos que essa incauta e gananciosa empresa de comunicação criou, através da sua “imparcialidade”. Não por deixar-me sugestionar, mas, sim, por pura revolta, ante uma situação de impotência mesmo, devido a uma constante raiva e cólera, claramente demonstrada, por parte dos jornalistas “imparciais”, dessa empresa, contra o Sport Club Internacional.

Então, lhe faço a mesma pergunta, com outros personagens:

Se essa mega empresa de comunicação, por meio dos seus jornalistas “imparciais”, consegue criar uma revolta em mim, que sou músico, poeta, escritor e, principalmente, homem de paz, imagine o que podem causar nas outras pessoas, sem instrução, que só agem por instinto?

Entenda que foi só uma mera e humorística crônica, e que só algumas pessoas (na minha opinião, preconceituosas) se sentiram tão ofendidas. Sinceramente, mas, sinceramente mesmo, nunca me ofenderia por tão pouca coisa.

Para finalizar, lhe digo que vou seguir o seu conselho. O grave problema radica em que, quem escreve, muitas vezes, esquece que, quem lê, pode ser uma pessoa cheia de preconceitos e com ideias totalmente diferentes às do autor do texto.

Muito obrigado, vou seguir o seu conselho, mesmo. Nunca se sabe.

Fico lisonjeado por ter um leitor muito bem preparado. Não deixe de apontar os erros de ortografia e concordância. Sempre se aprende algo.

Entretanto, me dê um desconto. Praticamente, não existe tempo entre a produção do texto e a sua publicação. O mínimo requerido seria de umas duas semanas, ao menos, para que haja uma boa correção do material escrito.

Obrigado pela sua atenção. Sempre que puder, comente alguma coisa. Com muito prazer, irei lhe responder.

No más, um baita abraço!!!

César Sanchez

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